09 maio 2007

CISTERNA da Gotinha

São Rosas... bem... neste caso é mesmo só uma!

Agulha em palheiro


Ambos partilhávamos o gosto por pilas e os seus avisados conselhos sempre me foram mais úteis que toda a bibliografia e filmografia à face da terra e essa era razão suficiente para naquela noite irmos risonhos beber mais uns copos e dançar.

Só que ele chegou lá aflitinho e com um sorriso cúmplice para aquele menino traquina que ia espreitar o frigorífico fiquei à sua espera no balcão com um copinho facetado e duas pedras de gelo. Reparei que um moreno altaneiro me fixava tão intensamente que cheguei a alvitrar a hipótese de ter a braguilha aberta o que não era, de todo em todo, verdade.

Pé ante pé acercou-se a mim e vá de perguntar-me se eu não me lembrava dele e eu pois que não, abanei a cabeça. Mas ele começou a eriçar o som do seu aparelho bocal para crescer na insistência de que agora era fácil fazer de conta que não o conhecia, pois claro que já não sabia de nadinha e por mais que eu replicasse que morenas baixinhas há neste país às dúzias bem como milhares de caras semelhantes à minha, ele não desistia de reafirmar que se recordava de tudo muito bem e citar inúmeros locais que me deram a oportunidade de lhe confirmar que nunca o tinha visto nem mais gordo nem mais magro. Ele não queria dar o braço a torcer mas a chegada do meu amigo com o seu ar másculo de pêlos salientes e umas fartas sobrancelhas fizeram-no arredar mais que qualquer palavra.

Gargalhei da minha sorte por se revelar ilusória a convicção de que naquele bar mais frequentado por homossexuais teria sopas e descanso.

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08 maio 2007

O Abraço

Quando se tornou a deitar já não a abraçou.
– O que foi?
– Parecia que a torneira estava a pingar – respondeu.
Ela sentiu as costas dele encostarem-se às suas.
– Não me querias abraçar?
– Porquê?
– Deitaste-te de costas…
– Deitei-me de lado – corrigiu.
– Não é isso, deitaste-te de costas para mim. – Não havia censura na voz dela, apenas um ligeiro travo de resignação. – Não me querias abraçar?
– Queria…
– Já não queres?
Ele pensou em virar-se e abraça-la para que a conversa pudesse terminar, mas como se deitara assim por acaso, ou melhor, não por acaso, mas não pela razão que ela supunha, decidiu que se a abraçasse agora, de imediato, estaria a dar-lhe razão. Não lhe apetecia. Deixou-se ficar e respondeu:
– Quero.
Ela esperou que ele se virasse. Ele ficou quieto.
Ela continuou à espera de um gesto, de um movimento ou de um som. Nada.
Ele ficou à espera que ela falasse.

Como se costuma escrever, e eu não arranjo maneira melhor de o fazer: Passaram-se segundos que pareceram minutos, minutos que pareceram horas – na verdade, cerca de dois minutos que pareceram uma hora e tal, se somarmos as meias horas de cada um.
Ele pensava na vizinha do sexto direito e no panconas do marido, que bem merecia um jardim florido na testa.
Ela pensava na máquina de roupa que tinha de estender logo que se levantasse, no ensurdecedor silêncio dele (ela lia muito) e em esticar o cabelo no dia seguinte quando saísse do trabalho.

– Ninguém diria – comentou ela, baixinho.
– O quê?
– Que ainda me queres abraçar.
– Eu quero, mas…
– Mas?
Nenhum dos dois se mexia, nem alterava o tom ou o volume da voz. Falavam com uma civilidade a roçar a indiferença.
– Mas, se te abraçar – continuou ele –, tenho uma erecção.
– Ai é?! E… – Ela hesitou e recomeçou usando uma frase dele: – E porque é que havias de cometer esse erro?
Ele sorriu, reconhecendo a frase. A sua frase.
– Estás tão sedosa e cheiras tão bem, que não me aguento. Ele responde ao calor e suavidade das tuas nádegas, e eu não consigo fazer nada…
– E queres? – Ela encostou-se mais a ele.
– O quê? – Ele pousou a mão na anca nua dela.
– Fazer alguma coisa? – sussurrou ela, sentindo-lhe a mão a acariciar a anca e depois a nádega.
Ele virou-se. Encostou-se e roçou o sexo entre as nádegas dela. Abraçou-a, acariciando-lhe a anca com a mão esquerda e apalpando levemente o seio esquerdo com a outra mão.
– Queremos!

Mais bicos piratas!

Aqui estão mais criativos geniais a copiar as ideias dos outros: «Faz-me um Bico - Loja online»!
E até já se adiantaram. Sugiro que façam bicos à dúzia, para ser mais barato...
Mas quem sabe opta certamente por um bico original.

Asneira!




Um tipo estava preso na esquadra.
O advogado dele comparece para libertá-lo e pergunta-lhe o que aconteceu.
O cliente começa a explicar:
- Bem, eu estava a passar na rua e de repente vi um monte de gente a correr. Estavam a socorrer uma prostituta que acabava de dar à luz na rua um lindo bebé. Nesse momento, um polícia aproximou-se de mim e perguntou-me "O que é que se passa?" e eu respondi "É a puta que pariu!"

(enviado por Mosca Morta no grupo de mensagens da funda São)

07 maio 2007

A pele do amor, por mostrengo Adamastor

Ouvi dizer que também há um dia da nudez. Afinal, nem todos os "dias de" são inúteis.

Aqui fica, então, um nu angelical da cintura para cima, ainda que neste caso não haja nada que envergonhe.

Angelica Bridges
Luana Piovani

Ainda por cima, pode considerar-se uma fotografia de mamas.

O Bartolomeu explica a bichice do Nelo

"Depois de ver a foto da Efigénia, percebi finalmente o motivo que levou o Nelito aos meandros da bichice.
Moi j'explique...
O Nelito casou por amor. OK, foi um amor algo platónico, digamos até que de certa forma desajustado a uma realidade actual. Ao início de casados, a Efigénia e o Nelo foram o casal idílico dos livros de contos de fadas.
O Nelo era ramos de rosas a toda a hora, enquanto estava lá de porteiro na C.G.A. e não largava o telefone, sempre a ligar para a sua mais-que-querida Efigénia, enaltecendo-lhe a todo o momento o sedoso dos cabelos, o mel dos olhos e a ternura dos lábios.
Ao final do dia, o nosso Nelo presenteava a sua paixão com várias caixas de bombons, do mais fino e delicioso chocolate. Jantavam romanticamente todos os dias à luz de velas e, depois de um delicioso namoro no sofá da sala, de mãos dadas e olhos nos olhos, o nosso Nelo entregava-se inteirinho aos carinhos de Morpheu.
Tantas vezes este procedimento se repetiu que a puríssima Efigénia, ajudada pelos belíssimos bombons, começou a ganhar estrutura gordural. Um dia, volvidos 4 meses, alimentada no amor exclusivamente por flores, bombons e frases românticas, notou a bela Efigénia que tinha triplicado o volume e, para se certificar de que ainda haveria hipótese de entusiasmar físicamente um homem, decidiu notificar o Nelo de que no espaço compreendido entre os joelhos e o umbigo tinha implantada uma racha cabeluda que fervia de desejo sempre que o Nelo exercia as suas manifestações de carinho. O Nelo ficou deveras surpreendido pela revelação de Efigénia mas, movido pela curiosidade, empenhou-se em descobrir a tal racha cabeluda. No fim de semana seguinte, o nosso Nelo dedicou o tempo exclusivamente à procura do tesouro de Efigénia.
Debalde, pois por 3 vezes se perdeu, entre os refegos da sua dama, sendo necessária a intervenção da brigada de buscas da G.N.R., acompanhados dos cães de busca. Assim, a Efigénia decidiu fazer um mapa, de forma a que o Nelo se orientasse melhor. Esta decisão não alterou em nada a desorientação do nosso herói. Tudo se revelou infrutífero. Foi então que o nosso Nelo, levado pelo desespero de causa, se recolheu no café da Belinha, onde conheceu o seu amante, que o levou a trilhar caminhos que o Nelo nem desconfiava que existiam."

Bartolomeu

CISTERNA da Gotinha






Monica Bellucci Topless and Totally Nude Photo Gallery

Gigantesca galeria fotográfica de
Jelena Jansen.

Carmen Electra a nu! Um "best of".

Injecções de "Penenselina": para efeitos vaginais.

Hoje é dia das Meninas fazerem Cu-Cu.

Outro quadro a óleo da minha colecção


«Admiração» - Sandu Mircea Tantau

(óleo sobre tela)
Roménia

06 maio 2007

Lua cheia


Com a cabeça a mil e os pés a flutuar entrei em casa e até aquela coisa que espirra para perfumar o ambiente tinha uma fragância muito mais agradável do que era vulgar. Pousei na mesinha de cabeceira o telemóvel que atenciosamente me faz o serviço despertar e atirei-me vestida para a cama a rever no branco do tecto as últimas cenas.

O telemóvel piou e li a sms dele a cotar a noite como inesquecível, que é um daqueles adjectivos que põe logo uma gaja com arrepios espinha abaixo e uma languidez que arqueia a coluna e projecta as mamas para a frente. Repliquei de imediato que ainda estava num estado de boas vibrações que me impedia de adormecer. Acto contínuo, respondeu-me que tocar a energia dos outros excita e aquele ponto e vírgula junto ao parêntesis direito impulsionaram-me uma ligeira abertura de coxas como se a proximidade do seu joelho a tal obrigasse. Avancei que ao contrariarmos o calendário lunar para fazer lua cheia naquele dia poderíamos ser punidos com um luar contínuo. Como num terceiro round, ele despachava um firme e seguro requisito de repetir a experiência para validar cientificamente as conclusões válidas e eu digitava com o aparelhinho aconchegado em ambas as mãos à altura dos olhos que era só agendar a data de pesquisa.

Respirei fundo a reconhecer a penetração e o estremecimento de cada molécula de oxigénio em cada poro de mim e sabendo que tínhamos ido juntos ver um filme e entremeado as suas cenas nas garfadas do jantar subsequente, convenci-me ainda mais que gosto é de preliminares.

Maria Árvore
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E o OrCa nem precisa de lua cheia para oder:
"ode laudatória à maria-árvore:

com que desvelo desvelo
da árvore-maria os parágrafos três
numa razia que ouriça o pêlo
se te enovelas no que ali lês

são três parágrafos duma assentada
e em cada um - iluminada
cria o enredo em que te enreda
e que te leva do ventre ao beijo
no corpo todo
onde o decoro espanta o medo
e faz-se a cor e o outro modo
o do desejo..."

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