Simulação da virgindade. – (…) existindo espalhado no vulgo a crença de que a primeira cópula deve acompanhar-se de hemorragias, as mulheres quando casam fazem muitas vezes coincidir a data dos esponsorios com as regras ou empregam mil astúcias com medo que a prova falte. (…)
O refazimento da virgindade perdida calou fundo no ânimo dos próprios deuses da mitologia greco-romana. (…)
A sua simulação tem dado que pensar e as lucubrações de varias alcoviteiras conseguiram por mais duma vez o resultado desejado.(…)
No século XVII entre varias, era infalível segundo informa o autor [Albertus Minor], a seguinte mixórdia que vai na própria redacção.
O refazimento da virgindade perdida calou fundo no ânimo dos próprios deuses da mitologia greco-romana. (…)
A sua simulação tem dado que pensar e as lucubrações de varias alcoviteiras conseguiram por mais duma vez o resultado desejado.(…)
No século XVII entre varias, era infalível segundo informa o autor [Albertus Minor], a seguinte mixórdia que vai na própria redacção.
«Tomarás meia onça de terebentina de Veneza, um pouco de leite que se espreme das folhas de espargos, a quarta parte de uma onça de cristal mineral, deitado de infusão em sumo de limão ou de maçãs verdes, e aclara de um ovo fresco batida com um pouco de farinha de aveia. De tudo isto farás uma pílula que tenha alguma consistência e introduzi-la-ás na natureza da rapariga desflorada, depois de a teres seringado com leite de cabra e untado com pomada alvíssima. Logo que tenhas praticado esta operação quatro ou cinco vezes observarás que a rapariga volta a um estado capaz de enganar a matrona mais que quiser revistá-la.»
Curioso reparador de virgindades perdidas!
[Gasparo] Colombina descreve também as raras virtudes de certas plantas, entre as quais a erva poejo. Esta erva, diz o autor
«dissolve, aperta, conforma e disseca e a sua cocção com artemisia disseca a humidade supérflua da madre e restringe a natureza das mulheres.»
AGUIAR. 1924:141-143