10 novembro 2007

Espiral


As livrarias com bar são a mais sedutora invenção desde Gutemberg e assim como quem não quer a coisa levei-o lá em ar de passeio a ver as últimas novidades em livros. Mentiria se não referisse que o tempo ensolarado que permite saias leves e dadas a mexer ao sabor da brisa me adubam a inspiração.

Penetrámos no corredor de entrada e estuguei o passo sempre à sua frente para garantir que ele tinha a oportunidade de me ver os contornos das pernas sem se sentir observado nisso. Estrategicamente deixei cair sem estrondo a malita que me balouçava nas mãos enquanto ele reparava nas estantes laterais para no seu passo seguinte milagrosamente embater nos meus glúteos empinados que apanhavam a bolsa e instintivamente, metesse as mãos no obstáculo. Ele esvaiu-se em desculpas que estanquei com uma gargalhada a conferir que as suas mãos não estavam magoadas nem cravadas de espinhos e sem as largar, arrastei-o para as tartes e salgadinhos.

Sentados frente a frente e munidos de sumo espremido de laranjas para dar azo a conversa sobre o que é natural como a sede e arfando o peito ao compasso do seu discurso e à altura da sua visão, esperei que os joelhos se tocassem, os seus olhos marinheiros procurassem nos meus o certificado de deslumbramento e as suas mãos escorregassem nas minhas para debruçar o meu seio esquerdo no seu braço nu e sussurrar-lhe por entre a sucção do lóbulo da orelha que queria passar já para aquela parte do conto em que segurava na Mont Blanc e ouvia os seus gemidos.

Soutien Pauzinhos

Depois do Soutien-saco
chega o Soutien-pauzinhos
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Outras Coisas

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08 novembro 2007


De debaixo de uma pedra sai um lagarto, diziam as minhas tias e as outras mulheres da aldeia, em jeito de alento, não fossemos nós, raparigas despreocupadas, começar a preocupar-nos com namoricos e eles não aparecessem.
Apareciam sempre. Não eram lagartos, eram uma espécie de sapo com pila grande que mais não queriam do que umas fodas apressadas e mal jeitosas nos casões de trigo e erva doce ou encostados às árvores que ficavam por trás da fonte, a única da aldeia.
Nós, raparigas que nos intervalos dos beijos, apalpões e mãos por dentro da roupa, ainda brincávamos com bonecas, não nos preocupávamos. O trabalho que dava fazer aqueles jantarinhos e depois limpar a sujidade e arrumar o caos, não nos deixava pensar em casamentos, em casinhas a sério.
As tias e as outras mulheres gostavam de nos ver assim, tão aparentemente femininas, e por parecermos tão atinadinhas podíamos correr pelas searas e desaparecer durante horas que ninguém reparava que os rapazes também não assomavam pelas ruas, nessas horas.
A ajeitar as saias e a puxar as meias descaídas, lá voltávamos as três, à hora do jantar. Afogueadas, despenteadas, risonhas, voltávamos às nossas bonecas.
Nunca nenhuma de nós teve uma foda triste, concluímos num destes fins de semana em que, mulheres feitas já de cidade, nos juntámos para jantar e contar dos últimos sapos, que lagartos, esses, ainda não sairam de debaixo de pedra nenhuma.
E tal como fazíamos com as bonecas, agora voltamos para os nossos trabalhos, para a vida de cada dia, com histórias feitas de sapos que vamos fodendo, sem lagartos que vamos amando.


Rosa, pura rosa

CISTERNA da Gotinha



Topless no Cinema - Top 10.

E já que falamos em cinema deixo-vos com as
50 grandes cenas de sexo do cinema.

Vídeo:
Cada um com a sua fantasia...

Blog
SheMale Crawler: o nome é bastante sugestivo.

As revistas de beleza também têm
este efeito nas vossas namoradas?!

Apetites, desejos.



Posto que vulgarmente se confundem estes dois vocábulos, contudo em linguagem filosófica moderna são bem distintos. Os apetites são certos sentimentos corpóreos, não perpétuos, mas que ocorrem de tempo a tempo, acompanhados sempre de certo que mais ou menos desagradável segundo é maior ou menor sua força, que nos impelem a apetecer alguma coisa de que o corpo carece. (…)
Os desejos, que melhor se explicam pela palavra latina cupiditates, são certas inclinações, que não existem no corpo senão na alma, e cujo objecto são as coisas e não as pessoas; (…) Diferencia-se o desejo do apetite em que, 1º este reside no corpo e aquele na alma; 2º em que este vem de tempo a tempo, e aquele é permanente; 3º em que este sacia-se, e aquele não se farta, etc.

ROQUETE, J.I., O.F.M. 1885: 72

World Backside Championships - 2007

Vencedor de 2007





















Outras Coisas

07 novembro 2007

Cum caralho, eu ande fodido!

por Falcão

- .....Eu sei que você gosta de mim assim, cabeluda e assim... -

Tou aqui cum a lareira acesa, a cismar na minha vida enquanto aqueço a tomatada cum a cueca feita frigideira, cum catano.
O frio vem chegando às noites que chegam mais cedo e aqui na serra, na minha freguesia Santa Inácia do Vale da Penha Maior de Cima, que é, - digo ser com muito orgulho a melhor terra do mundo - o sol esconde-se cedo atrás das serras e faz logo um frio do caralho.
Mas num venho práqui falar do frio que faz mas de andar todo fodido, cum filha da grande puta!
Tinha acabado de pinar cum a filha do Toino, que tem um pintelheira cumo um homem do Norte gosta, e que fode cumo caralho, quande ela me saiu cum uma coisa que nunca le tinha ouvisto dizer.

- Manuel, Disse-me ela mostrando uma revista. - Eu sei que você gosta de mim assim, cabeluda e assim....mas andei a ver numas revistas umas cachopas cum biquines....-

E calou-se olhando para a minha cara de espanto e depois, voltou a olhar para o chão e continuoo: - Amanhá vou ao Porto, cum a minha Mãnhe. Ela vai a uma consulta e eu vou aqui. - E mostrou-me um anúncio onde mostravam o antes e o depois.
Inté mudei de cor e quase que deixava cair o caneco de verdasco cum que retemperava as forças depois de ter ido ao pito.
Ena que fiquei fodido cumó caralho! Ela ia tirar a pintelheira, que é uma coisa que me dá um filha da puta dum tesão quinté me dói tudo se não o afundar logo no pito! A minha pintelheira, que é dela mas é tanto minha cumo é o tesão que me dá!
Saltou-me a tampa do caneco e disse-le duas coisas que ela saiu pelas portas traseiras da minha garage sem dizer nem palavra. Mas eu que sou o rei das bouças, cum milhão e meio de caralhos, num posso ficar atrás e fui atrás dela, puxei-a para o pinhal e ai é que a filha da puta da cachopa me mandou abaixo.
Disse que eu era um velho do caralho e que ela cachopa de vintes e poucos queria fazer a sua vida e sair daquela parvalheira, e que se pinava cumigo era porque gostava de pinar mas num gostava de mim ao ponto de querer pinar cumigo para o resto da vida...

E por isso é que eu ande fodido cumó caralho! Um homem de sessenta anos, que dá numa sessão de comer o pito, duas ou três sem perder a tusa, é chamado de velho...

Foda-se que agora para aqui ando meio fodido, ou pior: fodido e meio, cum filha da grande puta!
Olho para a minha patroa que num dá uma há anos, diz que num le apetece, que nem se lembra disso e que num tem idade para essas coisas...
Só me lembro da cachopa.
Foda-se que ande fodido, Eu Falcão o rei das bouças, um homem cum uma força e um tesão do caralho, ande fodido por causa duma cachopa, cum milhão e meio de caralhos que me fodam e refodam.....


Falcão