Namorei uma Jugoslava que tinha cona de cavalete...
Foi um daqueles namoros estranhos, mais um desafio que um namoro. Diziam-me os meus amigos na altura que eu não era capaz de comer a gaja...
Pfhhh... é só querer, respondi-lhes.
Apostaram, apostei e lá fui para o campo de batalha, uma discoteca em Lagos. Pensei que a Jugoslava caísse imediatamente, rendida ao charme e ao tesão de um latino todo bronzeado, cabelo à surfista e um ar ligeiramente atlético.
Tá bem... chora, Xico...
Já suava as estopinhas, já lhe tinha oferecido uma grade de cervejola e a alva menina, fresquinha que nem cachucho na lota, não me dava mais que uns sorrisos, enquanto os meus amigos iam apreciando a minha não-evolução e rindo a bandeiras despregadas.
Percebi que, com aqueles anormais em cima, não ia conseguir concretizar aquilo que, começando por uma aposta, se tinha transformado em defesa da honra.
Convidei então a menina para passear na praia, pouco certo de que aceitaria a minha proposta claramente insidiosa.
Aceitou!
Ufano, marialva, saí olhando de ladecos os meus amigos, exibindo um ar triunfador, de "el matador". Só faltou o disc-jockey meter um
paso doble na vitrola.
E lá fomos, rumo à praia Don'Ana, já a sentir nos beiços, por antecipação, o sabor exótico de uma conaça Jugoslava.
Era de cavalete.
Sabeis o que é uma cona de cavalete?
Eu explico-lhes, gentinha inguenurante.
Uma cona de cavalete é aquela em que o osso púbico, apresenta uma morfologia proeminente, ou excessivamente proeminente, sobretudo se a revesti-lo se encontrar uma camada generosa de músculo.
A primeira reação de macho que apalpa uma cona de cavalete, sem retirar previamente as camadas de tecido que a cobrem, é: "Foda-se, pá... já foste enganado... afinal a Jugoslava é um Jugoslavo!"
Mas depois... como a curiosidade não se fica pela primeira sensação, tentas não demonstrar surpresa e, assim como quem não quer a coisa, voltas a passear os dedos pelo "local do crime" e, ainda sem certezas firmadas, começas a ceder a hipóteses.
Até que, mansamente, confirmas com um suspiro de franco alívio: "foda-se, caralho, afinal é cona, inchada, mas cona!" E mergulhas de cabeça, como se o mundo for acabar dali a meia hora.
Fodido, fodido... é que no dia seguinte, um gajo ainda anda com um dor no baixo ventre, que até tem dificuldade em andar.
Por isso, aqui fica o meu conselho, dirigido a todos aqueles que ainda não se aventuraram numa cona de cavalete: fodam-nas de toda a maneira, menos à missionário!
Inda dizem que este berlogue não presta serviço púbico...
Bartolomeu
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Não se pode dar tópicos a esta malta que descobre cada coisa...
watermeloncolya: "Parece um
déjà vu sem lagos e sem praia, mas infelizmente há muitos anos atrás saiu-me uma dessas «conas de cavalete» (Bartolomeu, agradeço desde já a informação do real nome da coisa) e afirmo que não são nada, mas mesmo nada agradáveis as dores que se ficam durante e depois do acto. Devido à minha ignorância do nome, apelidei a menina de «
cona de osso». Portanto, tenho que lhe pedir desculpas e chamar a coisa pelo nome."
Fin: "Também há a «
cona de alçapão», quando um dos lábios é notoriamente maior do que o outro e o encobre."
Bartolomeu: "Mas aquelas que a gente curte mesmo, Fin... são «
as d'alçaxouriço»... que têm as duas bordas tão volumosas que, quando um gajo olha para baixo, até se assusta, porque julga que ficou decepado..."