05 abril 2011

Tecnologia de ponta

Aqui há tempos ocorreu-me que isso de ter um falo podia não ser tão simples como parece. À primeira vista supõe-se simples, natural, imediato… automático. Mas tudo o que é automático tem sempre uma grande dose de magia e de mistério. E se já é preciso fazer um bocadinho de esforço para perceber como é que vozes e imagens passam através de fios, ou toneladas de chapa se mantêm suspensas no ar, neste caso há que puxar muito pela cabeça porque é mesmo tecnologia de ponta! Vá lá uma mulher entender como é que aquilo funciona!!! O mais curioso, é que, ao que parece, eles também não sabem. Inquiridos a respeito, os cavalheiros alvitraram com estatísticas: se for assim, ou daquela maneira… nestas e naquelas condições… mas nunca nada de certezas ou do “eu quero, posso e mando”. Ou seja, o falo tem vida própria, caprichos variados, faz o que quer… e pior… não se ensaia nada para deixar mal o melhor dos artistas no mais inconveniente dos momentos. E se há caminhos de ideias mais favoráveis à ocorrência do fenómeno (dizem eles), também os há verdadeiramente desastrosos como, por exemplo, pensar nisso, ou ter receio de falhar, e aqui se incluem aqueles casos esquisitos de homens incapazes de foder mulheres bonitas ou por quem sintam uma grande admiração. É fodido! O certo é que boas intenções está o inferno cheio, e a Nossa Senhora dos Aflitos não ajuda. Ou bem que se reúnem as condições necessárias, ou nada feito. Imagino, pois, que não seja fácil. Sim, porque uma mulher sempre pode disfarçar… e com jeito até pode ser que a coisa depois engrene… Já um homem tem que se atirar à aventura apostado apenas em probabilidades e na esperança de que tudo corra bem se Deus quiser, e ainda numa disposição de 100% de confiança, sob pena da incerteza ser meio caminho andado para o fracasso. E assim se explica que muitos homens, não por um apego especial a engates demorados, mas por receio natural e limitações de confiança, fujam como o diabo da cruz de candidatas mais afoitas e prefiram namorar as mulheres muito devagarinho... jantar à segunda… beijinho à quarta… cinema à sexta… Mas também os há kamikazes. Casos raros de motor a adrenalina. Para esses à primeira nunca falha! A segunda é um grande risco. E a terceira ou quarta, suicídio. Eternos caçadores, não suportam a intimidade. Também não é pequeno sarilho! E como se não bastasse, para uns e outros as dificuldades não se ficam pelo arranque do motor. Ainda se seguem as provações da duração da bateria!

Perante isto, até admira que tantos arrisquem a sair da boxe!

Dor intemporal

Sucumbes no tempo
Que o tempo não dilui
Nem apazigua,
Sucumbes no espaço
Da dor imensa
Que a dor não morre,
Sucumbes como pássaro
Frágil incapaz de voar
E as asas sem força
Não libertam o voo.
Sucumbindo no teu peito
Eu fico dorida em ti,
E em silêncio
Descrevo um arabesco
Nos beijos que te dou,
No voo que ensaiamos
Na voz do nosso amor,
E não te deixo
Nem me afasto,
Antes sucumbo contigo
Quando em mim te diluis
E voas no meu abraço.

Poesia de Paula Raposo

Do silêncio

No meio das minhas abstracções sempre moraram mais palavras do que imagens. E agora o silêncio fala, magnífico, daquilo que eu não consigo; não encontro palavras, sequer letras conhecidas, não consigo tornar esta concreta. E ele cai sobre mim - o silêncio ainda ofegante de tão jovem -, pesado, como um amante desesperado que lança o alvo de um lado para o outro, incapaz de imobilizar a presa, incapaz de a prender para a invadir, inteira, de uma só vez. Ficamos os dois neste jogo de alunos sem professor, eu e o meu demasiado jovem, demasiado impetuoso amante, eu e o silêncio acabado de nascer, filhos e órfãos das palavras; lançado pelos corredores da sofreguidão, ele falha-me o coração e golpeia-me o sangue nas tangentes uma e outra e outra vez; afasta-se e vai percorrendo todas as veias do corpo ao invés de se aproximar. É isso que acontece quando paraliso, olhos que vazam o olhar na tua direcção, não encontrei palavras para ti e o silêncio espalhou-se-me no sangue.


Baralho de cartas erótico espanhol

Os desenhos de Serafin, todos diferentes em cada carta deste baralho de uma edição de 500 exemplares numerados, são uma delícia.
A partir de agora, junta-se aos muitos outros baralhos de cartas da minha colecção.


04 abril 2011

Dúvidas do linguado português - a sanita

"O assunto já foi mais do que debatido, mas o que é certo é que, até à data, ainda nenhum homem se chegou à frente para explicar o porquê do tampo para cima. «Ah, e tal, é para não o pingarmos», dizem alguns."
Crónica de Ana Garcia Martins na falecida Playboy portuguesa nº 9 - «O tampo é para baixar. A sério!»

Como nenhum homem se oferece para esclarecer este tema, vou tentar eu.
Afinal, as mulheres queixam-se dos homens porque não levantam o tampo da sanita para cima antes de fazerem as suas necessidades?!



Há aqui uma grande confusão entre tampo e assento. Tampo (ou tampa) é o que tapa a sanita quando não está em utilização. Assento é o rebordo onde as pessoas se sentam.
Não conheço nenhum homem que faça o seu chichizinho sem levantar o tampo da sanita, até porque provocaria uma sessão de auto-chuva-dourada. Onde de facto há muita balda por parte da maioria dos homens é por não levantarem o assento da sanita, levando a que uns pingos (na melhor das hipóteses) ou um grande lago de urina fiquem a enfeitar o assento da sanita ou mesmo a escorrer por ali abaixo. Assento onde eles próprios, homens, se irão sentar!
Fique o esclarecimento: os homens são porcalhotos? São (não sou eu!) mas não mijam com o tampo para baixo!
Entretanto, os homens têm que se sujeitar a avisos como este, enquanto não aprenderem a fazer pontaria com pistola:



Pronto, meninas, pronto... podem agradecer mas não precisam de exagerar!

«Harley Davidson - respeito!»

Duche para poupar água

l'origine cachée de toutes les choses - Évelyne Louvre-Blondeau



le blog d'Évelyne Louvre-Blondeau

03 abril 2011

Outras formas de ver este blog porcalhoto

A malta do Blogger às vezes tem boas ideias.
Criaram agora cinco formas alternativas de visualização dos blogs.
Apreciem «a funda São» em modo Flipcard, Mosaic, Sidebar, Snapshot e Timeslide.

Como sou vossa amiga e antes que me perguntem, está tudo explicado aqui.

a funda São vista na opção «flipcard»

Espelho

Os meus olhos
vestidos pelas memórias
ainda não se sabem despir
de tanta dor.
Nos meus olhos
meninas paradas nas histórias
debatem-se, tentam fugir,
dói, meu amor.
Mas nos meus olhos
despidos pelo desejo
as meninas paradas num beijo
gritam, querem pedir
e não se querem mais vestir
de olhos
sem luz nem cor.

«Top Spin 4» - jogo de ténis de computador

Com Serena Williams - apresentada como a jogadora de ténis mais sexy do mundo - e Rileah Vanderbilt - apresentada como a jogadora de ténis em computador mais sexy do mundo...