

Lápis Lazuli
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II. Celibato religioso. Sem duvida o christianismo tem exaltado o estado religioso em que o celibato é prescripto. Mas não chama a este estado senão o pequeno numero dos perfeitos, e se a Egreja designa como bemaveuturados os que vivem como os eunucos, em muitos outros logares faz o elogio do casamento e S. Paulo exhorta particularmente os seus discipulos n'este sentido. O christianismo nascido no seio da grosseira antiguidade, onde as mulheres não eram consideradas senão como instrumentos da voluptuosidade, proscreveu-as como proscreveu a intemperança e o luxo; proscreveu-as na sua qualidade de prisões materiais e porque queria desembaraçar os homens do lodaçal da terra e fazer-lhes levantar de novo os olhos para o céo: recommenda a castidade do corpo, porque lhe parece a indispensavel garantia da do coração. O desprendimento do mundo perecível e o apêgo immediato ao mundo perfeito e eterno, eis a doutrina do Christo. O mundo tem necessidade do concurso de duas ordens diversas d'existencia. Submettido, por uma parte, a viver plenamente no presente está submettido tambem a caminhar constantemente para um futuro novo. Aquelles que são destinados a prisidir à sua marcha, os guias d'essa carabana (sic) da humanidade, não terão deveres novos que são incompativeis com os que impõe o casamento? É precisamente o que se dá e o que assegura a santidade das palavras de Jesus Christo. (…)


