30 março 2006

Sensibilidade

Quarenta e tal minutos a lamber como um louco furioso.
Quarenta e tal minutos a passar o corredor a pano com empenho e denodo.
Quarenta e tal minutos a beijar, a chupar, a massajar um pequeno ponto, presumível estação de não sei quantas mil terminações nervosas e diz-me a gaja no fim, quando já não sinto as articulações dos maxilares, nem os músculos da língua:
– Tens guronsan? – Eu olho para ela, inocente, e ela explica: – É que eu, quando bebo demais, não tenho sensibilidade nenhuma.
– Nenhuma?
– Não, nenhuma!
– Em lado nenhum?
– Em lado nenhum!
Apetece-me citar o garfanho dos primeiros tempos e acabar:
Bardamerda!, p'á próxima vai directamente para o bochecho, que ter ou não ter sensibilidade na boca não me faz diferença nenhuma!
Chico, o ex-cunhado
de Garfiar, só me apetece

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