09 janeiro 2018

a funda são mora na filosofia [X]



é uma vergonha, mas a verdade é que já passaram uns anos desde a última vez que escrevi aqui, neste cantinho. é uma vergonha pois a m'na Sãozita faz parte da minha vida, enquanto 'ssoa que bloga. 
vou redimir-me de tamanha ausência recuperando a ideia destas crónicas erofilosofódicas. 

hoje não tenho muito a dizer; estou ainda a recuperar da entrada no novo ano e a contemplar o mês de janeiro (cof cof cof). tem bom ar, não tem? um mês assim, novinho, tonificado, hidratado e sorridente, pronto para usarmos e abusarmos dele.

bom ano e essas merdas, sim? 

Trolhas


Acabo por concluir que os machos da espécie não querem esforçar-se para encontrarem abordagens mais dignas e inteligentes do que "comia-te toda"

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

The story of sex - a graphic history through the ages

Versão inglesa, a cores, do livro de banda desenhada, de Philippe Brenot e Laetitia Coryn sobre a história do sexo.
Uma grande lição de história, na minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

07 janeiro 2018

«respostas a perguntas inexistentes (369)» - bagaço amarelo

A saudade de um Amor nunca morre. Adormece, mas nunca morre.
É por isso que, com o tempo, torna-se mais difícil apaixonar-me por alguém. Um Amor tem que ser forte e intenso, mas não pode acordar os anteriores. Esta verdade não é má. Aliás, é essencialmente boa. Torna o Amor mais raro, mas também melhor. Mais acolhedor.
A saudade de um Amor acorda com as coisas mais simples e essenciais da vida. Uma fotografia, uma canção, um copo de vinho ou um cheiro. Qualquer momento que me transporte para um momento passado de intensa felicidade e ela, a saudade, desperta como se fosse uma princesa adormecida numa história da Disney.
Amar depois dos quarenta é mais assim, sempre com um passado. Às vezes acho que a maior parte das pessoas pensa que dois quarentões Amantes devem esquecer os seus Amores passados. Eu discordo. Devem sempre lembrar-se, mesmo que durante o sono. É a única forma de cada vez se Amar melhor e haver uma hipótese de não sair desiludido da coisa.
Só quem se lembra dos seus Amores passados pode apaixonar-se a sério outra vez, sem ter que fazer um reset à vida para esquecer tudo aquilo que viveu. A esse propósito, quem é que quer ao seu lado na cama quem não se lembra de viver nada? Eu não, certamente.
Marcámos um encontro num bar mal iluminado. Meia hora depois, o copo de vinho dela estava cheio e o meu vazio. Tinha sido assim toda a noite, com ela cheia de tudo e eu vazio de nada, a ouvi-la falar dos Amores passados que eu, por manifesta incapacidade de a Amar, tinha despertado.
Depois acordou. Perguntou-me se estava falar demais da sua vida. Respondi-lhe que a saudade de um Amor nunca morre. Adormece, mas nunca morre.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Bola na área




Ele apresenta o onze inicial com os dedos no baixo ventre a abrirem o fecho das calças e a posicionarem o goleador num esquema táctico de 5-5-1. Ela faz saltar uma mama para fora do decote e apresenta-a no terreno de jogo. Bem jogado.

Ele desaperta os botões da camisa e mostra-se de peito feito em campo. Passa a bola. Ela atira com a blusa num remate ao nariz do adversário e em meneio de ancas faz escorregar a saia pernas abaixo. Ele sacode a perna a libertar-se das calças, saca as meias de uma virada e chuta tudo para canto. Vai fazer a cobrança. Aproxima-se da grande área. Cheira o relvado e gira a bolinha nos lábios entre os postes das pernas dela. Excelente visão de jogo. Ela apoia-se nas omoplatas dele e desliza para o contra-ataque avançando de língua em riste para o ponta de lança. Apito na boca. Vamos embora rapaziada. Sobreposição de campos e grande versatilidade em foras de jogo sucessivos. Ela passa a bola e ele domina o terreno de jogo. Vamos embora. 

Vai que não é para ganhar na secretaria. Só falta marcar. A bola começa a subir. Encosta à zona de penalty. Pontapé vai ser levantado e sai uma paradinha. Aguentar a pedalada. Vai lá uma trivela ou um efeitozinho para suar a camisola. Coração da área...e é golo, golo, golo, golo, golooooooooooooooo.

Rebuçados peitorais Dr. Bayard?...

Fica socialmente complicado sempre que uma mulher tosse perto de mim. “Eu já te digo o que é bom para a tosse” nunca é levado a sério.

Patife
@FF_Patife no Twitter

06 janeiro 2018

«As lágrimas» - Susana Duarte

Talvez chores.

Talvez creias.

O beijo que almejas,
e a doçura das cerejas.

Teias onde enredaste as mãos.

Talvez creias.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

Susana Duarte

Casal agarradinho

Relógio de pulso, a pilhas, com casal a praticar sexo, no mostrador.
Junta-se a vários outros relógios na minha colecção.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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Postalinho da padaria

"Mal empregado papo-seco para se comer..."
Paulo M.



05 janeiro 2018

UN Women - «Draw a line» (desenhar uma linha)

«Beijo roubado» - Mário Lima


Eram duas crianças. Cresciam e brincavam na inocência da idade. Ela e ele, ambos de cabelo loiro, corriam pelas cangostas, saltavam os muros e iam juntos para a escola. Um dia, encontrava-se ele distraído no corredor da casa que partilhavam, quando ela passou, parou, deu-lhe um beijo e saiu correndo. Ele ficou surpreso e sem reação com aquele beijo roubado, pensando que algo não estava bem, não fazia sentido aquilo que tinha acontecido. Aquilo era coisa de adultos e não de crianças como eles.

Subiu ao andar de cima e entrou no quarto. Deitou-se pensando que estava só. Mas ela também lá estava. Ouviram-se vozes em baixo de quem os procurava, esconderam-se debaixo da cama e ali ficaram. As mãos tocaram-se, os corpos uniram-se mas sem outro contacto que não fosse o sentir da pele, pois ainda não havia neles mais nada do que isso. Eram ainda puros os sentimentos. As vozes estavam cada vez mais perto e eis que a colcha da cama que os escondia se levantou e uma cabeça espreitou. Mesmo como crianças toda a nudez era castigada.

Ele partiu tempos depois e foi sonhando com ela. Anos passados voltaram a encontrar-se, ela ainda tinha os cabelos loiros e filhos. Ele não lhe falou sobre esse beijo roubado de quando crianças, o tempo devia ter-lhe apagado da memória esse momento. Com um beijo na face, ele disse-lhe adeus e não mais voltou a vê-la.

Mário Lima
Blog O sonhador