26 agosto 2005

Carta secreta de Soror Mariana ao cavaleiro de Chamilly

Escreveu Soror Mariana na sua cela:

Ah ignaro e ignoto amor que me atormentas
E de pecados e luxúria meu catre enfeitas
Senhor! Tocar teu apetrecho…
Será que posso? Será que deixas?
É este desejo de ter vosso apetrecho nos meus dedos
Que me aquece as mãos e as noites
Sem vós tão frias.

 Rafal Bednarz

Resposta do cavaleiro de Chamilly:

Toca meu apetrecho. Toca que eu deixo.
Senhora de teus dedos flui magia
E meu apetrecho rejubila de alegria
Quando o tocas qual trompa divina, celestial.
Ah! Fora eu Camões e dava-te mais que um canto
Oferecia-te uma casa. Mais! Uma moradia.
Imagina-nos meu amor, no nosso canto
Tocando música todo o santo dia
Tuas mãos de fada e meu apetrecho
Em desbragada e completa sinfonia.

Foto: Rafal Bednarz

Quem dá um título a esta Imagem?!


(via Fishki)


Maquie: Cinto de CUstidade
Pedro Sousa: Aqui não entras tu!!
Jorge: Para no cu não entrar maleita, Pego na cueca de folheta.
São Rosas: Ao menos que fosse: Para não entrar malapata, Uso estas cuecas de lata.
Papagaio: Companheiro fora trancas na porta.
Dupont: "Plano de Contenção de Desperdícios do Governo PS"
CrazyPet: Se olharem bem, a folheta tem um vibrador agregado... colocado estrategicamente. Aquilo não é um resguardo... serve para segurar o dito vibrador no local correcto!

Agora... falo!

Caros vizinhos, será que nós aqui na Funda São temos a resposta a esta questão?
Existirá mesmo uma "cultura fálica" ?

Pelo direito à mão direita!

Um estudante de doutoramento em Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro pode ir para a prisão 2 a 4 anos por utilizar sem autorização a conta de e-mail de uma sua professora.
O estudante terá mandado desse endereço da professora mensagens e imagens lúbricas para outros professores.
E, além da prisão, poderá ter vedada a defesa da sua tese (cujo tema imagino ser «reacção química que transforma uma prof-foda numa auto-foda»).
Coitadito do Robson Pacheco Pereira [este apelido soa-me familiar]. Se fores para a prisão podes usar o meu e-mail, rapaz. Desde que mandes uma cópia de tudo também para mim.

Julgam que inventei?! Nem piçar. It's true.
Aliás, a ficha dele até está na net.

Sinto-me flutuar... hmmm...


Bóias fornecidas pelo J. Costa

Ai o raio da velha!

Casal de velhinhos sentados no banco do jardim. De repente a velhinha dá um valente estaladão na cara do velhinho e diz:
- Isto foi pelos 50 anos de sexo péssimo!
O velhinho fica pensativo. De repente dá uma bordoada na cara da velhinha e grita:
- Isto é por tu saberes a diferença!

(enviado por Lamatadora)

25 agosto 2005

Porquê falar de Pat Robertson neste blog?




Porque o mesmo Pat Robertson que pediu ao governo dos EUA para assassinar Hugo Chávez, presidente da Venezuela (e agora disse que não disse e pede desculpa), já assinou uma carta com a seguinte pérola:
"[O feminismo] é um movimento político socialista e anti-família que encoraja as mulheres a abandonar os seus maridos, a matar os seus filhos, a praticar bruxaria, a destruirem o capitalismo e a tornarem-se lésbicas".
O senhor Pat Robertson também disse depois que não disse...

Jogo - Mojo Master

A Axe criou um jogo para especialistas da sedução:

Mojo Master

Este jogo é para descarregar. Está disponível nesta página em duas versões (mais rápida - 36MB - e completa - 93.5MB).
Tens aqui uma apresentação (em flash).
Agora é que se vai ver quem sabe seduzir... hmmm...

Orgasmo de pixels




Sabes São, a intimidade que a net cria entre estranhos é extraordinária. Como se o monitor filtrasse as máscaras que usamos na vida quotidiana e intensificasse a partilha de nós próprios como dois náufragos isolados numa ilha.
Digo-te isto a propósito de que falar com ele no MSN se tornou uma rotina excitante. Na magia dos pixels, do cão da vizinha à preferência por restaurantes nepaleses, das últimas notícias até ao Teorema de Tales, ele até podia discorrer sobre as melhores formas de garantir boas canalizações que eu ficava ali, vidrada, a sentir a vibração de cada palavrinha sua. E a saborear cada frase que lhe digitava como se de um orgasmo se tratasse. O jogo das palavras prendia-nos ao monitores feitos rosto do outro.
A ponto de quando circulávamos pelo dia a dia em locais desprovidos de internet, gastarmos um ror de pacotes de mensagens a trocar impressões cúmplices sobre a zona e os nativos. E com o passar do tempo Sãozinha, acordava no duche a pensar nele e escolhia uma roupa leve e fresca, a tapar uma lingerie minúscula, para rapidamente me sentar à frente do computador qual adolecescente que se veste e corre para o primeiro encontro. Obviamente, mesmo sem carne palpável, ambos detínhamos as informações sobre as posições favoritas de cada um, ao pormenor de ele saber que dois dedos desenhando uma curva no meu pescoço me faziam contorcer e baixar as pálpebras, tal como a ele surtia o mesmo efeito uma língua dançando no pavilhão auricular até descer para sugar o lóbulo.

Até que há pouco tempo ele me confidenciou, junto com um daqueles virtuais beijos sonoros que inundam toda a janelinha, que nunca contara tanto do que sentia e do que vivera a ninguém. Nunca estivera tão à vontade com ninguém. E foi aí Sãozinha que algo estremeceu em mim. Será que nós, as pessoas, perdemos a capacidade de falar cara a cara?...

O NikonMan recomenda:


Mede sempre muito bem os teus actos

Não faças nada às cegas

24 agosto 2005

Heroína do Amor, por moStrenGo adamastoR

Antes de começar este post, uma ressalva: esqueçam tudo o que viram nos filmes DareDevil e Elektra, as mais execráveis adaptações de livros de Banda Desenhada, alguma vez feitas para cinema.

Vamos a isso, então. Elektra é uma das mais ambíguas personagens - se não a mais estranha - de toda a Marvel. Criada por Frank Miller em 1981 [sim, esse mesmo!], está envolta num passado obscuro de violação, pedofilia, adultério, incesto, assassinato e abandono que mais parece saída de um livro de BD francófona underground.

Personagem secundária, Elektra depressa ultrapassou o estatuto - primeiro como rival do Demolidor, depois como paixão proibida e aliada contra Kingpin e Bullseye - e acaba por preencher uma lacuna enorme das estórias aos quadradinhos: a falta de heroínas, mulheres que não fossem simples namoradas histéricas à procura de omoplatas espadaúdas [havia uma ou duas excepções, a que darei o destaque devido noutro post].

E que heroína [ou anti-heroína, para ser mais preciso]! Armada com dois sabres ninja, e vestida com um justíssimo uniforme de lona carmesim, Elektra daria tesão a um cego. E dava mesmo. O problema é que tinha um feitio terrível. Impossível resistir a tanto charme.

A estória que introduz os personagens referidos acima e mais alguns é editada no livro Dívida ao Diabo - de Greg Rucka e Salvador Larroca, disponível por 10 euros em mais uma iniciativa conjunta do jornal Blitz e da editora Devir.

Diário do Garfanho - 102

A Question of Lust

A prima da noiva a falar-me, a rir-se, a troçar e eu a sorrir como um parvinho e um gongo na cabeça que ia da meditação contemplativa "Que lábios, meu Deus. Que boca" ao mais puro deboche "Chupa, gulosa. Chupa."
E eu sorria. Sorria para me manter calado e não deixar sair nenhuma enormidade ou alarvidade - não que fossem mentira, não seriam com toda a certeza, não tenho imaginação suficiente para dizer o que quer que fosse que não quisesse fazer com aquele corpo, aquela boca, aqueles olhos e aquela voz. "Chupa, gulosa. Chupa."
E os olhos? Que olhos!
E de repente lembrei-me:
- "Oooh... Sim. Sim" disse a virgem cedendo às investidas do namorado, "Desgraça-me." E o gajo puxou de uma tesoura e vazou-lhe um olho.
E ela ficou a olhar para mim, suspensa, olhando o vazio, surpreendida e, quando eu antevia o desastre, o porta-aviões ao fundo, foi ali que ganhei a noite.

Garfiar, só me apetece (e a vocês?)

Green Mad Eyes


Vens de mansinho
com os quatro membros no chão
os pés arrastam-se no caminho deixando rasto
Os cabelos e os seios caídos
Rondas-me o corpo como que a delinear o teu território
Fixas-me os olhos
Frente a frente permanecemos até que tu, a predadora, avanças
num impulso rápido
sinto as tuas mãos nos meus ombros
os corpos tombam, envolvem-se numa luta de sensualidade.
Sou a tua presa.
Inferior, sinto-me objecto nas tuas mãos. Nas tuas garras.
A tua língua e os teus dentes são donos do meu corpo.
A luta termina quando ambos temos na boca o sangue daquela batalha desigual.

Foto: Tankred Tanik