22 janeiro 2015

Star Wars

Gosto muito de usar preservativos luminosos. Ontem à noite mais parecia o Obi-Wan Kenobi a manobrar um longo sabre de luz.

Patife
@FF_Patife no Twitter

21 janeiro 2015

Anatomia do desejo


Anatomy of Desire from Sarah Gross on Vimeo.

O Amor se faz urgente

Olás...

Agora, o amor se faz urgente, tanto que o chão servir-me-ia de almofadas. Agora, porque este fogo não espera uma cama macia. O chão é um bom espaço de partida, antes que essa vontade acabe. Amar, de forma indecente, escorrendo, voraz,  o sangue nas veias; escorrendo, sagaz, em mim, teu sêmen. Agora, que se faz urgente, despe-me como se a saciar tua fome, com gestos rápidos, tuas mãos buscando chegar, bem rápido, dentro de mim., sentindo-me vibrar, satisfeita. Gemidos, balidos e gritos de fêmeas no cio. Assim também me encontro, para o teu encontro. Tua presença se faz urgente.
E, quando chegares, sentirás nos meus dedos toda essa sofreguidão, a avidez com que espero que me tenhas, que me lambas, que me beijes. Lavra-me com tua língua. Mas não demores. O Amor se faz urgente.

Mamãe Coruja

a funda são mora na filosofia [IX]


uma colega do ensino, que trabalha na área da filosofia para crianças - tal como eu - desabafou o seguinte:

Um aluno do 4º ano declarou que o amor se pode comprar e conquistar.

tendo rematado com a seguinte observação:

Interessante como tão pequenos conseguem transportar toneladas de machismo

a minha pergunta foi: mas por que dizes que isso é machismo? e se tivesse sido uma aluna a dizer isso também a rotulavas de machista?

a resposta foi evasiva: eles reproduzem os valores nos quais foram educados.

e isto é grave - quando digo grave refiro-me ao facto de alguém que está na área da filosofia ter rotulado aqueles comportamentos com a etiqueta "machismo" sem verificar o que é que a criança quer dizer com aquela observação. será que só conhece uma realidade em que o amor se possa comprar? e o que é conquistar o amor - também acontece pelo dinheiro ou há outras formas?

faz parte do papel de quem está no terreno educar para a diferença, sem juízos prévios. primeiro investigamos e depois podemos dar um nome - sem o peso negativo do rótulo. será que aquelas crianças sabem, têm consciência do que é ser machista? conhecem a palavra? e do feminismo, ouviram falar? e será que, na sala de aula, há meninos que têm uma experiência diferente do que é o amor, do que é conquistar alguém?

para comunicar são precisos dois - é o mínimo. dois que queiram ouvir, perguntar, partilhar. os rótulos usam-se nos frascos, sim? não nas 'ssoas humanas.

Let's look at the trailer...


20 janeiro 2015

«Tit Trip» (pedrada com mamas)


Jess's magical acid trip tit rubbing adventure Ft. Mr. Banana from Nate Kogan on Vimeo.

Prazeres carnívoros


Este fim de semana vou mergulhar nos prazeres da carne.
O talho do bairro está em promoção.


Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«serena as rochas com a voz profunda do teu sono» - Susana Duarte

dorme.
serena as rochas com a voz profunda
do teu sono. na profundidade imensa
dos espaços entre a vida e o sonho,
vive.

dorme.
serena o mar com a procura. maior
imensidão não há, do que a sensação
de estar perdido. dorme. resgata
os sonhos às pedras profundas
onde se perderam os teus ocultos
mares. vive.

dorme.
na exata dimensão das nuvens, voa.
no voo, procura-me. as asas do sono
são o único rio que te traz a mim.
vive. dorme.

acorda. procura a vida, onde a luz
se perdeu
de ti.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

O paraíso dos cartoonistas do «Charlie Hebdo»

«Inimigo Público» (suplemento do jornal «Público» de 2015-01-09) com desenho na capa sobre o assassínio de jornalistas do jornal satírico francês «Charlie Hebdo».
Uma memória de um momento pornográfico da humanidade, na minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

19 janeiro 2015

EIS.de - «Love cuts»



A EIS.de é uma sex shop alemã. Já tinham feito uma campanha na imprensa com o slogan «Make love for less»:

«Faz-me doer» - João

"Entrega-te sem medo. Sento-me ao teu lado. A tua lingerie penetra-me o olhar, deslizo a mão nas tuas pernas cobertas por meias compradas de propósito para mim, procuro-te intensamente no olhar, através do olhar, através dos meus dedos curiosos, sempre à procura do mistério em ti. Beijo-te um ombro, e avanço com a mão ao outro, querendo empurrar-te devagar contra a cama, para me perder em ti, desaparecer em ti, partilhar os suspiros e gemidos, mas tu não me deixas. Alcanças-me o braço e repeles-me. Ordenaste-me que me levantasse, e empurraste-me o corpo para fora da cama com o pé. Recostaste-te na cama, apoiada nos cotovelos, e deixaste dançar as pernas, ora abrindo, ora fechando, os teus dedos rodeando os mamilos, e a ordem para que me tocasse, para que me masturbasse para tu veres, que querias ver-me castigar este caralho, cada vez mais duro por ti. Os teus olhos escorrem tesão, o teu corpo já se mexe devagar na antecipação, e eu a sentir-me rebentar, a fazer-te a vontade, a fazer-me vir como adolescente solitário, até que te ergues e vens até mim, seguras-me o pulso com força e dizes-me pára. Que já viste a tesão que tenho por ti. Que já viste o que tenho para te dar. E agora vens cobrar. Anda cá, perto de mim, e entra em mim, fundo, faz-me doer, faz-me sentir viva."
João
Geografia das Curvas

«queixinhas» - bagaço amarelo

Quando eu era pequeno só se apresentava queixa a uma autoridade. Se um colega me batesse na escola primária, a autoridade era a professora; se o meu irmão me roubasse um brinquedo qualquer, a autoridade era a minha mãe; se alguém me assaltasse na rua, a autoridade era a polícia. O problema era quando queria fazer queixa de um Amor mal resolvido, cuja autoridade no planeta Terra ainda está por encontrar.
Nós, os queixinhas do Amor, precisamos sempre duma autoridade. Acho que foi por isso que fiz este blogue. À falta de autoridade fui-me queixando ao mundo, até que o mundo lá me prestou alguma atenção e me resolveu o problema.
Há bastante tempo tempo que eu não me queixo de Amores, sem qualquer garantia que um dia destes não o volte a fazer. O Amor é assim, um dia acordamos e ele já não está ao nosso lado. Nesse dia tornarei a bater-vos à porta, pedir licença e informar que venho apresentar queixa: "Meus amigos! O meu Amor fugiu...".
As queixinhas sobre o Amor são as únicas que não devem ser engolidas. Em primeiro lugar porque são comuns a todos nós, em segundo porque nunca são digeridas e acabam por causar vómito, em terceiro porque são as únicas que não exigem vingança nem execução alheia. Se eu sempre quis que a professora batesse no meu colega, a minha mãe no meu irmão ou a polícia no ladrão, do mundo só quero que deixe o Amor andar por aí em paz.
Do Amor, queixem-se sempre ao mundo. Ninguém vos leva a mal.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Por dentro da burqa


Desenho de Tignous, um dos cartunistas mortos no atentado ao jornal «Charlie Hebdo» em 7 de Janeiro de 2015.
No seu funeral, os amigos fizeram desenhos humorísticos no caixão de pinho.


João Barreto:
"Falando a sério: Alguém disse e eu assino por baixo qualquer coisa como «posso não gostar do que dizes mas lutarei até à morte para que possas dizê-lo». Noto, com preocupação, que o Medo tomou conta de muitos que se dizem do lado da Liberdade.
Sou europeu! A minha herança civilizacional permite-me dizer que o pensamento não tem rédeas e que tudo me é permitido expressar! E isto é absoluto! É claro que não vou para a porta da mesquita exibir caricaturas do profeta, como não vou para a porta da igreja oferecer fotografias de freiras desnudas; porque sou livre, respeito a liberdade dos outros, mesmo que se resuma a tolices. Mas ninguém me proíba de dizer, ouvir, escrever ou ler aquilo que me aprouver, seja no meu espaço privado, seja nos espaços públicos que a todos pertencem. Quando não gostar de alguma coisa e a inteligência de uma conversa civilizada não chegar, usarei os recursos que cabem aos cidadãos do meu país democrático. Se ofender alguém por impedi-la de usufruir da sua liberdade (ainda que seja a de ser idiota), espero que se me dirijam da mesma forma. E só pegarei numa arma (pela primeira vez na minha vida) para defender a Liberdade. E, como dizia o meu grande amigo e grande libertino "Azeitona": «Viva quem pode e quem não pode, que se foda!»"