A Titas deu-me a honra de escrever um texto sobre a minha fiminil... femenil... (ai, a porra!) feminilidade:
"Ontem juntei a ninhada ao jantar. Era dia de Coliseu, de Sérgio Godinho.
A conversa levou-nos à São Rosas. É um homem! decretaram os machos (os machos da Titas... um tinha feito o jantar, os outros lavaram a louça).
Já esperava esta reacção. Os nossos homens, todos, são uns inseguros. Sentem-se permanentemente ameaçados. Por isso defendem os seus domínios com unhas e dentes. Passei-me. Completamente.
Nada mudou. Apenas a terminologia. «É um homem!». Esta a versão actualizada do «uma Senhora não diz essas coisas!».
«Ma va a cagare!» foi o meu desabafo (em italiano, não fossem as crianças andar por perto).
Mas sabem o que me dói mais? É que por mais que lutemos, por mais que nos revoltemos, a herança atávica está dentro de nós. Não disse; e nem sujeita às maiores torturas o direi. Mas já me passou pela cabeça, não tão poucas vezes quanto isso, que a São seria o Jorgino Cascante da 'Trombeta do casal da Burra'.
Estou-me perfeitamente a cagar para isso (as crianças foram ao cinema).
Para mim, a São Rosas é Mulher!
E gosto dela! Muito!
«Punto e basta!»"
Que honra, comparares-me ao Jorgino Cascante da Trombeta do casal da Burra, mas... só se eu fosse mesmo a Burra!...
E não ligues, Titas. Os homens estão em estado depressivo porque o número de espermatozóides por mililitro tem vindo a baixar drasticamente: de 113 milhões nas ejaculações de 1940, passando por 90 milhões na década de 70 para apenas 60 milhões na actualidade (in: Antonio Fischetti - "A Angústia do Chato Antes do Coito").
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