12 setembro 2018

Vive la France! - crónica de Constance sobre as mamas (em francês)

Uma crónica engraçada, surpreendente e corajosa. da comediante e colunista francesa Constance no programa "Par Jupiter" da rádio France Inter.
Quem não souber francês, perde muito.

Postalinho de Moura

"Antiga Rua da Verga...
Espectáculo!"
Luís Queimado



11 setembro 2018

«[silêncio]» - Susana Duarte

[silêncio]

os sons da pele
sonham mãos
que dançam

(silêncio)

nos cílios
adormecidos
volteiam mãos
(inertes)

as mãos todas
sobre a pele

(outrora)

viva

Susana Duarte
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Parece que têm peçonha!

Não filmar mulheres bonitas, não olhar mulheres bonitas, não elogiar mulheres bonitas. Eu também valorizo muito mais as personalidades fascinantes e assim, mas que mal fizeram elas ao mundo para as tratarem como uma doença contagiosa?

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Melechotech-a-Chau

Painel de madeira em relevo, do Palau, sobre a lenda do homem com um pénis gigantesco.
Na prisão de Koror, um dos privilégios mais significativos para os presos é esculpir painéis em madeira, principalmente mogno, com figuras e cenas, geralmente representando lendas de Palau, como a criação das ilhas. Esta é a lenda de Melechotech-a-chau, uma lenda sobre um gigante com um pénis inacreditavelmente grande. Os palauenses são bons contadores de histórias e hábeis escultores de madeira, mas a forma de arte do painel que conta uma história iniciou-se em Palau na década de 1930, quando o artesão japonês Hirikatsu Hijikata chegou ao local e ensinou os artesãos de Palau. As histórias retratadas nesses quadros são geralmente antigas lendas de Palau, ou às vezes histórias de outras ilhas. Estes painéis são geralmente esculpidos em dort (a palavra em Palauano para o pau-ferro). Às vezes, podem levar semanas para serem concluídos, dependendo de seu tamanho e complexidade. Quando pronta, a prancha pode ser pintada ou pode ser polida com graxa preta ou castanha, para manter o brilho e mostrar a cor natural da madeira. "Melechotchachau - esta é a história de um homem que vivia em Babeldaob [a maior das ilhas de Palau, República de Palau, um pequeno país insular da Micronésia, no Oceano Pacífico] e que não conseguia satisfazer a sua grande mulher. Como ele amava a sua mulher e queria que ela descobrisse o prazer, convenceu-a a procurar, por toda a Palau, por um homem chamado Melechotchachau (este longo nome quer dizer simplesmente "amaciar fibra de coco no mangal"). A mulher vagueou de aldeia em aldeia em direcção ao sul até que, em Aimeliik, ela encontrou uma mulher idosa que lhe disse que um homem com esse nome vivia em Arakabesang, do outro lado da lagoa. Quando ela finalmente encontrou Melechotchachau, perguntou-lhe sobre a sua masculinidade e ele disse-lhe para seguir o seu comprimento pelas várias milhas de ilhas de pedra a sul de Arakabesang. A mulher finalmente encontrou a ponta do órgão e rapidamente o montou, tendo sido atirada com força pelo ar, acabando por cair na ilha de Peleliu, perto da aldeia de Ngerdlolk. Até hoje, há um rochedo perto desta aldeia chamado Ngetkual (ser atirado para baixo de cócoras?), que tem a forma bem definida de uma mulher e que é identificada como a altamente satisfeita mulher que encontrou Melechotchachau (a história é facilmente identificada pela imagem de uma mulher a ser a ser arremessada pelo ar, projectada como uma lança)."
Uma pérola de cultura, na minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

10 setembro 2018

«A bruxa» - Ary dos Santos

As tetas são balofas almofadas
recheadas de esterco e de patranhas
da boca fogem bichas trituradas
pelo próprio veneno das entranhas.

As pernas são varizes sustentadas
pela putrefacção das bastas banhas
os olhos duas ratas esfomeadas
e as mãos peludas tal como as aranhas.

Nasce do estrume e vive para o estrume
a língua peçonhenta larga fel
e é uma corda que ela-própria-puxa.

Sai-lhe da boca pus e azedume
tem pústulas espalhadas pela pele
e é filha de si própria. É uma bruxa.

Postalinho de Praga - 4

"Sex Machines Museum (museu das máquinas do sexo), em Praga.
Como acontece com outros museus do erotismo, tem muitas peças que eu gostaria de ter... mas a colecção de arte erótica «a funda São» também tem muitas peças que este museu não tem.
Neste vídeo, a entrada do Museu, com um mecanismo de «roda de línguas» e a cadeira que mais sucesso tem com os visitantes, ao fazer sair à sorte um indicador sexual (excitado, frio, tépido,...) quando alguém se senta."
São Rosas

«O homem-tripé de Vitrúvio» - Mrzyk & Moriceau


09 setembro 2018

Postalinho de Praga - 3

"Sex Machines Museum (museu das máquinas do sexo), em Praga.
Como acontece com outros museus do erotismo, tem muitas peças que eu gostaria de ter... mas a colecção de arte erótica «a funda São» também tem muitas peças que este museu não tem.
Dois dos mecanismos do Museu, com um vídeo para mostrar o movimento."
São Rosas

Pénis e vaginas


Durante a semana nem liguei à questão de designar a vagina como «buraco da frente» pela enorme estupidez que me pareceu discutir o que é evidente. Se chamamos mão à mão, pé ao pé, tendo até modalidades desportivas dessas partes do corpo como o andebol e o futebol, assim como à perna apelidamos perna e à cabeça, cabeça, só podemos denominar vagina e pénis e testículos e mamas.

Usar eufemismos é como continuar a velha máxima do «vícios privados, públicas virtudes». Como se a mão pudesse ser falada em pública mas não as mamas que alimentam os bebés, esses seres humanos pequeninos que todos louvamos publicamente.

Mais curioso ainda é perceber que se existem inúmeros termos de calão para designar os órgãos sexuais humanos, logo para os esconder e não os considerar naturais, existem também milhentas formas de gíria para designar a pessoa amada, de que são exemplo «o meu gajo» ou «a minha patroa». Será que gostar de alguém é um vício privado?...

Postalinho de Cuba (a nossa!)

"Taberna do «pau-na-peida».
Diziam as pessoas de fora que a visitavam, em tom de gozo, para o proprietário:
- Olha o pau-na-peida!
Entretanto consumiam, embebedavam-se e, na despedida, o dono dizia:
- Agora vais lá p'ra Lisboa e dizes aos teus amigos que estiveste com o «pau-na-peida»!"
Luís Queimado


Esta Taberna do Chico Pau na Peida é em Cuba (Alentejo), tem um autêntico museu nas paredes e o branco de talha deu fama à casa.

Excerto do livro «Portugal de perto» de Nuno Ferreira (também autor da foto acima):


08 setembro 2018

«o silêncio nos corpos» - Susana Duarte

o silêncio nos corpos

(e os corpos em silêncio)

demora as aves
e a floração das rémiges.

o silêncio das asas

decompõe as margens
por onde, silentes,
se cruzam os corpos

(talvez amanheça)

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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«Unchained Melody» - Mário Lima



"... Há sempre uma melodia que toca quando se ama"

Mário Lima