28 fevereiro 2007
27 fevereiro 2007
Uxoricidas
(…)o novo código italiano prevê especialmente o caso de uxoricídio em flagrante adultério e reduz a pena a menos de um sexto, substituída a reclusão pela detenção (…)
Crê-se geralmente, entre nós, que o marido traído tem o direito de matar a adultera, e que a lei não o pune; esta opinião deriva das constantes absolvições em casos desta ordem. Debalde a lei estabelece a pena; nem magistrados, nem jurados a respeitam. (…) Assim, para o crime de adultério conservou-se a pena de morte, (…) E ao marido deu-se a faculdade de ser juiz e carrasco ao mesmo tempo.
in GAROFALO, R. (1925) Criminologia. Estudo sobre o delicto e a repressão penal
4.ª Ed. – Lisboa: Livraria Clássica Editora. Pág. 559.
s. m., aquele que matou a própria esposa.
Comissão de festas
por Falcão
".... Vais ficar famoso, meu filha da puta. Vais para a Internet...."
Ena cum filha da puta!
Num queiram saber, que neste fim de semana é que foi mesmo do caralho!
Cumo sabeis, num sei se já o havia dito antes, este ano faço parte da comissão das festas de Santa Inácia do Vale da Penha Maior de Cima, que é, digo ser com muito orgulho, o nome da minha freguesia, aqui nas bouças, onde um homem é rijo cumo ó caralho e o pito todo coberto de pintelho.
Bem! Agora num interessa! Juntámo-nos uns quantos, uns que são da comissão fabriqueira da Igreja e outros bacanos e que somos este ano festeiros, para combinar se vinha cá a Mónica Cintra ou o Quim Barreiros. E quanto íamos gastar no fogo preso e foguetes, e já sabeis no que isto dá. Acabámos mesmo junto ao portão da minha garage, pus uma mesa cá fora debaixo dum cascarrão dum pinheiro, e uns canecos mais o verdasco.
O Toino que tem uma filha boa cumo ó caralho, foi buscar a morcela, o Martinho uma broa, o Zé um pingo de aguardente e no meio dos comes e bebes, acabámos por ficar com o assunto todo na mesma que num ficou caralho nenhum combinado nem resolvido, foda-se!
Cada um dizia a sua coisa, uns queriam a Mónica porque ele é boa como milho mais a real puta que a pariu, e outros só queriam o Quim Barreiros com o cheiro do bacalhau e a garage da vezinha, e o caralho mais velho.
Aquilo cada um dizia a sua e num deu em nada.
E depois sentado à mesa quando estava a falar cum o Toino pensando que ele estava a ouvir, o filha da puta tinha mergulhado do banco abaixo cumo podeis ver, ressonava que nem um porco, e eu que me fodesse a falar pró caralho, cuidando que ele ouvia mais o caneco e o filha daquela puta com as ventas infiadas na caruma!... O que vale é o que me ri desse caralho, que fui buscar a Kodak e bati-lhe uma chapa.
- Oh . Toino, caralho! Vais ficar famoso, meu filha da puta. Vais para a Internet.-
- Vou pra donde…hic…Falcão?- Acordou ele cum os olhos vermelhos e em soluços cumo a real puta que o há-de parir.-…Caralhos...hic...me fodam e me refodam.....Ouve…hic…vou….hic….para ..onde?....-
- Foda-se….Para a Internet! Toino! Tas a ouvir?.Internet!…-
Num me respondeu, mais o caralho! Foda-se que vem para uma reunião e apanhou um pifo que nem se lambe…olha para isto: Ressona…foda-se, vai ressonar lá pró caralho!
Mas a tarde acabou numa chacota do caralho com o ti Balbino da Horta dos Tomazes.
Eh…cum filha da grande puta, que só de me lembrar desse caralho desse velho a contar como faz qualquer gaja vir-se…heheheh!...Diz que intala as bordas da cona entre os dentes e que depois faz o resto que é nem cavacas.
- Tas a ver?- Disse ele a encher o pessoal com o sorriso fodido cumó caralho..
- Prendo-as assim, entre estes dois dentes, e depois a lingua sobe e desce, anda à roda, até que elas fique em pão. Num há uma que num venha ter ao meu barraco para provar cumo é…-
-Mas então ouve lá oh meu caralho! E num ficas com a boca alí cumo o Toino? Cheio de caruma que é cumo quem diz; atabafado de pintelhos? -
E aí é que nos fartamos de rir cum a resposta.
- Foda-se Falcão! Os pintelhos?....Cospem-se! Cospem-se…foda-se!.....
E cuspiu para o chão tudo à volta dele, cumo Deus mandava acabando depois dum só sorvo mais um caneco do meu belo verdasco, enquanto dizia:
- Ide-vos foder. Falcão…ide-vos foder….-
26 fevereiro 2007
Bom princípio de semana!
Há varandas fabulosas, não há?
Foto: Lee Reed
Dupla penetração - por Bartolomeu
Diz-me quem já se converteu a esse ritual que a sensação é suprema.
Naquilo que respeita à técnica, a mais conveniente e prática é a seguinte: o penetrador que possuir o membro maior deita-se de papo para o ar, de arma 100% afinada. Por sua vez, a penetrada, ou melhor, a penetrável, senta-se sobre a arma do primeiro, encaixando-a confortável e o mais profundo possível, inclinando-se sobre o tronco e rosto do rapaz, depois de convenientemente descontraída, o que poderá mais fácilmente conseguir praticando alguns movimentos lentos e profundos de vai e vem. Dobra-se o mais possível sobre o rapaz, fazendo um sinal previamente combinado.
Ao terceiro elemento, que se encontrará com a arma já muito bem oleada e que irá iniciar a penetração, cuidadosamente e de preferência acariciando as costas, nádegas e ancas da mocinha, ou dando-lhe umas palmadinhas, conforme seja o seu gosto. Depois de a sincronização se ter completado, o parceiro que está por baixo executará movimentos curtos de vai e vem, ou então será a mocinha a controlar as entradas e saídas de ambos, com movimentos pélvicos e de quadris, complementados com contracções da banginha, bagínia, porra... daquela coisa a que o Nelito chama covas."
Bartolomeu
CISTERNA da Gotinha
Marisa Miller na Sports Illustrated - edição de fatos de banho.
Um café que vai ser uma loucura. Vende-se aqui.
SexShop (sugestão da Fresquinha)
A arte de Jeff Jordan.
25 fevereiro 2007
Fodida
O bichano que me segue para todo o lado, apitando e vibrando, dera-me a notícia que ou almoçava hoje ou ele partiria nas gloriosas tradições da quadra. E eu ali amarrada a um conciliábulo de sexo dos anjos a fazer de corpo presente e a provar a mim própria que o trabalho pode ser prejudicial ao nosso bem estar e prazer.
Não fosse a minha capacidade para me abstrair dos lugares onde o meu corpo fica cativo e não desfrutaria daquele enlace na relva que ao segundo tempo me fazia rastejar sobre o seu corpo e erguer-me para catapultar os seios para o cesto da sua boca. De modo que quando entraram as sandes que iam servir de almoço, devorei logo uma em duas abocanhadelas perante os olhares de soslaio dos colegas que caramba, não entenderam que eu precisava de retemperar forças.
24 fevereiro 2007
As noites claras - parte 1
Tinha chegado ao fim do percurso que diariamente as suas pernas faziam sem que ela lhes indicasse o caminho.
Andavam por si mesmas; meros pontos de contacto entre o chão e o mundo turbulento que lhe preenchia o interior, perdido para lá do olhar que se esvaía entre as últimas estrelas e a vermelhidão da vigília com que os seus olhos se fundiam na madrugada a findar.
Lentamente e sem ouvir os passos que calcavam a calçada dobrou a esquina e começou a descer a rua que de repente lhe escondia o céu, reinventando a noite na estreiteza apertada e a escuridão alta das casas.
Dentro da sua cabeça batia-lhe o zunir da última
Passou por debaixo do arco e avançou dois ou três metros, de forma mecânica, rodando para a direita enquanto baixava a cabeça mexendo na roupa.
Sem que desse por si, de forma automática, tirou a chave do bolso e abriu a porta.
Poisou a mala, despiu o casaco curto deixando-o cair sobre uma cadeira e avançou.
Um cheiro familiar fê-la tentar um ligeiro inspirar. Tossiu umas duas ou três vezes arrastando uma rouquidão persistente enquanto praguejava. Tirou um cigarro, acendeu-o e aspirou profundamente.
- Já chegaste? – chegou a ela meio abafado vindo do quarto de porta entre aberta.
Não respondeu e aspirou de novo. Desta vez de forma nervosa e entrecortada.
- Que pergunta... – Respondeu finalmente. – Quem querias que fosse? -
Dirigiu-se à casa de banho enquanto se ia aliviando da roupa, que tresandava de cheiro a tabaco e à vitória do general suor.
Tirou a lingerie, detendo-se por um instante nas cuecas húmidas e mirou o seu corpo nu ao espelho.
-... As rugas, meu Deus... Ando com umas olheiras...-
A água começou a correr quente sobre a pele. Uma massagem deliciosa, quente e doce.
Mãos e espuma numa orgia silenciosa e envolvente.
Passou com o sabonete pelo sexo e fechou os olhos. Noites a fio homens tinham instantes seus a troco de notas, indo-se embora com os pedaços de si que lhe tinham comprado.
Saiu enrolada na toalha. Na sala estava ele. Despenteado e de barba por desfazer a escurecer o rosto. Mexia na mala e em cima da mesa, espalhadas, várias notas de diferentes valores reinventavam o caos por entre envelopes e papéis.
- Só isto?! -... Olhou para ela.
Não respondeu. Ao invés, mexeu num dos envelopes e tirou um papel que consultou num relance.
- Vais mais logo pagar a luz... Passa pela lavandaria a ver se já tem o outro casaco limpo.
Vou deitar-me...
Acorda-me antes da uma...-
Charlie.............