Estou finalmente divorciada e o ato de poder gerir o meu tempo à minha maneira e dedicar-me de alma e coração à concepção dos meus três bloguinhos enche-me de alegria como se voltasse a ter as rédeas da minha vida sem os engulhos de uma constante tensão.
Há 10 anos atrás, quando comecei o meu blogue com as letras de todas as músicas que me emocionavam e gastava horas e horas a procurar guifes animados de bonequinhos fofos e mimosos para o decorar, sentia-me muito acompanhada por todos aqueles que me deixavam beijinhos na caixa de comentários. De acordo com a tradição fazia a minha ronda por outros blogues e fiquei atraída pelo daquele homem sensível que blogava em modo intimista e adoptava o elogio permanente às mulheres como se elas fossem a sua única razão de viver facilitando que passasse a ser o meu herói. Rapidamente passámos a trocar emails e daí ao MSN foi um pulinho e a jantarmos juntos com a bússola apontada para o pólo sexual foram mais dois ou três sem pára-quedas.
Lá juntámos os corpos e os computadores na mesma casa e foi nessa fase óptima que publicámos inúmeros posts a transpirar paixão em cada linha de html como prolongamento da nossa cama comum e das calorias que lá suávamos com tal gasto de humidade que de fato os lençóis se podiam torcer. Só que era terrífica a discussão diária sobre quem parava de blogar para confeccionar o jantar ou para acertar o horário para trocarmos fluídos e efectivamente consumarmos o matrimónio em vez de mergulharmos no blogue. Os ciúmes passaram a despontar nos links de cada um e na maior intensidade de troca de comentários com este ou com aquela e rapidamente se exaltaram na comparação estatística do tempo dedicado ao filho da puta do blogue ou ao outro. Quero crer que para a subsistência da blogoesfera quem bloga há-de escolher para respectivo par alguém que não ligue pevide ao assunto.
Há 10 anos atrás, quando comecei o meu blogue com as letras de todas as músicas que me emocionavam e gastava horas e horas a procurar guifes animados de bonequinhos fofos e mimosos para o decorar, sentia-me muito acompanhada por todos aqueles que me deixavam beijinhos na caixa de comentários. De acordo com a tradição fazia a minha ronda por outros blogues e fiquei atraída pelo daquele homem sensível que blogava em modo intimista e adoptava o elogio permanente às mulheres como se elas fossem a sua única razão de viver facilitando que passasse a ser o meu herói. Rapidamente passámos a trocar emails e daí ao MSN foi um pulinho e a jantarmos juntos com a bússola apontada para o pólo sexual foram mais dois ou três sem pára-quedas.
Lá juntámos os corpos e os computadores na mesma casa e foi nessa fase óptima que publicámos inúmeros posts a transpirar paixão em cada linha de html como prolongamento da nossa cama comum e das calorias que lá suávamos com tal gasto de humidade que de fato os lençóis se podiam torcer. Só que era terrífica a discussão diária sobre quem parava de blogar para confeccionar o jantar ou para acertar o horário para trocarmos fluídos e efectivamente consumarmos o matrimónio em vez de mergulharmos no blogue. Os ciúmes passaram a despontar nos links de cada um e na maior intensidade de troca de comentários com este ou com aquela e rapidamente se exaltaram na comparação estatística do tempo dedicado ao filho da puta do blogue ou ao outro. Quero crer que para a subsistência da blogoesfera quem bloga há-de escolher para respectivo par alguém que não ligue pevide ao assunto.
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Uma por dia tira a azia