Ela sempre apreciara todo o processo de despir e ser despida. Aliás, discordava até da distinção habitualmente feita entre preliminares e finalmentes. Tudo era sexo... para quê hierarquizar? Mas havia um detalhe, em particular, que lhe merecia uma especial atenção. O desapertar do cinto... Tudo o resto podia estar à mercê da insanidade do momento, mas quando chegava aquela altura... algo nela voltava a si. Como uma última vinda à tona para respirar, antes do mergulho mais profundo. Era sempre deliberado e planeado. Podia ser feito de forma suave ou agressiva. Podia ser a meio de um beijo ou podia olhá-lo nos olhos. Podia ser quase imperceptível ou podia fazê-lo estremecer com um movimento vigoroso. Mas era sempre um momento dela. Partilhado, oferecido, esperado.
02 julho 2009
Momento
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Uma por dia tira a azia