25 junho 2006

que saudade - por Alcaide

Leve língua lambe glande
lábios lambem duro dorso
torce roda sobe grande
subindo sem grande esforço
verga lenta uma beijoca
remete e tira c'os dentes
do fundo daquela boca
e recomeçam dolentes
e a língua apressa depressa
a volta que à volta faz
dessa promessa que traz
sabores que sobem à pressa
trava a tempo no momento
agarra firme com garra
tenta com leve lamento
mas trava tarde esta farra
e pressinto... já não minto
depressa se vem ou não
nessa gruta de ocasião
se largo aquilo que sinto
neste momento em labuta
vontade dessa explosão
mesmo que a torça com a mão
e olhe encantado a luta
e dá-se... lá vem e inunda
liberta de boca aberta
na boca qual bica funda
que já nem lábios aperta
e torce e roda e puxa
e vira e sente tão quente
como vulcão que repuxa
com ais que queimam a mente
que a morte boa se sente
Cai mais lenta a realidade
do que fazer a seguir...
Beijar? Limpar? Ou fugir?
Ah, mas teu amor... que saudade!

Alcaide

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia