24 agosto 2005

Heroína do Amor, por moStrenGo adamastoR

Antes de começar este post, uma ressalva: esqueçam tudo o que viram nos filmes DareDevil e Elektra, as mais execráveis adaptações de livros de Banda Desenhada, alguma vez feitas para cinema.

Vamos a isso, então. Elektra é uma das mais ambíguas personagens - se não a mais estranha - de toda a Marvel. Criada por Frank Miller em 1981 [sim, esse mesmo!], está envolta num passado obscuro de violação, pedofilia, adultério, incesto, assassinato e abandono que mais parece saída de um livro de BD francófona underground.

Personagem secundária, Elektra depressa ultrapassou o estatuto - primeiro como rival do Demolidor, depois como paixão proibida e aliada contra Kingpin e Bullseye - e acaba por preencher uma lacuna enorme das estórias aos quadradinhos: a falta de heroínas, mulheres que não fossem simples namoradas histéricas à procura de omoplatas espadaúdas [havia uma ou duas excepções, a que darei o destaque devido noutro post].

E que heroína [ou anti-heroína, para ser mais preciso]! Armada com dois sabres ninja, e vestida com um justíssimo uniforme de lona carmesim, Elektra daria tesão a um cego. E dava mesmo. O problema é que tinha um feitio terrível. Impossível resistir a tanto charme.

A estória que introduz os personagens referidos acima e mais alguns é editada no livro Dívida ao Diabo - de Greg Rucka e Salvador Larroca, disponível por 10 euros em mais uma iniciativa conjunta do jornal Blitz e da editora Devir.

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