Sucumbes no tempo
Que o tempo não dilui
Nem apazigua,
Sucumbes no espaço
Da dor imensa
Que a dor não morre,
Sucumbes como pássaro
Frágil incapaz de voar
E as asas sem força
Não libertam o voo.
Sucumbindo no teu peito
Eu fico dorida em ti,
E em silêncio
Descrevo um arabesco
Nos beijos que te dou,
No voo que ensaiamos
Na voz do nosso amor,
E não te deixo
Nem me afasto,
Antes sucumbo contigo
Quando em mim te diluis
E voas no meu abraço.
Poesia de Paula Raposo
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Uma por dia tira a azia