23 dezembro 2016

Eva portuguesa - «Analfabeto»

Nossa Senhora dos Analfabetos, dai-lhes sabedoria suficiente para reconhecerem as suas limitações! Meu Deus! É muita burrice, arrogância e estupidez juntas! 
Eu conto: recebo um toque de um número (pois, porque mais uma vez tive que bloquear os privados). Começamos logo aí... dá vontade de dizer: toques dão as putas! Ahahahahah. Dou um toque de volta. Recebo uma mensagem desse mesmo número, escrita com tantos erros que até tive dificuldade em perceber que era português. Textualmente, deixo-vos aqui a «prenda»: ~
"So kasadu mas mutu gira . poço te lomber a kona pur 10erus. Vás adurar." 
Eh, pá, quase que fiquei tentada... mas fiquei na dúvida se os 10 € era ele que pagava ou se estava a pedir... Ahahahahah Demais! :-) :-) :-)

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Postalinho do Coito

"Cartazes que estavam na estrada nacional Cartaxo - Rio Maior"
Pedro Miguel C. V.

#bimbynãoconta - Ruim








Que falta de noção oferecerem electrodomésticos a uma mulher como prenda de anos. Faz sentido dar um electrodoméstico a outro?
Tenham respeito.


Ruim
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Prazeres de Natal - Angeli


Apollonia Saint Clair, 2016


22 dezembro 2016

Boas Festas


Moxi - Happy Holidays from steve prue on Vimeo.

«O que você pensa ou crê é problema seu! Aqui é só prazer e amor!» - Cláudia de Marchi

"Eu não estou lhe julgando, mas...". "Longe de mim querer mudar suas ideias, mas você não acha que...". "Eu tenho um caso com uma amiga da minha esposa e não sou feliz no casamento, mas você não acha que poderia...". É incrível como a negação, mecanismo de defesa do ego, é óbvia! A pessoa adora dizer que não está fazendo o que obviamente ela está fazendo e jura que negando convence o seu interlocutor (convenceria se ele fosse burro e inculto)! E quanto a arrogância moral e intelectual implícita na necessidade de "pregar", como se eu ou qualquer pessoa no mundo, necessitasse ser "salva"? Custa entender que as suas crenças e convicções são suas e não minhas ou de outros?
Eu tenho 34 anos, não 29 (como consta no site de acompanhantes). Mas sim, quase ninguém me dá mais de 26. Sou filha única de pais maravilhosos, sempre tive muito, muito amor, respeito e diálogo na minha família! Nunca deixei de ter o que eu queria. Até os meus 19 anos eu era a única neta e sobrinha na família materna. Tenho 3 tias que são extensões da minha melhor amiga e parceira (como incentivadora e "contadora", vez que é ex professora de Matemática) no meu atual negócio, minha mamãe. Aos 8 anos eu li Shopenhauer, graças a ela. Nunca consegui ser uma pessoa que acredita, pois eu sempre quis saber, portanto nada podia ser mais entediante do que aulas de ensino religioso na minha infância. Tenho 11 anos na carreira de advogada, formei-me em janeiro de 2005 e passei no meu primeiro exame da OAB a seguir. Fiz especialização em Direito Constitucional pela FESMP/RS e outra que não conclui em Direito Tributário. Fui casada no civil. Na medida em que fui crescendo e me tornando mulher, dispensei a necessidade de parir. Eu não quis ter filhos e não sou o tipo de pessoa com paciência para ser casada. Por que? Porque eu gosto da alegria, do entusiasmo e da paixão e não da rotina de uma relação que cedo ou tarde resiste ao tempo graças ao comodismo. Eu não sei "suportar", eu sei me amar, sei amar e gosto da intensidade. Não preciso "ter" alguém. Eu tenho a mim e o amor de quem me importa além de uma imbatível estima por mim mesma. Trabalhei muito e de forma muitíssimo honesta, afinal sou demasiado correta. Tenho princípios morais e ética. Lecionei 1 ano e meio cerca de 8 matérias na faculdade de Direito em Sorriso/MT e eu adorava o que fazia, vez que, para mim, o mais belo do Direito é a academia. Enfim, você acha que eu preciso de conselhos para algo? Você acha que uma mulher inteligente que tomou a decisão, no auge da maturidade psíquica e sexual, de se tornar escort de luxo precisa ser "salva"? Por que você se acha tão bom, tão correto? O que lhe dá o direito de achar suas opiniões tão "imperdíveis"? Por que a sua religião cristã diz isso e aquilo? Mas, amigo, você é feliz? Você é realmente bem resolvido consigo mesmo? Conheço muitas pessoas e vejo seguidamente que indivíduos bem resolvidos são os que menos opinam ou julgam os outros. Eles gozam a vida e seus momentos com entrega e respeitam a alegria, a individualidade e as escolhas alheias. Existem psicoterapeutas, psicólogos, psiquiatras, por que não buscar o autoconhecimento para ser feliz e resolver seus recalques ao invés de projetar no outro a necessidade de "salvação" da qual, na verdade, é você quem precisa? Ouvi de um indivíduo que eu jamais gostaria de ter como cliente: "Você gosta de sexo, mas com qualquer um?". Eu gosto de sexo. Eu gosto de pênis e isso todo o homem tem. E eu gosto de uma forma raríssima: gosto com "G" maiúsculo! (Só vendo pra saber). "Qualquer um"? Não, eu escolho e só faço sexo com homens inteligentes e educados. Tenho desprezo pelos que usam palavras vulgares e me incomodam pedindo fotos ginecológicas. Eu não faço "tudo para agradar" aos homens, faço tudo o que eu gosto, se agradar a sorte é deles! Eu não preciso ver beleza no meu cliente, me bastam beijos e carinhos. Então, eu gosto e gozo. O que há de errado em fazer o que se gosta? Ah, o cristianismo condena, você condena, porque tem os seus conceitos e mimimi? Problema seu, não meu. A minha religião é o amor e o prazer. Não preciso de um livro incoerente e escrito a milênios para ser boa. Não preciso de um pastor, padre ou "conversão" para ser decente, digna e correta. Contento-me em não fazer ao outro o que não quero que ele me faça. "Ah, mas você transa com homens casados", quem me procura são eles, não eu. Eles são casados, eu não (benzadeus!)! Contento-me em não julgar quem chega a mim. Contento-me em respeitar a existência alheia. E, sobretudo, sou feliz assim e tenho ojeriza de gente que se culpa, se martiriza e que não é feliz, apenas segue um credo ou uma doutrina de forma a se tornar uma pessoa terrivelmente chata, inconveniente e broxante, por mais que a aparência não seja tão desagradável. Sendo cortesã tenho homens se entregando para mim e eu me entrego pra eles. Pelo dinheiro? Não, porque eu adoro! Fosse só pelo dinheiro eu não seria tão boa. Seria como inúmeras acompanhantes que não beijam, não aceitam que o parceiro lhes faça sexo oral (até agora só não recebi de um cliente), precisam de gel pra sexo anal e, ainda, cronometram o tempo com absurda frieza. Sem contar que o diálogo é zero, que se escondem da sociedade com vergonha e tem as suas fotos imersas em Photoshop. Eu não tenho a mínima vergonha, a decisão foi minha, a alegria e o prazer também são meus! Se o fato de eu estar realizada sendo cortesã lhe incomoda, por favor, procure um terapeuta, você tem sérios problemas psíquicos e morais. Você é miseravelmente infeliz. Só lamento.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

«Passar os limites» - por Rui Felício

«Borracha com desenho de mulher»
José Guimarães
Colecção de arte erótica «a funda São»
Primeiro a boca, os dedos, depois os pés, as mãos, as pernas, os braços, o pescoço,o peito...
Helena deixou escorrer pelo corpo, o amor que experimentava pela primeira vez.
Imaginou-se envolta pelo mar, comparou os arrepios aos salpicos das ondas, os odores ao cheiro a maresia, a incompreensão das sensações à imensidão do oceano...
Até que, num súbito desejo, mergulhou! Morreu afogada pouco depois. A Helena não sabia nadar...
Rui Felicio

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Os abstinentes



HenriCartoon

«Orgasmo taxado» - Adão Iturrusgarai


21 dezembro 2016

Assédio nas ruas comentado pelos filhos das mulheres assediadas

«respostas a perguntas inexistentes (356)» - bagaço amarelo

Dos Amores às Escondidas

Se calhar todos nós Amamos às escondidas, como eu. Se for verdade, já todos vivemos algumas centenas de Amores diferentes, ou até milhares, mesmo que só tenhamos tido um Amor Mesmo na vida.
Os Amores às escondidas podem ou não ser recíprocos. Nunca sabemos, precisamente porque são escondidos. Quando, por acaso, passamos a saber que somos correspondidos, então deixa de ser um Amor às escondidas para passar a ser um Amor Mesmo.
Apaixono-me muitas vezes durante cinco minutos pela empregada do café, pela do quiosque onde compro o jornal, pela que se cruza comigo quando vou pôr o lixo lá fora ou pela que me atende na farmácia. Elas não sabem, claro. Nunca lhes disse. Afinal de contas, quando não as estou a ver não me sinto apaixonado. É apenas quando estão perto de mim, o que dá ao Amor uma explicação: a presença.
Há muitos Amores que nascem de Amores às escondidas. Já me aconteceu. O problema do Amor Mesmo é que a explicação desaparece. A presença deixa de ser um motivo para Amar e passamos a Amar sempre, mesmo quando estamos sozinhos em casa, apenas porque sim.
É por isso que quando um Amor Mesmo de alguém está a correr menos bem, não vale a pena aconselhá-lo a deixar de Amar. Se não há motivo nenhum para Amar Mesmo, também não há nenhum para deixar de o fazer. Os Amores Mesmo nunca morrem duma só vez, como os Amores às escondidas. Com o tempo, vão-se fortalecendo ou enfraquecendo. Quando um Amor Mesmo se fortaleceu muito, demora bastante para desaparecer.
Ainda assim, há um conselho que se calhar todos podem seguir quando o seu Amor Mesmo parece doente. Vivam muitos Amores às escondidas. Eu hoje, por exemplo, tenho seis encontros marcados com Amores desses. Eles é que não sabem. Nem vão saber.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Rasgada

Corremos pelas nossas memórias ou saltamos por cima das mesmas e aproveitamos o que estamos a viver? Parece uma máxima mas não é, demasiadas circunstâncias da vida permitem-nos falar assim.
Saltas comigo?  Estamos acima das nuvens, acima dos pensamentos lógicos e eu estou no meu palco enquanto tu me absorves de uma forma quase gulosa mas tem calmam que cada momento tem o seu sabor: a carne quente, rasgas-me a carne, partes-me o desejo ao meio e entras por mim adentro sabendo que eu o quero.
Como te atreves tu a entrar no meu palco? Os deuses irão cobrar-te tal tratamento de deusa cor-de-rosa, vou dizer-lhes que foi à altura.

De ti, minha miragem no meio do deserto, quero apenas isto: simplicidade na agressividade, suor na calma e força nas tuas fraquezas expostas. A carne nunca é fraca, apenas pode ser rasgada.

Já me rasgaram.

Postalinho da vela-supositório

"Numa festa de Natal, por que motivo a decoração da minha mesa era esta?!"
São Rosas


20 dezembro 2016

HELIX - «Gimme Gimme Good Lovin'» 1984

Maravilha da terra de Pablo Neruda


"Daniella Chávez é a chilena mais seguida nas redes sociais"

E a gravura comprova que é devido à sua inteligência fora do comum e assim.



Sharkinho
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«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 69

O livro «Mulheres - retratos de respeito, amor-próprio, direitos e dignidade», de Carol Rossetti, está em venda em Portugal, editado pela Saída de Emergência.







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Marion, mais uma das mulheres de Milo Manara

Estatueta com personagem de Milo Manara, dentro do seu blister original.
Milo Manara tinha necessariamente que fazer parte da minha colecção. E faz, com vários livros e outros objectos.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

19 dezembro 2016

«Condom famous» (célebre por um preservativo)

Concurso de design para criar o preservativo oficial de Toronto (Canadá).
O que pode acontecer a quem ganhar este concurso, promovido pela Toronto Public Health?

Os classificados dos jornais como fonte de inspiração

Que os anúncios dos classificados dos jornais, especificamente os da secção de "Convívio", constituem um manancial de adjectivos e uma larga enumeração de capacidades e descrições morfológicas sobretudo femininas, já sabíamos. 

Quem diria no entanto que esses rectângulos criadores de fantasias libidinosas poderiam também ser fonte de inspiração artística? Pois, foi precisamente isso que aconteceu quando Rosário Pinheiro, uma jovem designer e ilustradora de Viseu, resolveu explorar as páginas de comércio de carinho do «Diário de Viseu» para aí se inspirar e, em seguida, produzir várias ilustrações que depois foram o mote para uma exposição. 

Nessas ilustrações, imaginou a autora ou o autor dos diferentes anúncios com base na descrição de cada anúncio. O resultado pode ser visto aqui, no álbum deste projecto intitulado "Merry Whores".



Boas festinhas...


Edição revista... e aumentada...

Crica para veres toda a história
Apócrifa


2 páginas

(cricar em «next page»)

18 dezembro 2016

«The Rise and Fall of Angry Aids» (ascensão e queda da SIDA zangada)

«um gato numa varanda» - bagaço amarelo

De vez em quando morríamos de Amor. Principalmente aos Domingos depois do almoço, que era a altura em que descobríamos que não tínhamos coragem para dizer um ao outro que precisávamos de estar sozinhos. Na verdade, era também nesses momentos que tínhamos tempo para estar os dois juntos sem as preocupações inerentes à vida mesquinha que levávamos. Por isso nem sequer a nós próprios tínhamos coragem de o dizer.
Ela tinha um gato que eu nunca vi. Sempre que a visitava perguntava-lhe por ele, mas ela dizia que em Lisboa é normal os gatos frequentarem os telhados dos edifícios dos bairros antigos. Cheguei à conclusão que ele só entrava em casa para comer e saía logo outra vez. De facto, na cozinha havia sempre uma taça com comida e outra com água.

- Como é que podes ter a certeza que é o teu gato, e não outro, que vem cá comer?
- E se for outro, isso incomoda-te?

Era Domingo e eu tinha chegado apenas no dia anterior. Como é que numa relação onde só nos víamos ao fim de semana já se notava um desgaste tão grande? Pensei na pergunta, mas engoli-a imediatamente, para não provocar uma discussão.

- Se queres ter sexo antes de ires embora tem que ser agora. A seguir tenho que estudar...
- Esta semana estava a pensar ir só amanhã...
- Então deixa estar. Temos logo à noite.

Se ela ia estudar, eu tinha a porta aberta para me perder em Lisboa. Dei-lhe um beijo seco nos lábios e saí. É, sem dúvida, uma das cidades que eu gosto de visitar e revisitar, Lisboa. Nunca me canso de tentar perceber o labirinto de ter muitas cidades pequenas numa cidade grande. Talvez Lisboa seja um bocadinho como a minha vida, uma cidade onde me posso perder, mas onde também me posso aconchegar num pequeno bairro qualquer.
De qualquer forma, aquela tarde foi diferente. Passei-a a olhar para os telhados a ver se descobria algum gato. Vi vários e cheguei à conclusão que ela podia ter razão. Fiquei cinco minutos a olhar para um que, empoleirado no ferro enferrujado duma varanda, me fitava também. Era cinzento com riscas mais escuras. Enfim, um gato normalíssimo que só me despertou a atenção por estar a olhar para mim. Tinha uma coleira vermelha.
Nesse fim de tarde decidi que não fazia sentido voltar a Lisboa tão cedo para a visitar e acabei por apanhar um comboio para Aveiro. Estava farto de morrer de Amor ao Domingo. Não lho disse logo. Planeei telefonar-lhe na quarta-feira para a informar da decisão, o que acabei por não fazer. Por isso mesmo, a última conversa que tivemos foi sobre o gato dela.

- Conheci o teu gato. Estava na varanda dum prédio ao cimo da rua...
- Como é que sabes que era ele?
- Incomoda-te se for outro?

E saí. Ela também nunca mais me telefonou.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI da etiqueta


Maitena - Condição feminina 58




17 dezembro 2016

«Love folds» (dobras de amor) - Sergey Rogov


Luís Gaspar lê «Quero-te» de Ricardo Vercesi

Quero-te.
A cada dia,
A cada segundo.
Só para mim.
Quero ouvir
Cada palavra tua,
Cada sussuro.
E por fim,
Quero cada gesto,
Cada sorriso,
Cada lamento,
Cada “amo-te”,
Cada lágrima.
Quero-te a cada momento.
Cada gemido.
Quero o teu peito,
Batendo forte
No meu.
Em síncope,
E eu,
Depois de tanto te querer,
Nada mais serei que não teu.

Ricardo Vercesi
Com um percurso ligado às artes, vias tortuosas levaram-no às tecnologias de informação. Escrevendo por teimosia, Ricardo Vercesi Picoto considera-se um amador, desde que amador seja "aquele que ama", diz. Deixa a qualificação dos seus textos para quem os lê. Talvez, um dia, surja o livro onde reuna aquilo a que chama de verborreia aparentemente poética.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«O Conde de Aguilar» - por Rui Felício

Era certo e sabido. Cada vez que vínhamos a Lisboa à boleia para no dia seguinte à tarde assistirmos a um encontro de futebol entre um dos grandes e a Académica, percorríamos a via sacra que nos habituáramos a conceber, na nossa não assumida ignorância e provincianismo, perdidos na grande e feérica cidade capital.
As capas esvoaçando, calcorreávamos a Avenida da Liberdade, o Rossio, a Praça da Figueira, a Rua Augusta e o Terreiro do Paço. Bebíamos uma "imperial" no Café Martinho. Criticávamos a falta de qualidade da cerveja comparando-a com a Topázio de Coimbra, que era de longe a melhor de todas...
Petiscávamos no Comibebe, sorvíamos um "eduardinho" na Rua do Coliseu, uma "ginjinha com elas" no Largo de S. Domingos e um "pirata" nos Restauradores. A explosiva mistura não tardava a produzir os seus efeitos.
A grande apoteose estava porém reservada para o Ritz Club, perto do elevador da Glória. Ali encontraríamos as mais belas mulheres, algumas de cerrado sotaque espanholado, que nos davam a sensação de com elas dançarmos lascivamente na cosmopolita Madrid.
«Coelho punk e sapo aflito»
Estatueta em resina que esteve
exposta no primeiro Salão
Erótico de Lisboa, em 2005
Colecção de arte erótica
«a funda São»
Naquele antro de perdição, por mais do que uma vez vi actuar altas horas da madrugada, o ilusionista Conde de Aguilar.
Estava já na sua curva artística descendente, depois de anos e anos em que chegou a atingir o apogeu com espectáculos em Paris, Madrid, Coliseu de Lisboa...
Vestia-se com capa de cetim negro, chapéu alto, papillon, a indispensável varinha mágica e um lenço branco desdobrado, na mão que a segurava. Fazia os truques mais comuns, com cartas, flores, lenços, bolas, pombos....
Todos culminavam com a frase que era a sua preferida:
- Isto é extraóooordinário -  martelando as sílabas e acentuando prolongadamente o “óooo”... - Isto não é magia, meus Senhores, isto é ilusionismo. Em tudo há um truque, uma ilusão...
Deixava para o fim aquele que ele considerava o mais espectacular: fazer sair um coelho da sua cartola que previamente mostrava completamente vazia, elucidando: - Esta cartola é como um ventre materno. Das suas entranhas vai sair a vida que a varinha vai gerar!
Mas uma noite houve em que o Conde de Aguilar não conseguia fazer o coelho aparecer. Ele bem enfiava a varinha na cartola, tentando reproduzir o mistério da criação, mas nada!...
Alguém da assistência coimbrã, vendo a dificuldade do Conde de Aguilar, “ajudou-o”:
- Oh Conde, você já meteu a sua vara na cartola várias vezes... Agora tem de esperar uns nove meses, não sabia disso?

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Brisa (ou qualquer outro concessionário de autoestradas)


Bem, acho que vou sair à rua e apanhar uma lufoda de ar fresco.

Patife
@FF_Patife no Twitter

16 dezembro 2016

Actrizes porno explicam como começaram

Coisas da Vida...

Olás...

Ultimamente, têm acontecido casos engraçados comigo. Seriam tristes, considerando as circunstâncias. Mas se dermos intensidade àquilo que nos perturba, certamente iremos criar monstros e fantasmas... e problemas bem maiores.

Em mais uma dessas andanças em médicos - coisa que eu detesto e só faço por obrigação - submeti-me à ultrassonografia pélvica transvaginal, utilizada para serem observados órgãos no interior da pélvis (útero, ovários e trompas, além das artérias da região). É um procedimento constrangedor, como também o Exame Colpocitológico (Preventivo ou Papanicolau). Naquele, o paciente - no caso, eu! - deita-se em uma maca especial e dobra os joelhos para o médico introduzir o transdutor na sua (a minha!) vagina.

Pois bem. Ao chegar à recepção da Clínica, já estava concluindo a ficha quando perguntei à atendente: 

- Moça, o exame será feito por uma médica?
- Não!
- Mas, moça, eu queria com uma médica... hoje faltei ao trabalho para isso...mas eu poderia ter perguntado os dias que médicas realizam esse exame.
- Espere.Parece que tem a Dra. Ângela atendendo hoje...
- Por favor, então verifique...
Passados alguns segundos, ela retorna.
- Sim, Dra. Ângela realizará o exame.
- Graças a Deus! Já é tão constrangedor com mulher, imagine ser feito por um médico. Obrigada.

Naquele mesmo dia e na mesma clínica, também faria outro exame, Ultrassonografia da tireoide. Para ambos os exames, as fichas foram providenciadas na sequência. Para a ultrassonografia da tireoide,  não importava se realizado por médico ou médica. Afinal, era na região do pescoço! 

Pouco tempo depois, fui chamada para o que eu entendia ser o exame da tireoide,  pois, tão logo entrei, percebi que estavam na sala - não muito espaçosa e  com iluminação reduzida para esse tipo de exame - um médico e uma assistente. Ela me entregou um pacote com uma bata dentro, dizendo-me: 

- Entre naquele banheiro, tire sua calcinha e vista esta bata.
- Mas, moça, pra fazer exame da tireoide... preciso tirar a calcinha?
Estava constrangida, porque, pelo espaço minúsculo da sala, o médico a tudo via e ouvia. Ali, sem querer ofender o médico,  falei baixinho ao ouvido dela:

- Eu pedi para ser feito por uma médica, a ultrassonografia vaginal.
E ela:
- Então...nem tire a roupa. Deite-se e vamos  fazer o da tireoide.
E me desculpei em voz alta:
- Doutor, me desculpe. Nada pessoal. É que o exame é tão constrangedor...
- Não se preocupe. Eu entendo.
E vi logo que ele era de poucas palavras.

Realizado o exame, saí para aguardar ser chamada  para o outro (ultrassonografia pélvica, com a médica, Dra. Ângela).

Em outra sala, minúscula, com mesmo tipo de iluminação, estavam a médica e uma assistente, que me deu a mesma recomendação,  agora  acertada:

- Entre naquele banheiro, tire sua calcinha e vista esta bata. 

Mas, antes, contei,  rindo, o episódio anterior. E ambas também riram.

Deitei em uma maca apropriada para o exame. Pernas abertas, em uma posição como se fosse ter um bebê em parto normal.

A assistente saiu da  sala, provavelmente para fazer alguma coisa, e a médica deu início ao exame.
Introduziu na minha vagina uma espécie de "arame". Até aí, tudo  bem ("tudo bem"  uma ova! Vaginas não foram feitas para isso!).

Só não esperava que um exame, comumente realizado em, no máximo, 5 minutos, demorasse intermináveis 20 minutos. 

Eu não contava com a médica ser uma dessas falantes, ao contrário do médico anterior.

Com uma das mãos segurando o transdutor (já dentro da vagina), e a outra gesticulando adoidadamente a cada palavra, ela passou a relatar os casos engraçados de pacientes que tinham vergonha de fazer esse tipo de exame.

Em dados momentos, eu estava rindo sem parar, com "aquilo" dentro de mim, mas a médica pensava, possivelmente, que eu estava achando engraçado os casos que ela contava.

Não! Eu não estava achando nada engraçado.

A cada cena  que ela relatava, ela gesticulava, com ambas as mãos (só que uma estava segurando um treco enfiado em mim!).

Eu ria da ironia do destino!

Não quis realizar o exame com um médico, que por sinal me pareceu centrado, conversando somente o necessário enquanto realizava o exame, e estava ali, com aquela tagarela, a contar casos e casos, esquecendo que a cada "curva" que ela fazia  com a mão errada, eu segurava calada o desconforto que aquele transdutor causava na minha vagina.

Mas tudo tem limite!

- Doutora, está dooooooeeeennnndooooo!
- Já acabamos. Pronto, tudo está bem. A demora é porque precisamos investigar bem essa região.
-Ok.Ok.Ok - disse eu, aliviada.

Para nunca mais  fazer esse exame com uma médica! Se homens gostam de olhar, mulheres gostam de tagarelar. 



 Chama Mamãe
 

#parecembandeirasredondas #elcortinadoingles - Ruim








É com cada vestido mais pindérico que as vejo de manhã que não sei se aquilo é de propósito ou tropeçaram a sair da cama, enrolaram-se no cortinado, caíram pela janela e disseram "se calhar hoje vou assim".

Ruim
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Felicidade em "montar" a árvore de Natal...


15 dezembro 2016

Globalização


«Ah, que bom seria um mundo com pessoas leves e psiquicamente seguras!» - Cláudia de Marchi

Ah, como seria bom um mundo com pessoas com mais dúvidas do que certezas! Com mais liberdade de pensamento do que preconceitos e suas tradicionais e medíocres amarras! Como seria bom um mundo com pessoas de fé e de consciência que fossem humildes e soubessem que aquilo em que acreditam e como pensam é algo demasiado grande, porém unicamente para elas! Como seria bom um mundo cheio de pessoas de coração e almas grandiosas que não se prendessem a religiões, mas ao amor e respeito ao próximo! Como seria bom um mundo em que imperasse a empatia, a cordialidade e o "viver e deixar viver", o saber gozar, se divertir, gargalhar e viver sem pudores, sem medos e sem conceitos hipócritas e tolos! Arre, como eu gosto de pessoas leves, independentes de religião, filosofias, doutrinas ou estigmas! Ah, como eu amo quem sabe ser sério quando deve, e solto quando pode! Ah, como este mundo, cheio de pessoas "de fé", "de convicções", "de personalidade forte" e "de princípios" fosse, apenas, cheio de pessoas felizes, bem resolvidas consigo mesmas, livres, alegres e em paz! Ah, que bom seria! Que bom seria!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Venus, outra das mulheres de Milo Manara

Estatueta com personagem de Milo Manara, dentro do seu blister original.
Junta-se a dezenas de outros livros e objectos deste grande Mestre, na minha colecção.












A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Madonna fez um discurso que todos/as deveriam escutar com muita atenção

Madonna fez um discurso de aceitação do prémio «Mulher do ano 2016» da revista «Billboard», em que aborda de forma frontal e comovente o sexismo, a misoginia e o feminismo na indústria da música... e na sociedade.
Como refere a Madalena Palma, "lamentavelmente a mensagem não chega a todo/as. Brilhante como sempre".



Se preferires legendas (em «Brasilês»), tens aqui.

«Caderno de esboços» - Adão Iturrusgarai


14 dezembro 2016

«Change the face of HIV» (muda a cara da SIDA)

«conversa 2175» - bagaço amarelo





Ela - A minha relação atingiu o auge.
Eu - Fixe!
Ela - Não é assim tão fixe...
Eu - Então?
Ela - Quer dizer que a partir daqui nunca vai melhorar. Só pode piorar...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Afundanço

Quando era basquetebolista, usámos o termo "afundanço" para outra coisa e a outra equipa ficava, igualmente admirada.