16 janeiro 2018

«SER» - Susana Duarte

aconteces-me nas horas desconhecidas
em que os cumes
das montanhas
são névoas dispersas
sobre os sonhos onde ondeio

aconteces-me nas horas vigésimas quintas,
onde o tempo se torna infinito
e as luzes das flores
me invadem
os pulmões, e me respiram
de odores almiscarados
e sabores
novos

aconteces-me onde não me sei
e as horas me não bastam,
onde disperso horas
de certezas
e de loucuras de outrora

aconteces-me,
simplesmente
porque existes dentro das águas
que me habitam
o ventre,
e porque conheces
cada onda
do mar

outrora oculto

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook






Fotos de António Barradas, na sua página do Facebook. Coimbra, pôr-do-sol, 4 de Julho 2015

donas de si mesmas



conheci este projecto no instagram e achei G-E-N-I-A-L. é que são broches em forma de vaginas. 
e é genial pois são broches e as vaginas são todas elas temáticas. já imaginaram, andar com uma vagina ao peito?

podem conhecer melhor o projecto aqui: https://www.instagram.com/donasdesimesmas/

É muita fruta!...


Grande coisa... Queria vê-la fazer o mesmo com um ananás...

Sharkinho
@sharkinho no Twitter


Mulher de vestido vermelho a andar de baloiço

Espelho com gravura, de um conjunto de três - 1/3
Uma sequência deliciosa na minha colecção.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

15 janeiro 2018

Pornhub - «Hanukkah Gets Lit»

«Pequeno tutorial sobre fineza no uso dos smartphones» - Cláudia de Marchi

No tutorial de hoje vou ensinar você cidadão "internético", "super hiper mega ocupado", "infiel", "workaholic" ou o diabo que você seja a usar seu smartphone com elegância durante o convívio humano real.
Sim! Sabe estes seres humanos que, teoricamente, você escolheu estar próximo, mas que, apesar disso, lá "atrás da tela" existem assuntos, pessoas, notícias ou o que for que lhe interessam mais? Então esse povo aí que, popularmente, se chama de "companhia" (paga ou não) merece respeito.
Acho deselegante, desrespeitoso e feio estar na companhia alheia e não largar o telefone celular, logo, sugiro: a) se isole!; b) faça um curso de etiqueta ou; c) aprenda a "desconectar-se" para viver um pouco do mundo real, ao lado de pessoas que você pode abraçar, beijar e dar um tapinha no ombro.
Seguidamente, eu brinco de espelho: fulano pegou o celular, espero um pouco e faço o mesmo, para ver se a pessoa se toca da própria ausência de fineza, já que fazer cara de descontente não ajuda. Mas, elas nunca se flagram!
Estamos vivendo tempos difíceis, em que é fácil dizer "saudade" no WhatsApp e ignorar a presença alheia, é fácil ser legal na mesa de bar, de cara cheia, difícil é adentrar em assuntos profundos, agradáveis que vão além do senso comum superficial com alguém que tem "tudo" pra ser burro, mas não é. Com quem você menospreza, enfim.
Fácil é "gostar" da boca pra fora, simpatizar, curtir a trepada e a aparência, difícil mesmo é saber cuidar, respeitar e demonstrar o apreço em atitudes. Tantas pessoas neste vasto mundo, se desumanizando aos poucos, mas se sentindo tão "nobres", tão superiores, tão acima de qualquer desequilibro!
Pessoas vivendo sem coragem, sem maturidade, complicando o simples, se escondendo atrás de uma pseudo empatia covarde, de uma bondade arrogante, que às vezes eu penso que tais pessoas só respiram, porque viver mesmo elas não sabem e os smartphones colaboram para sua plena imbecilização: não se vivenciam momentos, se digita! E a presença alheia que se dane, porque o que importa está ali, atrás da telinha do celular. Oh, que mundinho de gente infeliz!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Fodas de sonho

Crica para veres toda a história
Aventuras de uma verdadeira cabra 2017


2 páginas

(cricar em «next page»)

14 janeiro 2018

«pensamentos catatónicos (345)» - bagaço amarelo

a gestação do Amor

Nunca declarei Amor a ninguém antes dele me acontecer. Declarar um Amor antes do tempo é como fazer uma pergunta à qual o outro não pode responder negativamente. É uma pressão muito grande, convenhamos, levar com uma declaração dessas por parte de alguém de quem não gostamos assim tanto. Temos que escapar pelos intervalos da chuva com um atrapalhado "não estou preparado" ou "deixa-me pensar". Depois de um Amor acontecer e enquanto ele dura, seja um mês ou cem anos, tento tento declará-lo todos os dias. Antes disso não.
A melhor forma que um Amor tem para nascer não é uma negociação serôdia e verbal, mas sim um caldeirão de impulsos, saliva e suspiros. Por isso mesmo é que a cama é o melhor sítio para declarar esse Amor. Depois de e não antes de. Chama-se intimidade e é um dos condimentos essenciais de qualquer paixão.
Antes do nascimento, porém, o processo do Amor não é um vazio. Muito pelo contrário, está na sua fase de gestação, que pode ter durações tão variadas quanto o próprio Amor em si. Na gestação do Amor não o declaramos, mas manifestamo-lo. Jogamos às escondidas querendo ser apanhados e interessamo-nos quando às vezes mostramos desinteresse, aproveitando cada momento como se tentássemos agarrar água e sofrendo cada ausência como se estivéssemos a perder uma guerra.
A gestação do Amor é essencial para percebermos se estamos apaixonados ou não. A cama também. Antes disso, não declaremos o que ainda não existe.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Um gajo prafrentex


Eu até sou um gajo prafrentex que compro a Time Out e tudo e até leio a crónica completa do RAP na Visão mas tenho de pôr esta gaja a andar que me dá cabo da moleirinha.
A gaja tem opinião sobre tudo, o que vá lá, até podia ser uma coisa normal mas fá-lo com uma tal assertividade, que é uma palavra cujo significado aprendi há pouco tempo com ela, que me chego a sentir pequenino no meu metro e oitenta e cinco de altura. Não sei explicar mas não há ali uma pontinha de humildade, uma maneira de dizer em que se peça desculpa por o afirmar e se estenda a quem ouve uma passadeira para mostrar que sabe mais sobre a matéria. Bem sei que quando erra é a primeira a puxar o assunto para o reconhecer mas até isso já me irrita porque bem que podia ser hipócrita e escondê-lo para me dar a oportunidade de ser eu a levantar a lebre e a brilhar.
E depois não é que eu queira que ela ande na rua toda tapada como as islâmicas que vá lá ver eu sou um gajo aberto mas a ousadia dos seus decotes e as saias e as calças que escolhe parecem propositadas para lhe destacar o rabo e põe-me a matutar que se eu vejo, todos os gajos vêem, capazes até de bater uma à conta dela como se ela estivesse disponível e não fosse minha. Como quem não quer a coisa já lhe fiz alguns comentários ao que veste mas ela como quem bebe um copo de água retrucou-me com um sorriso irónico que como fazia questão de não dar palpites sobre a forma como eu me vestia aceitava ter o mesmo direito.
Mais a mais, tem ainda o péssimo costume que a princípio eu até achava graça de me apalpar o traseiro na via pública e todos os dias mostra vontade de, o que à partida é o sonho de qualquer gajo, desde que não seja sempre a primeira a fazê-lo sem me dar hipótese de saborear a sua conquista e isto tudo somado, martela-me os nervos todos os dias.

São Pacheco

É que tenho mesmo uma cura milagrosa para a tosse. Por acaso a cura é mamarem-me o Pacheco mas não o digo por ordinarice. É por pura bondade.

Patife
@FF_Patife no Twitter