18 outubro 2014

Robots In Disguise «The Sex Has Made Me Stupid»

«Testemunha arrolada» - por Rui Felício

 «Rolsa Turcas», acrílico s/papel (30×50)
colecção do artista, 2001  Inez Andrade Paes
O pleito consistia num pedido apresentado pela Silvia Gomes ao Francisco Dias de uma indemnização por ofensa ao seu bom nome, quando este a abordou em plena via pública, fazendo-lhe, alto e bom som, um insistente convite para irem ambos passar a tarde num hotel da linha do Estoril.
A D. Gertrudes, mulher muito ligada à Igreja, solteirona e cumpridora dos deveres religiosos, era conhecida como senhora púdica, casta, puritana. Foi testemunhar ao Tribunal por parte do demandado Francisco Dias. Ia abonar o seu comportamento respeitador, habitualmente educado e incapaz de ofender fosse quem fosse.
O Juiz, antes de a mandar sentar, perguntou-lhe o nome, se tinha alguma relação de parentesco ou outra com o Sr. Francisco Dias e se jurava dizer a verdade, só a verdade e nada mais do que a verdade.
A Gertrudes jurou dizer a verdade e o Juiz antes de a mandar sentar esclareceu que ela tinha sido arrolada como testemunha pelo réu, informando-a que deveria responder com verdade às perguntas que os Srs. advogados lhe iriam fazer.
- Arrolada eu?!, vociferou a D. Gertrudes, indignada...
- Olhe Sr. Dr. Juiz, com a idade que tenho, só fui arrolada duas vezes, que sou pessoa séria e decente, já há muitos anos, e em nenhuma delas o fui pelo Sr. Francisco!
E, apontando o dedo à Silvia:
- Quem é arrolada quase todos os dias é ali aquela, por qualquer um que lhe apareça. Toda a gente sabe disso lá no bairro. Ela arma-se em séria, mas toda a gente sabe que é uma maluca que dá a volta à cabeça dos homens, deixando-se arrolar por novos, velhos, casados, solteiros.. O que vier...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Mulher com dildos

Relógio de parede que faz parte da minha colecção.

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A cara da felicidade... - publicidade a gelados em Angola

17 outubro 2014

«Do Communists Have Better Sex?» [os comunistas têm melhor sexo?]

Postalinho de Kathmandu (Nepal)

"São Rosas
Não me esqueci do teu comentário no Travel With Us sobre o Nepal de há 18 anos. Desta vez, o Templo Pashupatinath foi bem fotografado.
Aí vai uma amostra-
Beijo
Daisy"


Detalhe:


«Trincheiras» - João

"Disse-te que ia para a guerra, amor. Vou para a guerra, meu amor, e tu choravas, apertavas-me tanto as mãos, e agarravas-te tanto a mim, que não fosse, que me deixasse ficar junto a ti, que não voasse, por favor que não voasse, mas eu tinha de ir amor, e os teus cabelos banhavam-me o rosto, o cheiro da tua pele invadia-me, o cheiro da tua pele, sempre, e para mim era importante que me quisesses bem, que dissesses a toda a gente que aquele era um homem bom, que era um homem do teu coração, diferente na guerra. Eu não podia ir sem isso, não podia correr pelas trincheiras sem saber que os teus olhos se acendiam por mim, que defenderias a minha honra em qualquer sítio, em qualquer altura, como eu defendia a tua, que nunca deixarias que as palavras rudes se abatessem sobre mim, sobre nós. Fui para a guerra amor, com o cheiro da tua pele em mim, sempre o cheiro de ti, e o brilho dos teus olhos, o recorte do teu sorriso e as tuas mãos, abertas e doces para me segurar, para me receber. Fui para a guerra amor, e levei-te sempre comigo a cada momento."
João
Geografia das Curvas

A imitação da coruja

Crica para veres toda a história
Chauncey, conde de Noivado


2 páginas
(crica em «next page» para avançares)

16 outubro 2014

Nus antigos... revistos


AT LAST! -- ANTIQUE NUDES -- WESTWARD, HO from BigJim369 on Vimeo.

Verbos de ação no ato de amar...

Olás...

Sabem aquelas  horas inúteis na vida, que você se dá ao luxo de pensar besteiras? Pois bem, acabei de sair de uma horas dessas. Percebi a  diversidade dos verbos (e só em um dos modos - Presente do Indicativo) usados durante o... coito, namoro, tapa na barata, essas coisas. Analisei certas situações, queixas e elogios  e coloquei tudo numa  panela só. Se quiserem, podem "encabeçar"  a lista com outros verbos apropriados.


Eu amo
Tu amas
Ele ama
Nós amamos
Vós amais
Eles amam.
Eu fodo
Tu fodes
Ele fode
Nós fodemos
Vós fodeis
Eles fodem.

Eu trepo
Tu trepas
Ele trepa
Nós trepamos
Vós trepais
Eles trepam.

Eu como
Tu comes
Ele come
Nós comemos
Vós comeis
Eles comem.
Eu coito
Tu coitas 
Ele coita
Nós coitamos
Vós coitais
Eles coitam.
Eu chupo
Tu chupas
Ele chupa
Nós chupamos
Vós chupais
Eles chupam.
Eu mordo
Tu mordes
Ele morde
Nós  mordemos
Vós mordeis
Eles mordem.
Eu pico
Tu picas
Ele pica
Nós picamos
Vós picais
Eles picam
Eu meto
Tu metes
Ele  mete
Nós metemos
Vós meteis
Eles metem.

Eu gemo
Tu gemes
Ele geme
Nós gememos
Vós gemeis
Eles gemem.
Eu grito
Tu gritas
Ele grita
Nós gritamos
Vós gritais
Eles gritam.
Eu esporro.
Tu esporras
Ele esporra
Nós esporramos
Vós esporrais
Eles esporram.
Eu sugo
Tu sugas
Ele suga
Nós sugamos
Vós sugais
Eles sugam.
Eu sento,
Tu sentas
Ele senta
Nós sentamos
Vós sentais
Eles sentam.
Eu quero
Tu cansado
Ela reclama
Nós dormimos
Vós chupais dedos
Eles assistem ao jogo.

Mamãe Coruja

Paco Rabanne - perfume XS

Anúncio de imprensa dos anos 90, emoldurado para a minha colecção.

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Postalinho do castelo de Lamego

"O castelo de Lamego tem detalhes do c..."
Nuno S. e Paulo M.




15 outubro 2014

As mulheres e os padrões... ou melhor, prisões de beleza

Há causas pelas quais eu desde sempre penso que vale a pena lutar. Uma dessas causas é a beleza real, sem pressões da sociedade, das modas, dos padrões e das censuras.
Recentemente, críticas ridículas de algumas pessoas à actriz Jessica Athayde na sequência de uma passagem de modelos, levaram-na a tomar uma posição no seu blog. A manequim Sara Sampaio também aproveitou para expor a sua posição sobre este assunto, na sua página no Facebook, mostrando que os extremos se tocam mesmo.
Pela importância desses textos, que revelam bem que «cada cabeça, sua sentença», transcrevo-os aqui:

Para mulheres reais
14 de Outubro de 2014 - jessy james

"As palavras que vos escrevo poderiam não ser escritas. Era mais fácil “não dar importância assunto” e “deixar morrer a coisa”. Era mais fácil…. mas não é o que vou fazer porque as palavras que vos escrevo não são só sobre mim: são sobre as mulheres e a forma como são permanentemente olhadas, julgadas e atacadas. São sobre uma ditadura de imagem imposta, uma tendência redutora de nos verem e de nós próprias olharmos umas para as outras. Isto tem de ser denunciado. Este bulliyng permanente tem de acabar e pretendo ser uma voz activa neste caminho que tem de ser percorrido por todas nós.
Sou actriz. Não sou modelo. Optei há muito por um estilo de vida saudável, com escolhas que faço todos os dias em relação à minha alimentação e prática de exercício físico.
Faço-o porque quero viver muito. Quero viver bem. Quero ser saudável e feliz como tantas outras mulheres.
Desfilei na Moda Lisboa como convidada. Desfilei com o corpo que tenho que é o meu e no qual me sinto muito bem.
Qual não foi a minha perplexidade quando observo que, a propósito de uma fotografia menos feliz, sou alvo de críticas, comentários desagradáveis e uma série de mimos, próprios deste mundo das redes sociais, em que ainda nos estamos a habituar a viver.
Estes comentários foram feitos na maioria por mulheres. Mulheres, vou repetir.
Mulheres que são filhas, mulheres que são mães, mulheres que ainda não perceberam que cada vez que cedem à tentação de atacar outra mulher com base nas suas características físicas, estão a enfraquecer a condição feminina, em vez de lhe dar força.
Estão a cultivar as inseguranças, as desordens alimentares, a escravidão da imagem.
Sou uma mulher segura, pelo menos trabalho nesse sentido. Se este incidente fosse só sobre mim, posso garantir-vos que pouca importância lhe daria.
Mas questiono-me sobre a quantidade de mulheres menos seguras, de todas as idades, mais ou menos felizes, magras, gordas, altas, baixas sofrem este tipo de perseguição no seu dia-a-dia. Mulheres que ao contrário de mim, não têm uma voz que se faça ouvir… Para alguma coisa tem de servir o facto de ser figura pública. Que seja então para dar voz a um grito que sei ser de muitas que me estão a ler neste momento: CHEGA!
Cada mulher é um mundo muito para além do corpo que a recebe. Apoiem -se. Defendam -se. Não permitam olhares redutores sobre aquilo que somos.
A dignidade da condição feminina passa também pelas mulheres perceberem que têm se unir nessa procura e nessa luta.
Queremos um mundo com mulheres felizes, inteligentes, pró-activas, inovadoras, solidárias e que façam a diferença.
Temos de estar juntas nesse objectivo.
Há pouco tempo perguntaram-me numa entrevista quem é que eu admirava, foi fácil responder. Emma Watson, 22 anos, penso eu.
Emma Watson (actriz como eu) no seu primeiro discurso como Embaixadora das Nações Unidas para a Boa Vontade, inspirou o mundo lançando a campanha ONU #HeForShe, que fala sobre a liberdade e a igualdade entre os sexos.
Fala sobre a importância dos homens apoiarem as mulheres neste caminho.
Eu acrescento e peço em Portugal que abracemos também o #SheForShe
Ela por ela. Cada uma de nós pela mulher ao nosso lado. Seja no autocarro ou numa fotografia no ecrã do computador."

O texto da Sara Sampaio

"Concordo com tudo que a Jessica Athayde escreveu! Quero só acrescentar umas palavras, tal como a Jessica também eu sou alvo de muitas criticas ao meu corpo (maior parte da vezes por mulheres), no entanto pelo motivo oposto da Jessica. Já perdi a conta das vezes que me mandaram ir comer um hamburger, me chamaram anorética, esqueleto, etc, tantas foram as vezes que se calhar já devia estar habituada, no entanto, sempre que leio essas palavras dói.
Primeiro anorexia é uma doença muito grave, do qual felizmente nunca sofri, mas já tive pessoas próximas que lutam diariamente contra ela, e em nenhum caso, repito nenhum caso, deveria ser usada para atacar alguém que simplesmente é magra e sempre foi magra! digo isto porque vi pessoas a partilhar o texto da Jessica, em que ela própria diz que cada corpo é bonito, a dizer que preferiam ter o corpo da Jessica ao dos esqueletos da passarela! Bom, os "esqueletos" das passarelas são humanos! pessoas, que tal como tu e eu têm sentimentos, e tal como tu e eu são "pessoas verdadeiras".
Aquele slogan de "a mulher verdadeira tem curvas" sempre me aborreceu, desculpem e agora vou ser um pouco rude, mas a mulher verdadeira como eu aprendi tem uma vagina. Dito isto, Jessica parabéns estavas linda no desfile!
Para o resto deixem de criticar os corpos uma das outras, se alguém quer comer pizza todos os dias, e não ir ao ginásio, é a escolha dela, tal como se alguém quer comer super saudável e ir ao ginásio todos os dias é escolha dela também. cada um tem o corpo que tem, e cuida dele da maneira que quiser, cada pessoas tem um metabolismo diferente, infelizmente vivemos numa sociedade em que somos criticados tenhamos o corpo que tenhamos. tal como diz o ditado: preso por ter cão e preso por não ter."

«Wiggle»

«respostas a perguntas inexistentes (283)» - bagaço amarelo

feitos um para o outro

"Foram feitos um para o outro". Não sei quantas vezes li e ouvi esta frase, tanto em romances como em filmes de Amor. Cheguei a perder-me na sua imensidão que, partindo de Shakespeare, foi herdada até por Holly e Bollywood. Pode parecer uma ideia bonita, a de que nos apaixonamos pelo coração por alguém a quem estávamos destinados, mas eu não gosto. Acho-a feia e desinteressante.
Ter sido feito para o outro retira ao Amor a sua maior qualidade: a da dificuldade. Porque o melhor Amor é aquele que é bom ao mesmo tempo que é difícil. É a esse que nos agarramos apesar de tudo e não apenas porque tudo é confortável.
Se o Amor só existisse entre aqueles que foram feitos um para o outro, o sofrimento não tinha lugar. A alegria e a luta pelo que é importante também não. A paixão confundir-se-ia com uma sopa morna e sem sal, daquelas que nos tiram a fome mas não nos satisfazem o paladar.
Das vezes que me apaixonei nunca senti que tivesse sido feito para a outra, muito menos a outra para mim. O presente não é excepção. Ainda bem, porque assim sei que o Amor que vivo é uma opção de ambos.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Receba as flores... que lhe dou...



14 outubro 2014

Documentário «Sexo em cadeira de rodas»

Eu dava-lhe o braço de ferro, dava...

Por muito que vos possa soar ridículo, nós pilas somos, à imagem e semelhança dos coisos agarrados a nós, susceptíveis a emoções tão contraproducentes como a inveja, o ciúme ou ambas em simultâneo.

Sim, os dias a fio ao pendurão de uma vida que não a nossa (ou foderiamos todos muito mais) dão-nos tempo de sobra para pensar. E não constitui segredo para ninguém que esse é sempre um exercício complicado porque pode à partida ser inquinado por um colhão de distorções.

Contudo, nem um pénis tem algum tipo controlo sobre a sua cabeça. Os pensamentos fluem e as conclusões esguicham e é assim que se complicam as relações entre as pessoas e os seus membros.

Na génese daquilo que, para mim, é um conflito interno do caralho está mais uma vez o que ouço da boca do palerma a que o destino me agarrou de forma aparentemente irreversível.

Eu sou um falo propriamente dito, mas os coisos é que falam demais.



Estava eu aqui há dias na habitual posição de descanso quando ouvi o coiso agarrado a mim referir-se a um problema qualquer nos seus membros superiores. Claro que fiquei logo à rasca, sobretudo por ele ter usado a expressão no plural, mas também porque não tinha conhecimento de problema algum no meu sector. Pensei então que o plural se aplicaria aos tomates, o que não deixaria de me afectar por tabela, mas fez-me confusão aquilo dos membros pois que eu saiba não formámos entretanto nenhum clube.

Pus-me então em sentido, qualquer pretexto é bom para fazer exercício, à escuta de detalhes que me permitissem perceber do que se tratava. E foi então, para meu choque, que o coiso agarrado a mim mencionou os braços. Os braços, vejam bem. “Membros superiores”.

Mas superiores porquê? Claro que isto tresanda à inveja tipicamente humana, ou mesmo ao cíúme se estiverem envolvidas outras emoções, mas nem eu sou sensível aos cheiros nem vocês foram convidados a emitirem opiniões.

É do senso comum que quando um coiso se refere ao membro toda a gente conclui que está a falar da sua piça. Não estou a inventar nada, é uma das designações de fuga das muitas que aplicam às pilas e que, invariavelmente, são conotadas com uma ordinarice que nunca entendi na essência. O membro é um caralho, mas numa espécie de sentido figurado, como se cobrissem nas palavras o pau com uma camisolinha de lã. Pudores que me transcendem mas que tolero para fomentar a harmonia que nos permite trabalhar em equipa em quecas como deve ser.

Aqui entramos na tal sensível questão do “superior”. Então mas agora a superioridade mede-se pelo andar em que os coisos moram? O do sexto A é superior ao do 3º C? O caralho é que é!

Um braço, coisa tão vulgar que até vêm aos pares, é um membro superior em quê? Onde é que um braço contribui como uma pila para uma existência saudável e feliz do coiso agarrado a ele?

São estas merdas que nos fodem, um pénis aqui sempre disponível para cumprir com esmero e dedicação e, dessa forma, envaidecer o coiso cujo mérito até é relativo e depois vê promover cenas com osso como se lhes assistisse alguma glória por serem rijos a tempo inteiro? Com osso também eu! Era ver os bracinhos, os superiores da treta, terem de levantar-se para bulir só com base na força de vontade e na caldeirada de motivações da carola dos coisos que, na maioria das vezes, só nos atrapalham o serviço que nem mijar em condições conseguem.

Agora vocês dizem: “ah, o pénis daquele coiso tem um mau feitio do... dele mesmo”. Pois, pois. Mas haviam de ver as coisas por este prisma, enfiados na toca o tempo quase todo, e aguentarem-se à bronca com as desconsiderações de que uma pila é alvo.

Um braço alguma vez é um membro superior? É superior mas é o caralho!

«Sê» - Susana Duarte

dá as boas vindas ao vento
e às auroras rubras do beijo.

onde és, sê transparente
como as nuvens, e rubra
como o desejo.

dá as boas vindas ao vento,
e aos dias longos da luz.

onde estás, sê a água
que mata a sede dos viajantes,
e deixa os dias idos,
as ausências de antes,
e as flores murchas
que depositaram nos teus braços.

onde fores, sê a onda suave
que deposita algaço sobre a praia,

e beija a espuma, e navega o dia.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

«Olha-me nos olhos e diz-me que me queres»

Eva Herzigová num anúncio da Wondebra dos anos 90, emoldurado para a minha colecção.

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