Trago o beijo - ainda -
no colo azul de uma silenciosa
noite de Primavera.
Trago-o semi despido,
insípido,
mas com as cores
do meu sonho.
Trago-o - agora -
já nu, inodoro,
mas com a música
das minhas vidas.
Trago o beijo - ainda -
engolido como água,
sobre o que resta
do incêndio que imaginei:
não sei apagá-lo.
Poesia de Paula Raposo
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Uma por dia tira a azia