07 junho 2018

«Otimista e pessimista» - Adão Iturrusgarai


Casal verde

T-shirt branca com pintura original de casal a praticar sexo.
Oferta de Tiago Neves para a minha colecção.






A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

06 junho 2018

Pelikan - publicidade a um detector de notas falsas


Pelikan - Franklin from Athos on Vimeo.

Tu, és assim e eu aproveito

Por seres quem és... Corpo de arrepiar e cara laroca, zero cultura, ingenuidade 100%, és bonito.
Explodes.
O telefone toca e são ainda 2h da manhã. Para quê ficar se podemos explodir juntos, no meio da rua encostados a uma parede com os teus dedos em mim... Não esperavas que voltasse de costas?
Sou assim, cheia de surpresas e a oferecer-te, ali atrás da igreja, o meu recanto mais íntimo. Depressa percebes a mensagem, baixas-me as calças e entras em mim com todo o cuidado até eu dizer que podes usar e abusar.

E é à bruta, com gemidos que não serão orações, que são música para ti, que me impedem de andar, quando olhamos nos olhos um do outro, recomeça...Ajoelho-me, rezo, durante um largos 15 minutos, contorces-te, forças a minha cabeça, olhas para mim, pisco o olho e não aguentas, vens-te.
Engulo tudo, sabes-me tão bem...

O teu jeito de começar algo, questionas-me, fazes-me questionar em que mundo vivo e se viveria no teu... Entretanto para quê ir? Por seres o que és desde sempre e caíres na real de quando em vez, choras, emocionas, és a vida nas minhas gargalhadas, nas minhas mãos que te desenham em cada centímetro da tua pele queimada pelo sol.

Da vossa PINK POISON


... de tempo!


05 junho 2018

«procura.» - Susana Duarte

trago-te em mim, como trago as nódoas das outras vidas e as partidas todas, de todos os portos do mundo.

revejo-te, como a uma mirabolante caminhada sobre as traves de madeira dos ossos, e neles inscrevo a tua presença, anónima, arqueada e inocente.

trago-te em mim, todas as noites, aceso como as luzes e os sons que já povoaram a terra, castanha e húmida como as nozes da existência feminina.

és, de todos os motivos, o mais perecível, e o mais eterno, como as maçãs perpetuadas numa tela. as maçãs, são os seios que seguras na linha que antecede a noite, e o perímetro dos sonhos onde encontrarás, de novo, a realidade e o ser.

perdes-te, tragicamente, onde se agitam as nuvens. a nesga de céu que abominas é a mesma onde me passeio, despida, sôfrega de sol e de vento, aurora desfolhada de todas as luas que me nascem dentro.

e permaneces cera, e permaneces voo antecipado, Ícaro naufragado com a força das asas sepultas.

procura. serás a mão que antecipa as marés.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Mulher de força


Gostava de poder dizer-vos com clareza o que me mais perturba neste nu parcial, mas faltam-me as palavras. É uma cena instintiva ou assim.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter


L´Érotisme et sa répression: dans les arts, les lettres, le théatre et le cinéma

Número especial de Outubro de 1963, nº 62, da revista francesa Crapouillot, sobre o erotismo e a sua repressão, nas artes, nas letras, no teatro e no cinema.
Artigos interessantíssimos e extremamente actuais sobre esta temática, que se junta a outras edições especiais de revistas na minha colecção.














A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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04 junho 2018

«Eu lavo a amêijoa» - Rosinha

Foder é fogo que arde sem se ver

Há manhãs em que ainda não abri os olhos e o primeiro pensamento que povoa a minha mente é logo espetar a minha gaita na primeira bardanasca que me ocorrer. Depois, sento-me na cama, recordo que pinei na noite anterior e penso que devia ter uma espécie de neutralizador de palato entre chonas. Tento recordar o nome da moça, nome que gritei fervorosamente durante a noite, mas percebo que saiu da minha cabeça no momento em que ela fechou a porta de casa atrás de si. Penso de mim para mim: “Patife mau! Patife feio!” e viro-me para coisas bonitas e fofinhas como a poesia. Depois, imagino que se eu tivesse sido o editor do Camões, teriam sido criadas verdadeiras pérolas da literatura nacional capazes de integrar o programa escolar da língua portuguesa. E se isto tivesse acontecido, teriam saído coisinhas poéticas lindas assim:

Foder é fogo que arde sem se ver;
É picha que mói, e tudo sente;
É espetar penetrantemente;
É dor que só se aplaca a foder.

É um não querer mais que só foder;
É um saltar de cona em cona permanente;
É dar-lhes sempre aqui com a batente;
É um amar que se ganha para depois se perder.

É querer espetar quando se tem vontade;
É servir quem aparece, qual conquistador;
É não acreditar numa cara-metade;

Mas como pode este ardor;
Nos corações femininos causar saudade;
E eu apenas sentir-me pecador?

Patife
@FF_Patife no Twitter

«Cócegas» - Jack Cole para a Playboy


03 junho 2018

«respostas a perguntas inexistentes (377)» - bagaço amarelo


Dedos

Estava a falar com a M. ao telefone. Já estivemos apaixonados um pelo outro, mas nunca ao mesmo tempo. Por isso mesmo, aquilo que existe entre nós é uma amizade profunda e, quando olhamos para o nosso passado, é também um desencontro.
Falámos sobre esse desencontro uma vez no sofá da minha casa, depois de vários copos de vinho e um enorme chocolate com passas que fomos comendo devagar. Não sei porquê, mas lembro-me muito bem desse chocolate. Quase que lhe posso sentir o sabor, apesar dos anos que já se passaram. Ela começou a comê-lo por uma das extremidades e eu pela outra, quadradinho a quadradinho. Quando chegámos aos dois últimos pedaços os nossos dedos tocaram-se e, por impulso, acariciaram-se. Lembro-me tão bem do intenso sabor desse toque indelével.
E então hoje liguei-lhe. Ela ficou surpreendida, claro. Há muitos anos que não ouvia a minha voz. Nem eu a dela. Fiquei aliviado por não me perguntar porque é que eu lhe estava a ligar. Sempre que me perguntam isso, a vontade que tenho é desligar o telefone imediatamente. Gosto de amigos a quem posso ligar só porque sim, sem precisar de um motivo técnico qualquer.
Ainda assim, se ela me tivesse perguntado, eu tinha a resposta na ponta da língua. Hoje caminhava em Stoke junto ao Trent & Mersey, um dos dois canais que atravessam a cidade, numa zona onde o cais é tão estreito que é muito difícil duas pessoas passarem uma pela outra sem se tocarem. Foi isso que aconteceu. Por acidente, os meus dedos tocaram nos dedos duma mulher que caminhava no sentido oposto. Pedi-lhe desculpa e ela respondeu "no problem", mas ainda antes de ela ter acabado de dizer a palavra "problem", já esse doce e adormecido toque nos dedos da M. tinha despertado em mim como um urso que termina a hibernação.
Lembrei-me dos dedos dela e do sabor desse chocolate que dividimos há mais de uma década. Essa carícia ficou-me gravada na memória como uma pequena tatuagem no corpo de um gigante, talvez porque tenha sido a forma de eu perceber por uma pequena fracção do tempo, como seria se nos tivéssemos apaixonado em simultâneo.
Sorri à mulher e continuei a caminhar. Ao chegar a casa telefonei à M, para lhe perguntar isso mesmo: se por acaso ela se lembrava desse nosso entrelaçar dos dedos, mas a conversa perdeu-se no nosso passado da mesma forma que eu me perco a caminhar sem destino nesta cidade.
Não perguntei.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

DiciOrdinário - Descobre as diferenças...

... entre a parte inferior da capa da 1ª edição (da Via Occidentalis) e da capa da edição da Chiado Editora, que está por aí quase a sair: