11 março 2020
10 março 2020
«pensamentos catatónicos (351)» - bagaço amarelo» - Ivar C
Estou no comboio entre Manchester e Londres. Entrei apenas em Stoke-On-Trent e vou sair em Wolverhampton, onde tenciono apanhar uma ligação secundária para Cosford. É lá que existe um museu da Royal Air Force e uma base aérea militar importante que pretendo visitar.
Levo no pensamento que esta viagem de comboio pode ser um pouco como a vida. Entramos ignorando o passado e saímos desconhecendo o futuro. São assim o nascimento e a morte. É assim a vida e tento reconfortar-me precisamente com a ideia de que quando sair vou para outro lugar.
Em Stafford a vida faz uma paragem. As portas abrem-se e ajudo uma mulher a carregar duas malas pesadas para dentro do comboio. É a única passageira que entra, pelo menos pela porta onde eu estava encostado e perdido nos meus pensamentos. Dou-me então conta de que sou o único que decidiu não se sentar e seguir a viagem em pé. Ela agradece-me com um sorriso forçado. É bonita e é Inverno. Tem a pele feita de neve e o olhar azul e frio esculpido em gelo.
Enquanto eu coloco as malas, uma a uma, nas prateleiras que os comboios da Cross Country têm para o efeito, ela vira-se para a porta aberta. Lá fora três pessoas acenam um adeus em gestos lentos. São duas mulheres mais velhas e um rapaz que não deve ser ainda maior de idade. Bye, vão dizendo como se fossem um coro desafinado.
Conheço aquele adeus. Vi-o na minha mãe quando emigrei. É um adeus tortuoso, uma tristeza grande escondida por um sorriso maior. Depois o comboio apita e a porta fecha-se. É a vida que continua apesar de nós, apesar do que sentimos e do que queremos. Apetece-me abraçar a menina Inverno mas não o faço. Ela torna a agradecer-me e vai-se sentar. Thank you, diz.
Pudesse eu ser Primavera por um momento e abraçava-a. Ter a pele quente e os olhos dum campo florido qualquer. Mas não tenho. Adivinho que ela amanhã vai estar tão longe quanto eu estou agora e desejo-lhe sorte. Se é que isso existe.
Ivar C
Blog «Não compreendo as mulheres»
Caçador de arma em riste
Copo de vidro alemão, para cerveja, com caçador e duas mulheres com um cão, pintados em dupla face: vestidos na parte exterior e nus na parte de trás do copo. Tem a frase "Aus der fährte!" (fora da pista?).
Junta-se a outros copos com segredo na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook.
Junta-se a outros copos com segredo na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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09 março 2020
Postalinho do 69 mirandês
"Algures em Miranda do Douro."
Fernando Oliveira
Desta gárgula, deliberadamente virada para Espanha, já falámos aqui.
Fernando Oliveira
Desta gárgula, deliberadamente virada para Espanha, já falámos aqui.
08 março 2020
O fundo Baú - 59
O baú que deu início à colecção de arte erótica «a funda São» |
No dia 25 de Junho, cumpriu-se o que foi combinado: o primeiro encontro de membros e membranas deste blog.
No dia seguinte, publicámos a acta.
Estivemos lá! E foi tão bom... hmmm...
As chamuças também lá estiveram (o Jorge Costa é homem de palavra). Porque será que as chamuças têm aquele formato?!
O OrCa fez e declamou a «Ode e Ceia». A São Rosas declamou Guerra Junqueiro e todos cantaram uma música de (Não é) Natal.
O KomiKaga não se portou como um homem (mal), pelo que a Gotinha e o Goto puderam apreciar o panelão de arroz de marisco e o leitão. Todos beberam o espumante branco, excepto a Ana, que foi para o tinto.
O Isso Agora... só conseguia usar pontos de exclamação quando falava à São Rosas e o Eye of The Tiger foi parcimonioso no uso da palavra, decerto para compensar o Jorge Costa.
O JF veio-se de comboio mas foi-se de carro. Ofereceu-me uma revista comemorativa dos 10 anos (1992 - 2002) do Museum Erotica de Copenhaga... hmmm...
E Coimbra à beira-rio é muito húmida... hmmm... hmmm... hmmm...
E, como o OrCa ode:
Fomos poucos mas bons cum'ò caraças
Que rumámos lá pr'ò centro do universo
Das chamuças, dos leitões e das vinhaças
Que honrámos, copo a copo, verso a verso
Amanhã seremos mais, seremos muitos
Como quereis - dizei lá - é junto à praia?
E já agora para a coisa aquecer mais
Irão elas e eles de mini-saia...
Caparica, Carcavelos ou no Meco
Com leitões, ou mariscadas, vegetais
Venham todos, do pelintra ao badameco
Seremos tantos e não seremos demais!
OrCa
A quem não se veio mas nos escreveu ou telefonou, dedico o refrão da música «(Não é) Natal», que cantámos no final do jantar:
Já não é Natal
Se não é, se não é
Que caralho é?
«saúdo» - Susana Duarte
saúdo os nossos desencontros,
como saúdo a poesia.
saúdo a nossa história, geografia
ambivalente de manhãs
falhadas, lúgubres de solidão,
ensimesmadas e salientes
por entre os ossos
(simples e quietos), de corpos
geograficamente paralelos
[desencontrados e subitamente
nossos, como as partículas
poeirentas da minha voz].
saúdo o nosso encontro,
finito e desenhado na noite
terna dos madrugadores
de então.
(Poema dedicado)
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook
como saúdo a poesia.
saúdo a nossa história, geografia
ambivalente de manhãs
falhadas, lúgubres de solidão,
ensimesmadas e salientes
por entre os ossos
(simples e quietos), de corpos
geograficamente paralelos
[desencontrados e subitamente
nossos, como as partículas
poeirentas da minha voz].
saúdo o nosso encontro,
finito e desenhado na noite
terna dos madrugadores
de então.
(Poema dedicado)
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
07 março 2020
«Fogo» - Fernando Gomes
Autor de «Apologia do Lume Brando», o chefe Nabo sempre foi acérrimo defensor de que a cozedura é o segredo de qualquer prato. Ontem, despiu-se de preconceitos e alinhou num sushi. Hoje, o momento em que deglutia um rolinho de peixe cru saiu escarapachado num pasquim. As redes sociais queimaram-no vivo.
Fernando Gomes
Fernando Gomes
Chamadas telefónicas do Japão
Lote de 3 painéis de 4 cartões telefónicos do Japão que compõem uma fotografia de mulheres nuas: a telefonar, em cima de uma mesa de bilhar e em cima de um muro.
Uma curiosidade na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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