04 junho 2018

Foder é fogo que arde sem se ver

Há manhãs em que ainda não abri os olhos e o primeiro pensamento que povoa a minha mente é logo espetar a minha gaita na primeira bardanasca que me ocorrer. Depois, sento-me na cama, recordo que pinei na noite anterior e penso que devia ter uma espécie de neutralizador de palato entre chonas. Tento recordar o nome da moça, nome que gritei fervorosamente durante a noite, mas percebo que saiu da minha cabeça no momento em que ela fechou a porta de casa atrás de si. Penso de mim para mim: “Patife mau! Patife feio!” e viro-me para coisas bonitas e fofinhas como a poesia. Depois, imagino que se eu tivesse sido o editor do Camões, teriam sido criadas verdadeiras pérolas da literatura nacional capazes de integrar o programa escolar da língua portuguesa. E se isto tivesse acontecido, teriam saído coisinhas poéticas lindas assim:

Foder é fogo que arde sem se ver;
É picha que mói, e tudo sente;
É espetar penetrantemente;
É dor que só se aplaca a foder.

É um não querer mais que só foder;
É um saltar de cona em cona permanente;
É dar-lhes sempre aqui com a batente;
É um amar que se ganha para depois se perder.

É querer espetar quando se tem vontade;
É servir quem aparece, qual conquistador;
É não acreditar numa cara-metade;

Mas como pode este ardor;
Nos corações femininos causar saudade;
E eu apenas sentir-me pecador?

Patife
@FF_Patife no Twitter

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