26 junho 2005

Manifesto anti-piercing...

(atenção, este é um artigo de opinião, pois devo confessar que a panóplia de furações tira-me a ponta!... No fundo, cada um tem as suas fraquezas...)

o que tens tu contra o corpo?
sabes algo que eu ignoro?
furas – beliscas – trespassas esse corpo que eu adoro…

pára já ó criatura
dá de ti outras paisagens
para além dessas ferragens que penduras à cintura

nem receias tu que sujem
esse corpo teu tão belo
com manchas do amarelo que se solta da ferrugem?

tão belos os olhos claros
os lábios tão delicados
tão invadidos pelos aros que penduras sem cuidados

de lábios te falo eu
dos vaginais perturbados
essas réstias do meu céu a cadeado trancados

e são lábios são orelhas
sobrolhos seios e língua
tudo furado sem míngua sejam novas sejam velhas

e que dizer do umbigo
essa porta – ou dos mamilos?
onde me espanto contigo pelos ferros de dois quilos

serão talvez um abrigo
quem sabe? serão cabides
onde penduras recados dos teus encontros comigo

sei demais que o corpo é teu
furá-lo-ás com apreço
mas tu não cuides que eu me enleie em tanto adereço

porque do teu corpo eu gosto
singrar nele sem margem de erro
assim me perco - eu aposto – tonta a bússola tanto o ferro

trava-línguas a ferrete
vaginas a diamante
argolas no seio arfante onde se prende o ginete

talvez afinal o intuito
em seres assim ferrugenta
é saberes no fundo o muito que esse ferro me afugenta

se unires as partes enfim
com corrente bem ferrosa
ficarás segura assim – segura que não formosa

pois por ti os meus amores
serão como ao Sol sorvete
nessa cadeia de horrores que trancaste a aloquete…

Video publicitário


Kilie Minogue para Agent Provocateur

Galopando nas tuas ancas

Galopando nas tuas ancas
Desfaço-me em mel
lateja o meu caralho
Que limpo ao papel.

No lenço largo esperma
Na boca deixo-te o néctar
Lavas a boca e o cu
A cona parece um hectare.

Nikonman
(Nakonaman, para as amigas)

Letrinhas malandrecas do Webcedário


Os chatos do Webcedário

25 junho 2005

O saber não ocupa lugar

A Gotinha oferece-nos este teste de sapiência:
Descobre a Lolita
(ficheiro em PowerPoint)

Diário do Garfanho - 87

Wouldn't It Be Nice

- No meu tempo é que era, menino: faziam-se piqueniques.
Eu sorrio mas não digo nada, pode ser que a velha se cale.
- Íamos para o campo. Uma beleza, só lhe digo, menino, uma beleza.
Estou a tentar perceber como é que apareceram os piqueniques mas não consigo, a conversa não tinha nada a ver.
- O menino já fez algum piquenique?
E ela a dar-lhe. Aceno com a cabeça negativamente.
- Antigamente é que era... Que piqueniques, meu Deus, que piqueniques.
Não sei se a velha se vai babar ou chorar. Está a vibrar, a delirar. Sorri pateticamente.
- Meu Deus... quero dizer, Deus não tinha muito a ver, está a ver?
"Olá!?" Faço uma cara interessada, que conversa é esta?
- Os piqueniques eram mais coisas do demónio. Coisas do demónio! - A velha ri-se satisfeita. - O prior bem avisava: Deus quer recato, juízo, circunspecção. Sabíamos lá o que era circunspecção e juízo era coisa de velhas. Como eu. Ah! Como eu agora!
Eu faço um esgar entre o sorriso e a dor. A velha não quer saber.
- Mas recatadas éramos... só os piqueniques... só nos piqueniques.
A velha sonha acordada e acaba a sussurrar para si como se eu não estivesse ali.
- Ervas nas costas, vento nas coxas, formigas na...
A velha apercebe-se da minha atenção e acaba a conversa com um sorriso trocista.
- Outros tempos, menino, outros tempos. Vocês pensam que inventaram tudo, pois, enganam-se!
Faço um sorriso amarelo e abano a cabeça a dar-lhe razão.

- Agora diga-me lá, que contribuição é esta que eu tenho de pagar? - pergunta ela.

Garfanho in Garfiar, só me apetece

Os objectos malandrecos do Reparador

Refª 333-WC/000-291045

O WC do Reparador tem vida própria.

24 junho 2005

Mulher bate recorde de Orgasmos nos EUA

Uma mulher de 28 anos bateu o recorde de orgasmos consecutivos, no estado de Harward, EUA. O teste foi realizado na Universidade Federal de Harward. Acompanhada por uma equipa médica, e com o auxílio de aparelhos, Mayra teve 102 orgasmos seguidos, quando estimulada no clitóris; o recorde anterior era de 81, obtido por uma Polaca em 1998. De acordo com a equipa médica, o intenso orgasmo obtido por Mayra não poderia ser obtido através do sexo normal com um homem. "Geralmente, uma mulher não consegue obter mais do que 2 orgasmos numa relação, lembramos que esse caso do teste é raro."
O teste também teve suas consequências negativas: Após o 50° orgasmo, a mulher perdeu totalmente os movimentos das pernas. Vejamos o que ocorreu no corpo de Mayra em cada etapa:
1° orgasmo: Sensação de Intenso prazer: é o orgasmo mais intenso de toda a série.
5° orgasmo: Profundo relaxamento muscular
10° orgasmo: A mulher perde a visão, por causa das fortes contracções musculares, e dos impulsos cardíacos, mas continua sentindo um prazer muito forte.
17° orgasmo: Perda dos movimentos dos braços.
29° orgasmo: Perda dos movimentos faciais
36° orgasmo: A área cerebral destinada ao sexo funciona plenamente, e a sensação de prazer aumenta cada vez mais.
45° orgasmo: A vagina começa a ter impulsos involuntários muito fortes.
53° orgasmo: A mulher perde os movimentos da perna
58° orgasmo: Mayra fica totalmente paralisada, toda a força do corpo vai para a vagina, que começa a latejar fortemente.
80° orgasmo: O corpo não tem mais forças para a sequência de orgasmos, os nervos da perna não respondem aos comandos cerebrais.
102° orgasmo: O coração bate a 161 bpm, e os médicos resolvem encerrar o teste.
Após o teste, Mayra ficará 3 dias em repouso absoluto, já que não consegue andar, até se recuperar com uma alimentação rica em carbohidratos.
Segundo Mayra "Foi uma sensação maravilhosa, jamais senti isso na minha vida". Os resultados completos do teste, estão no site da Universidade federal de Harward.


Esta história... hummm.... tem pinta de ter sido forjada. O "estado de Harward" não existe. E depois de ter pesquisado na net não encontrei nada sobre este suposto fabuloso recorde. Ainda assim vale pela criatividade. E vale pela fotografia belíssima que fui surripiar à Mad Aliciante.

pouco


Não é facilmente imaginável a dificuldade que é foder com um homem como o Carlos. Fazia minetes com delicadeza, como se estivesse a cheirar a mais frágil das flores. Tinha uma pila tão pequena que além de não me encher a boca, nem cócegas me fazia na cona. E, pior do que tudo, não se calava.
Eu ficava horas à procura da minha boa vontade, da minha paciência. E quando já estava cansada, lá descia a minha mão em busca da minha purpurina para dar a mim mesma o orgasmo que o fulano não sabia sequer onde morava. Mas não, nem a isso eu tinha direito. Na sua amabilidade, dizia-me: deixa-me fazer por ti. E ali ficava a fazer-me festinhas no clit como se afagasse o gato da prima. Empenhava-se, coitado, mas não passava disso.
No final, valiam os abraços. Os mais intensos e envolventes que já amansaram esta guerreira.
Só que depois de me masturbar na casa de banho, all alone, já não havia abraço que me acalentasse.

Exercicio Fisico.

Agora no Verão as preocupações com o aspecto fisico aumentam. Sempre atentos às tendências da sociedade damos aqui uma pequena sugestão que ajudará a libertar-vos dessas gorduras nojentas que transformam o vosso corpo numa massa disforme e pouco atractiva para as praias. Trata-se da prática de uma arte marcial saída da mais pura tradição Chinesa:

Escusam de agradecer.
Nós estamos cá é para isto mesmo.

Testes americanos do rato na mão

Do nosso enviado especial Bruno B.:
"Um cientista norte americano descobriu nos seus estudos que as pessoas que não têm suficiente actividade sexual lêem os blogs com uma mão pousada no rato.
Não vale a pena tirar a mão agora.
Já é tarde... "

Feirar


Galguei a Feira naquela tarde com a cabeça feita catavento para abarcar de uma assentada os livros que me podiam servir nas mãos. Era junto desses que parava a folhear-lhes a macieza do papel , a lamber com os olhos a volúpia das palavras, a inalar-lhes as imagens.

Dei de caras com uma biografia de Vitorino Nemésio, com encadernação de capa dupla e tudo e aquelas imagens a preto e branco como eu me lembrava da infância fixaram-me ali, encantada, a desfolhar frame a frame. Um dos rapazes do stand, o de olhos cor de mel, deixou-os escorrer para a voz para me perguntar se podia ajudar nalguma coisa e como responder-lhe faz de mim uma máquina-bilheteira do Metropolitano de Lisboa era equivalente a tornar-me croquete numa travessa de aperitivos, optei pelo tradicional levo este, com o indicador colado ao livro.

Feitos os avios, virei costas para continuar a peregrinação quando me passa pelos ouvidos a frase vai lá que ela não tinha aliança nem nada e como uma traça perante uma lâmpada catapulta-se à minha frente o moçoilo dos olhos melados a convidar-me para o acompanhar à roulotte dos churros e farturas, fitando-me muito fixamente não fossem as vistas fugir para locais menos apropriados como o meu decote que do topo das calças ele já tinha feito a métrica.

Aceitei o churro com molho de chocolate que nos fazia trejeitos nos lábios ao escorrer pelos cantos da boca enquanto ele discorria sobre o investimento dos CTT nos livros de prestígio com lombadas bonitas, trocávamos os nomes dos livros favoritos e eu imaginava se havia de começar a apreciar a qualidade daquela encadernação no coreto perto do Pavilhão Carlos Lopes ou manusear-lhe as fibras musculares na Estufa Fria ou simplesmente, rebolarmos como página ímpar e par relva abaixo.

Só que aquela alminha, imagina tu Sãozinha, a páginas tantas resolveu mostrar-se fã do Paulo Coelho e no mesmo instante a minha inspiração começou a amarrotar-se e só parou no cesto dos papéis.