14 março 2006

After hours



Levas-me a casa? – perguntou ela.
Claro que levo. Não me custa nada. – respondeu.
Estavam a acabar de jantar depois de um dia extremamente cansativo no stand que a empresa tinha naquela exposição da FIL. Reuniões consecutivas a aturar gente chata que, sabiam por experiência própria, na grande maioria dos casos não iam dar resultados nenhuns. O jantar tinha sido relaxante – boa comida, boa bebida, muita conversa e, muito convenientemente, às custas da empresa.
No caminho passaram junto a um daqueles bares / discotecas tipo tropical que existiam ali para os lados da Alameda.
Vamos beber um copo, nunca ali fui e gostava de conhecer – disse-lhe. Ela anuiu prontamente.
Depois de ingeridas algumas mistelas estranhas e muito alcoólicas a conversa fluía naturalmente, os corpos encostavam-se e as mãos tocavam-se.
As mãos sentindo as mãos, as mãos deslizando nas pernas, as bocas começando a trocar beijos em vez de palavras.
Madrugada avançada parou o carro em segunda fila perto do prédio onde ela morava. Não podemos subir, o meu filho está em casa, disse ela. Zona perigosa para ficarmos aqui no carro, pensou ele, mas que se lixe. Portas trancadas, vidros fechados, a música no rádio.
As mãos subiram por dentro da camisola dela, abriram os botões da camisa acariciaram-lhe a pele e tocaram levemente os seios por cima do tecido macio do soutien. Com a ponta dos dedos tocou-lhe os mamilos premindo e mexendo suavemente. A respiração dela mais apressada. As bocas coladas, línguas em combate, ofegante. Puxou-lhe o soutien para cima destapando os seios pequenos e firmes. Cabiam-lhe na mão. Ela desabotoou-lhe o botão das calças, correu o fecho e acariciou-lhe o sexo erecto. As mãos dele imitaram-na. Ela levantou-se ligeiramente para que lhe pudesse puxar as calças para baixo. Procurou-lhe a humidade por cima das calcinhas. Sentiu-a, acariciou-a e penetrou-a ligeiramente com os dedos. A respiração dela cada vez mais rouca, a mão agora já segurando o sexo dele e movimentando-se cada vez mais rapidamente. Tirou-lhe as calcinhas e puxou-a para cima dele…
Pancadas no vidro! Através do vidro embaciado apenas viu um vulto. Abriu ligeiramente a janela. «Desculpem incomodar mas estou aqui há meia hora a ver se acabam e já não posso esperar mais. Tenho que ir trabalhar e o vosso carro não deixa sair o meu».

O fgs esclarece: "escusam de estar para aí com teorias sobre o homem, o que via, o que queria ver, que eu é que sei. A história até se passou comigo:

Foi depois de um jantar bem relaxante
que a conduzi a casa, no Barreiro.
Quedámo-nos pelo carro e um formigueiro
atacou-nos os corpos de rompante.

Esfreguei-lhe as rijas mamas e o traseiro.
Com as línguas em combate fulminante
pus-lhe os dedos na greta suplicante,
e eis que aparece um vulto e diz matreiro:

– Desculpem chatear, ó meus amores,
estão-me a tapar e vou para o trabalho.
(Secou-se a cona... Os colhões com dores...)

De rijeza a esvair-se do mangalho,
concluí que mais valem mil voyeurs
do que um empata-fodas do caralho"

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