22 outubro 2013
A FODA COMO ELA É - (III) Murchos Discursos
Devia ser etiqueta e contemplar poucas excepções: na alcova a retórica deve ser a dos corpos, não a do paleio. O preço a pagar por uma exclamação menos feliz, atirada em pleno paroxismo, pode ser a própria manutenção do folguedo. Fui compilando ao longo de anos frases fatais à saúde do tesão que me foram sendo relatadas por incontáveis anónimos, oscilando entre a gargalhada e o profundo pesar. Deixo-vos alguns exemplos de frases que irromperam no meio da cavalgada, reiterando a sua total veracidade e certo de que nelas encontrareis o cunho da vossa própria experiência. Não resisto, porém, a acrescentar-lhes o meu deselegante comentário. Ei-las. Os nomes são fictícios.
- Chupa-me as bordas da cona. (Só mesmo a zona limítrofe?)
- Preciso de ir mijar. (...)
- Sou uma porcalhona! (Ninguém diria, vendo-a dando sumiço ao vergalhão com mestria, num autêntico rodízio de orifícios)
- Estás a gostar, Tomás? (Grato pelo inquérito: estava mesmo agora assestando uma opinião na Crica de Reclamações)
- Curtes Xutos? (Nota: podia ser pior... podia ser Delfins)
- Tens uma pila tão gorda, Camilo! (Rápido! Para o Holmes Place)
- 'Tou toda m'lhadinha... (Pessoas que falam com apóstrofes)
- Bufaste-te, Afonso? (Adoro meninas com agudo sentido do romantismo)
- Os teus tomates são tão aveludados! (Nem penses que vais fazer um par de sapatos com eles)
- Estás aborrecido por não ta ter chupado? (Claro, e estou por isso vingando-me a facadas de caralho nesses entrefolhos. No entanto, interromperei as festas para que discutamos tranquilamente o assunto)
Outro tema de capital importância para um refustedo ininterrupto, mas inteiramente diferente da converseta, é o cariz das exclamações gemebundas, urros de prazer, arfares canídeos, peidos de cona e outras sonoridades animalescas do acto. Mas não abusarei do espaço, remetendo o assunto para o vídeo abaixo reproduzido.
- Chupa-me as bordas da cona. (Só mesmo a zona limítrofe?)
- Preciso de ir mijar. (...)
- Sou uma porcalhona! (Ninguém diria, vendo-a dando sumiço ao vergalhão com mestria, num autêntico rodízio de orifícios)
- Estás a gostar, Tomás? (Grato pelo inquérito: estava mesmo agora assestando uma opinião na Crica de Reclamações)
- Curtes Xutos? (Nota: podia ser pior... podia ser Delfins)
- Tens uma pila tão gorda, Camilo! (Rápido! Para o Holmes Place)
- 'Tou toda m'lhadinha... (Pessoas que falam com apóstrofes)
- Bufaste-te, Afonso? (Adoro meninas com agudo sentido do romantismo)
- Os teus tomates são tão aveludados! (Nem penses que vais fazer um par de sapatos com eles)
- Estás aborrecido por não ta ter chupado? (Claro, e estou por isso vingando-me a facadas de caralho nesses entrefolhos. No entanto, interromperei as festas para que discutamos tranquilamente o assunto)
Outro tema de capital importância para um refustedo ininterrupto, mas inteiramente diferente da converseta, é o cariz das exclamações gemebundas, urros de prazer, arfares canídeos, peidos de cona e outras sonoridades animalescas do acto. Mas não abusarei do espaço, remetendo o assunto para o vídeo abaixo reproduzido.
«Luz-semente» - Susana Duarte
baixa as tuas mãos sobre a lua,
e devolve-me a luz. destapa as sombras
das auroras nubladas e devolve-me a luz.
sê, de todas as manhãs, a evidência florescente
de todas as primaveras. na noite, despoja-me de sombras
e das névoas que trago nos olhos. e sobrevoa-me a pele,
e arranca-me os ossos da espera, e retira-me das crostas
dos dias estranhos. na viagem das veias, sê a promessa
de uma manhã clara, onde as mãos são segredos
e os segredos são apenas o regresso à raiz do ventre.
sê, em cada veia, a única luz que reconheço. dos deuses,
capta os sons das asas. mitiga, com o pó dos dias,
a estranheza das noites. e, na viagem, sê.
sê comigo. sê em mim. sê a vida onde me sinto.
________semente_________absinto__________
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
e devolve-me a luz. destapa as sombras
das auroras nubladas e devolve-me a luz.
sê, de todas as manhãs, a evidência florescente
de todas as primaveras. na noite, despoja-me de sombras
e das névoas que trago nos olhos. e sobrevoa-me a pele,
e arranca-me os ossos da espera, e retira-me das crostas
dos dias estranhos. na viagem das veias, sê a promessa
de uma manhã clara, onde as mãos são segredos
e os segredos são apenas o regresso à raiz do ventre.
sê, em cada veia, a única luz que reconheço. dos deuses,
capta os sons das asas. mitiga, com o pó dos dias,
a estranheza das noites. e, na viagem, sê.
sê comigo. sê em mim. sê a vida onde me sinto.
________semente_________absinto__________
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Canivete com duas lâminas...
... e decorado em relevo nas duas faces: «Leda e o cisne» e «a recompensa do campeão».
Dois mimos em um... na minha colecção.
Dois mimos em um... na minha colecção.
21 outubro 2013
Alguém faz o obséquio de me explicar o que quer dizer "canoar no sexo"?
Não é que eu queira responder a este anúncio publicado em 25 de Setembro na página de classificados de Convívio do Diário de Coimbra... mas a cultura é uma coisa muito linda e eu não queria morrer sem saber o que é isto.
«conversa 2023» - bagaço amarelo
Eu - Porquê?
Ela - Num dia estou muito feliz e no dia seguinte já estou triste...
Eu - É sempre assim?
Ela - É. Ontem estava deprimida e hoje já estou a sentir-me feliz.
Eu - Bem... aproveita o dia de hoje, pelo menos.
Ela - Não consigo.
Eu - Porquê?
Ela - Porque estou feliz, mas sinto-me mal só de saber que amanhã já vou estar triste.
Eu - Não és assim tão bipolar, então. No fundo estás sempre triste.
Ela - Mais ou menos. Amanhã, por exemplo, vou estar triste, mas como sei que além de amanhã vou estar feliz consigo andar mais ou menos bem...
Eu - Estás a gozar comigo?
Ela - Não.
Eu - Parece mesmo!
Ela - Os homens é que não percebem estes labirintos sentimentais das mulheres.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Luís Gaspar lê «Em linguagem…» de Carlos Poças Falcão
Em linguagem clara o abandono é o amor.
Quando a hora chega e o tempo se consuma
as mãos podem estar tranquilas
que o olhar vê tudo bem e o coração desprende
a nuvem exaltada. Disto muitos querem prova.
Estende-lhes a taça para sua provação
pois só quem faz a prova conhece este sabor.
Abelha no açúcar e ave no pomar
som inicial duma canção fraterna
noite que ascende a uma estação mais pura
- ah, como escandaliza aquele que não ama
ver o amor provado do que todo se abandona!
Carlos Poças Falcão
nasceu em Guimarães, em 1951. Licenciado em Direito na Universidade de Coimbra, exerceu durante alguns anos a advocacia, que abandonou para dedicar-se à docência e à escrita. Tem colaboração dispersa por numerosas publicações e revistas literárias.
Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Quando a hora chega e o tempo se consuma
as mãos podem estar tranquilas
que o olhar vê tudo bem e o coração desprende
a nuvem exaltada. Disto muitos querem prova.
Estende-lhes a taça para sua provação
pois só quem faz a prova conhece este sabor.
Abelha no açúcar e ave no pomar
som inicial duma canção fraterna
noite que ascende a uma estação mais pura
- ah, como escandaliza aquele que não ama
ver o amor provado do que todo se abandona!
Carlos Poças Falcão
nasceu em Guimarães, em 1951. Licenciado em Direito na Universidade de Coimbra, exerceu durante alguns anos a advocacia, que abandonou para dedicar-se à docência e à escrita. Tem colaboração dispersa por numerosas publicações e revistas literárias.
Ouçam este poema na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Não tem como controlar
É a testosterona que faz isso com a gente.
Pra que uma banana com ereção no bolso, cara?
Capinaremos.com
Pra que uma banana com ereção no bolso, cara?
Capinaremos.com
20 outubro 2013
Música no Coração
O Senhor Doutor sabe melhor que eu que aos 18 anos as hormonas estão aos saltos e apaixonei-me então pela doce toada de um violoncelista, com ele a tanger o seu corpo contra o meu, a tocar cada poro da minha pele como uma corda vibrátil, num solo molto vivace de cama húmida do suor dos nossos corpos.
Ele era fã de música minimal repetitiva e adorava improvisar no seu violoncelo e vai daí que, em vez de me esfregar a toda hora e em qualquer lugar, como a nossa idade sugeria, levava-me para um estúdio arrendado à hora, com vários instrumentos e equipamento de gravação para o acompanhar ao piano nos seus solos quando eu só sabia tocar a escala e o toca o sino sacristão que são dois dó e quatro ré indefinidamente.
E nestes ensaios passaram-se meses Senhor Doutor, que eu até já tinha os dedos engelhados de tanto me contentar com eles e sonhava que uma clave de sol me penetrava mas se dissolvia no ar chilreando temas do Música no Coração que, com uma piscadela de olho e um dedo nos lábios da minha boca entreaberta lhe comuniquei que me ia que a minha especialidade são instrumentos de sopro e, percussão.
19 outubro 2013
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