04 abril 2012

Patinagem artística no gelo - quem não aprecia?...

«respostas a perguntas inexistentes (195)» - bagaço amarelo

Ainda me Amas?

Quantas vezes um homem pergunta a si mesmo se ainda é Amado por quem Ama? Muitas. Tantas que às vezes perde a noção e começa a perguntá-lo em voz alta.
O problema do Amor é que não vai lá com conversa. Ninguém se convence que é Amado pela via verbal, mesmo que finja que sim. O amor precisa de pele, de carne e de cheiro. Enfim, precisa do corpo. Um bom vendedor pode conseguir vender um pente a um careca, mas não consegue convencer ninguém da sua paixão. A não ser, claro, que ela exista mesmo. Esse é o problema do Amor, embora também seja a sua maior vantagem.
Todas as mulheres o sabem, os homens é que nem por isso. Um homem que pergunta muitas vezes a uma mulher se ela o Ama é por norma um homem inseguro, uma mulher que faz o mesmo a um homem é uma mulher que gosta de ouvir repetidamente aquilo que já sabe. É segura de si, portanto. Nos dias que correm só gosto do Amor que respira silêncio, que é no toque desse silêncio que sinto a sua certeza.
Outra coisa que as mulheres sabem e os homens não, é que é sempre através das palavras que o Amor decide mentir. Nunca através dos gestos. Talvez seja por isso, aliás, que é contraproducente um homem exagerar na pergunta "Ainda me Amas?". Pode parecer que se está a querer convencer a si mesmo de qualquer coisa. E as mulheres sabem-no.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Fruta 80 - A rama da cenourinha

Calcinha no rabo



Alexandre Affonso - nadaver.com

03 abril 2012

A olhar para um palácio

O ambiente já estava um nadinha tenso por causa do tema da conversa na altura em que o mais atrasado chegou. Outro dos presentes ruminava a intranquilidade própria de quem sente a testa mais pesada, ainda que em sentido figurado, e partilhava com os restantes convivas a sua dúvida metódica acerca do comportamento suspeito da sua esposa alegadamente infiel. E o rapaz parecia mesmo desorientado, nervos à flor da pele, cada vez mais próximo da verdade que todos em seu redor já haviam bebido das suas conjecturas mais uns emails comprometedores que cuidara de imprimir.
A malta acabou por ler e poucas dúvidas restavam e toda a gente se limitava a fazer que sim ou que não com a cabeça, tentando ao máximo não arriscar qualquer frase que pudesse ser mal interpretada.
Mas o recém chegado não tinha a plena consciência do que estava em causa e aligeirou.
Foi o caos aquilo que libertou quando o macho ferido no seu orgulho lhe perguntou o que achava e o outro, na boa, sorrindo lhe respondeu:
- Mano, eu dessas cenas não percebo um boi.

Efeitos sonoros (filme de 5 segundos)

Eva portuguesa - «Dúvida»

Não sei que faça...
Está um dia lindo,o sol chama-me a pedir para me aquecer, o mar sussurra o meu nome chamando-me para nele me banhar...
Mas precisava de trabalhar...
A questão é que, se vou até à praia, cedendo aos desejos do meu corpo e da minha alma, posso perder trabalho que tanta falta me está a fazer; por outro lado, se não vou e passo o dia no apartamento fechada, "mofando" e não aparece ninguém, vou-me sentir furiosa no final do dia, deprimida e cansada de nada ter feito, amaldiçoando-me mais uma vez por ter deixado a minha vida em suspenso, em prol da da Eva...
Mas é que normalmente e ultimamente é isso que acontece: se saio, aparece trabalho, que acabo por perder; se fico, nada acontece, a não ser mais um dia de desilusão e desânimo...
Sim, eu sei, parece partida do Universo, ou então é pura coincidência... ou então é mesmo paranóia minha...
Mas a verdade é que estou na dúvida... vou ou fico?...
Se ficar, terei trabalho?...
Se for, perderei trabalho?...
Gaita!
Continuo na dúvida...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Noz com a casca escavada

Não sei se já vos tinha dito que as peças da minha colecção que eu prefiro são, regra geral, as mais pequenas e discretas.
É o caso desta pequena noz num suporte em madeira, proveniente do Japão, a que foi previamente retirado o miolo e em que alguém escavou, com uma minúcia extrema, dois casais praticando algo que lhes deve saber muito bem.


02 abril 2012

Fico melhor de perfil

Sempre achei discriminatória a aversão mais ou menos consensual ao nu integral na sua face masculina. Por algum motivo que me escapa as fotos de coisos agarrados connosco à mostra parecem chocar as (os?) mais sensíveis e eu, santa paciência, só vos digo que as pilas só chocam se ficarem destravadas. Ou se marrarem contra elas, o que me parece ser o caso e já justifica a reacção.
Mas sabemos bem que esta aparente indignação que vai mantendo em aberto uma forma de censura mais do que evidente não passa de (mais) um sacudir do capote a água benta da hipocrisia.
Nem se atrevam a presumir que estou aqui a fazer a apologia da multiplicação das pilas em fotografia, pois não me posso assumir uma pila fotogénica e não aprecio pilas, ponto. Aqui o que está em causa é a tendência irritante para proibir, para banir tudo quanto fuja a determinado padrão e por isso se torna de imediato numa ameaça potencial, num insulto virtual, numa enorme maçada.
Eu sou uma pila recatada, sem ilusões de vir a forrar as paredes de salões de cabeleireiro por esse mundo fora, quando o mundo cair em si e perceber que as pilas fazem parte do conjunto tanto quanto os dedos ou mesmo os seios que aqui e além se vão deixando a descoberto para vender uma mercadoria qualquer. Por isso não reclamo para mim essa liberdade de exposição ao olhar transeunte, até porque nem me acho elegante numa dinâmica badalo.
Contudo, acho que as pilas devem ter uma palavra a dizer quando a sua natureza é serem servidas ao natural, sem o condimento da opacidade a que estamos condenadas fora do circuito clandestino das imagens proibidas ou dos compartimentos fechados onde é permitida a respectiva exibição.
Eu ergo de imediato a voz da minha indignação, mesmo arriscando a que o coiso agarrado a mim não consiga interpretar o meu gesto como uma forma de luta e não como um estado de alerta. Porque é disso mesmo que se trata, de um estado de alerta perante a censura às imagens dos membros meus iguais (ou parecidos, mais pequenos na sua maioria, como é fácil de comprovar...).
Hoje cortam-nos da fotografia, amanhã sabe-se lá onde irão cortar!

«coisas que fascinam (139)» - bagaço amarelo

pontapé no gato

Dei, sem querer, um pontapé ao meu gato. Ele tem a mania de se enrolar nos meus pés mesmo quando estou com pressa. Costumo andar com muito cuidado por causa disso mas hoje, entre o armário da louça e a máquina de café, esqueci-me de o fazer por um momento e pontapeei-o. Miou de dor e fugiu para debaixo do armário, onde o fui buscar para o manter nos meu braços durante os cinco minutos que me restavam antes de sair para o emprego.
Fiquei ali com ele ao colo, a espreitar pela janela da cozinha enquanto lhe sentia o ronronar a regressar lentamente. Sei que esse ronronar é o barómetro da sua felicidade e, por isso, quando o percebi no seu melhor estado pousei-o no chão e dei-lhe uma dose de comida húmida. Um pequeno luxo para um gato triste, portanto. Comeu tudo duma vez e voltou à sua actividade normal de atravessar as minhas pernas enquanto ando.
Nunca tinha percebido esta proximidade entre espécies. A dele e a minha, quero eu dizer. Ainda há poucos dias levei um pontapé da vida daqueles que doem a sério. Quando cheguei a casa deixei-me estar nos braços da Raquel uns momentos e depois digeri um bombom de cereja e um uísque bushmills que ela me deu. Um pequeno luxo para um homem triste, portanto.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

As fantasias sexuais nunca acontecem na vida real

Ora aqui está uma questão interessante. A Manitoba Telecom Services, empresa de telecomunicações do Canadá, lançou uma campanha para promover o seu serviço Amour de aluguer online de videos porno. A campanha alerta os espectadores que "As fantasias acontecem, mas somente em Amour TV Adulto".