Com a cabeça a mil e os pés a flutuar entrei em casa e até aquela coisa que espirra para perfumar o ambiente tinha uma fragância muito mais agradável do que era vulgar. Pousei na mesinha de cabeceira o telemóvel que atenciosamente me faz o serviço despertar e atirei-me vestida para a cama a rever no branco do tecto as últimas cenas.
O telemóvel piou e li a sms dele a cotar a noite como inesquecível, que é um daqueles adjectivos que põe logo uma gaja com arrepios espinha abaixo e uma languidez que arqueia a coluna e projecta as mamas para a frente. Repliquei de imediato que ainda estava num estado de boas vibrações que me impedia de adormecer. Acto contínuo, respondeu-me que tocar a energia dos outros excita e aquele ponto e vírgula junto ao parêntesis direito impulsionaram-me uma ligeira abertura de coxas como se a proximidade do seu joelho a tal obrigasse. Avancei que ao contrariarmos o calendário lunar para fazer lua cheia naquele dia poderíamos ser punidos com um luar contínuo. Como num terceiro round, ele despachava um firme e seguro requisito de repetir a experiência para validar cientificamente as conclusões válidas e eu digitava com o aparelhinho aconchegado em ambas as mãos à altura dos olhos que era só agendar a data de pesquisa.
Respirei fundo a reconhecer a penetração e o estremecimento de cada molécula de oxigénio em cada poro de mim e sabendo que tínhamos ido juntos ver um filme e entremeado as suas cenas nas garfadas do jantar subsequente, convenci-me ainda mais que gosto é de preliminares.
O telemóvel piou e li a sms dele a cotar a noite como inesquecível, que é um daqueles adjectivos que põe logo uma gaja com arrepios espinha abaixo e uma languidez que arqueia a coluna e projecta as mamas para a frente. Repliquei de imediato que ainda estava num estado de boas vibrações que me impedia de adormecer. Acto contínuo, respondeu-me que tocar a energia dos outros excita e aquele ponto e vírgula junto ao parêntesis direito impulsionaram-me uma ligeira abertura de coxas como se a proximidade do seu joelho a tal obrigasse. Avancei que ao contrariarmos o calendário lunar para fazer lua cheia naquele dia poderíamos ser punidos com um luar contínuo. Como num terceiro round, ele despachava um firme e seguro requisito de repetir a experiência para validar cientificamente as conclusões válidas e eu digitava com o aparelhinho aconchegado em ambas as mãos à altura dos olhos que era só agendar a data de pesquisa.
Respirei fundo a reconhecer a penetração e o estremecimento de cada molécula de oxigénio em cada poro de mim e sabendo que tínhamos ido juntos ver um filme e entremeado as suas cenas nas garfadas do jantar subsequente, convenci-me ainda mais que gosto é de preliminares.
Maria Árvore
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E o OrCa nem precisa de lua cheia para oder:
com que desvelo desvelo
da árvore-maria os parágrafos três
numa razia que ouriça o pêlo
se te enovelas no que ali lês
são três parágrafos duma assentada
e em cada um - iluminada
cria o enredo em que te enreda
e que te leva do ventre ao beijo
no corpo todo
onde o decoro espanta o medo
e faz-se a cor e o outro modo
o do desejo..."
Quem não adooooooora preliminares?... Hmmm...
ResponderEliminarode laudatória à maria-árvore:
ResponderEliminarcom que desvelo desvelo
da árvore-maria os parágrafos três
numa razia que ouriça o pêlo
se te enovelas no que ali lês
são três parágrafos duma assentada
e em cada um - iluminada
cria o enredo em que te enreda
e que te leva do ventre ao beijo
no corpo todo
onde o decoro espanta o medo
e faz-se a cor e o outro modo
o do desejo...
O que vale é que 2ª feira já se vêm de novo os bonecos!
ResponderEliminarLoooooooooooooooooooooooooooool
ResponderEliminarBonecos? Cais onde? Segunda? Fogo é domingo e ainda na chegou a neura da tarde. Keta Sãozinha. A Ode tá bela ahahahahaha
Vós dais-me cabo da placa e dos maxilares, cum raio.
Bom fds
Os bonecos dos comentários, Cris. É que isto tem andado uma... Cris :-)
ResponderEliminarOs telemóveis são uma excelente invenção!
ResponderEliminarE não é propriamente por vibrarem...
(agoram imaginem aqui aqueles bonecos do costume... sobretudo o anjinho!)
É nessas situações que se fala em anjinho papudo!
ResponderEliminar(amanhã hei-de pôr aqui o boneco do diabo)
"Avancei que ao contrariarmos o calendário lunar para fazer lua cheia naquele dia poderíamos ser punidos com um luar contínuo."
ResponderEliminarCheira-me que este post è uma viagem ao passado, recordaste uma noite com o Stau Monteiro, inspiraste-o para a obra "Hoje Ha Luar", depois aquela coisa do Gomes Freire de Andrade foi só para baralhar. Vocês estiveram foi a noite toda no Bogio a... pois isso, a meter o joelho por entre as côxas, ou mais...ou nem tanto.
Se o dizes, deve ter sido mesmo assim...
ResponderEliminarLol Paulo isto tá de gritos. Assim acordo bem disposta, não haja dúvida.
ResponderEliminarVejamos anjinhos papudos é fixe. Agora na tou a ver a coxa no joelho. Era yôga?
Não ! Pura imaginaSão ! De poetas, +obviamente...Se fosse yoga o dedo grande do pé devia estar metido em algum orifício mal protegido...
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