02 dezembro 2010

Da relação entre o voto e o orgasmo

O mau gosto incomoda-me.
Faz-me espécie (não perco uma oportunidade para utilizar esta expressão).
E quando o mau gosto é levado ao extremo de ser utilizado numa campanha que pretende mobilizar os jovens a exercer o direito de voto, chamando-os directamente de idiotas (ou subliminarmente, admito, se os ditos estiverem muito distraídos), chego a sentir-me violenta.
Lido com gente acabada de chegar à maioridade diariamente. Conheço-lhes o sentido crítico, as preocupações, alguns gostos e, certamente, o modo como se sentem motivados.
E vão-me desculpar, senhores da Catalunha mas colocar uma (jovem) senhora a (simular) viver um orgasmo (tão longe da deliciosa Meg Ryan, em When Harry Meets Sally) enquanto insere o boletim de voto na urna não é só descabido. Chega a ser pornográfico.

O que tem a sensação de cumprir um dever cívico que ver com um orgasmo?
Nada, meus senhores.
Mas é, ainda assim, uma sensação bestial.
E acredite-se ou não, os miúdos de 18 anos têm capacidade para perceber isso, ó palermas catalães!!

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