(ouvindo Maurice Jarre, «Carpe Diem», do filme Clube dos Poetas Mortos)
escrevo-te palavras verdes,
ornadas de levante. olho para as nuvens,
meu triste poeta
solto sobre os ventos traduzidos pelos poros do olhar,
meu triste poeta flávio,
meu triste poema sábio, escrito sobre a pele
escrevo-te palavras cartografadas por marinheiros romanos,
ó poeta. meu triste poeta,
assombrado pelas existências, tumultuado pelo vento leste:
escreve-me a calma da brisa que impele o dente-de-leão,
escreve-me palavras verdes,
escreve-me a serenidade lenta do calor,
ó meu poeta, ó meu amor.
(do livro Pangeia, não publicado)
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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