"Diversas peças pré-históricas relacionadas com a fertilidade, do Museu das Civilizações da Anatólia, em Ankara. A placa rectangular é espantosa pela representação estilizada que faz de uma mulher."
Paulo M.
17 maio 2015
Luís Gaspar lê «Arma Secreta» de António Gedeão
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na torre erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
António Gedeão
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Depósito legal
Tenho pena que os gajos não sejam como os livros. Não como aqueles calhamaços que morrem virgens nas estantes ou o bué volumoso dicionário da Academia mas como aqueles que quanto mais folheamos, mais queremos manusear e nem conseguimos dormir antes de acabar de o ler todinho.
Um capítulo no elevador é sempre empolgante. A coragem adolescente de baixar as calças com uma mão e apalpar as mamas com a outra. O arrepio na espinha de ser descoberta com as cuecas caídas aos pés, a saia toda entalada na cintura e uma mão a fazer crescer o feijoeiro mágico. As sacudidelas compassadas naquelas quatro paredes com os testículos compenetrados naquela corrida de velocidade que as mãos dele não aguentam muito mais tempo as nádegas pululantes, os calcanhares na coluna e a língua dela a pardalitar de saliva o pescoço e os lóbulos das orelhas e ainda um qualquer dedo pronto a pressionar o botão para subir ou descer ao menor ruído humano naquele andar. Os gemidos engolidos com intensidade como se fossem sexo oral simultâneo, até à indolência final.
E é por estas páginas e por outras que quando uma trama fica previsível até ao bocejo, peço encarecidamente "Não faças de mim o teu depósito legal".
Um capítulo no elevador é sempre empolgante. A coragem adolescente de baixar as calças com uma mão e apalpar as mamas com a outra. O arrepio na espinha de ser descoberta com as cuecas caídas aos pés, a saia toda entalada na cintura e uma mão a fazer crescer o feijoeiro mágico. As sacudidelas compassadas naquelas quatro paredes com os testículos compenetrados naquela corrida de velocidade que as mãos dele não aguentam muito mais tempo as nádegas pululantes, os calcanhares na coluna e a língua dela a pardalitar de saliva o pescoço e os lóbulos das orelhas e ainda um qualquer dedo pronto a pressionar o botão para subir ou descer ao menor ruído humano naquele andar. Os gemidos engolidos com intensidade como se fossem sexo oral simultâneo, até à indolência final.
E é por estas páginas e por outras que quando uma trama fica previsível até ao bocejo, peço encarecidamente "Não faças de mim o teu depósito legal".
16 maio 2015
«Joana e Segismundo» - por Rui Felício
Os olhares masculinos não se despegam dela por onde quer que passe. Os femininos, esses, denunciam a inveja que ela lhes provoca. Realmente, a Joana, modelo fotográfico presente em quase todas as revistas, é uma mulher de espantosa beleza, dona de um escultural corpo e de uns olhos que fustigam o cérebro do mais pacato cidadão.
Quem o feio ama, bonito lhe parece.
Este é o ditado que anda nas bocas coscuvilheiras de quem a conhece, por não encontrarem outra explicação, senão o adágio, para ela andar a querer namorar com o Segismundo, que vive num bairro da lata perto do prédio de luxo onde ela reside.
O Segismundo é feio, horroroso mesmo! É um pobre diabo sem eira nem beira, não consegue articular duas palavras seguidas que façam sentido, usa palito ao canto da boca, tem um andar gingão e assusta as criancinhas com o seu olhar tresloucado.
A coscuvilhice de uma vizinha mais afoita, levou-a a questioná-la sobre o assunto. A Joana sorriu e disse-lhe que era por causa da raridade do nome invulgar do rapaz.
O que a Joana não lhe disse é que o seu ex-marido também se chamava Segismundo e que ela tinha uma bela tatuagem na nádega esquerda com o nome dele.
Tatuagem que não queria desaproveitar...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Quem o feio ama, bonito lhe parece.
Este é o ditado que anda nas bocas coscuvilheiras de quem a conhece, por não encontrarem outra explicação, senão o adágio, para ela andar a querer namorar com o Segismundo, que vive num bairro da lata perto do prédio de luxo onde ela reside.
O Segismundo é feio, horroroso mesmo! É um pobre diabo sem eira nem beira, não consegue articular duas palavras seguidas que façam sentido, usa palito ao canto da boca, tem um andar gingão e assusta as criancinhas com o seu olhar tresloucado.
A coscuvilhice de uma vizinha mais afoita, levou-a a questioná-la sobre o assunto. A Joana sorriu e disse-lhe que era por causa da raridade do nome invulgar do rapaz.
O que a Joana não lhe disse é que o seu ex-marido também se chamava Segismundo e que ela tinha uma bela tatuagem na nádega esquerda com o nome dele.
Tatuagem que não queria desaproveitar...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Mulher guerreira com seios expostos e com um lobo
Estatueta em resina da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
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15 maio 2015
Postalinho do café do Kid Bengala
"Olá, São Rosas
Hoje não resisti a pedir a um colega (proprietário da extraordinária embalagem) para tirar uma foto a este magnífico café brasileiro... para te enviar, claro!"
Paula S.
Hoje não resisti a pedir a um colega (proprietário da extraordinária embalagem) para tirar uma foto a este magnífico café brasileiro... para te enviar, claro!"
Paula S.
«90 minutos» - João
"O que era aquilo ao pé dos outros milhares? Milhares de horas. Uma hora e meia, e mais alguns minutos, era coisa pouca por comparação a tudo o resto que tinha sido, e arriscava ser. Por isso partiu, partiu antes com a convicção de seguir aquilo que o desejo ditava, a necessidade de um abraço como bálsamo, estender a mão para ser agarrado, e o sorriso aberto e pronto. Uma hora e meia. A paisagem ao menos era bonita, e estava anunciado. Aqui estou, aqui me faço atleta da espera, diria ele se lho perguntassem. Que viesse, implorava. A súplica seria discreta talvez, atenuada na sequência de palavras estranhas a Camões, a Gil Vicente, que ali não havia ilha dos amores nem barcas para lado algum, apenas a espera e o olhar inquieto lançado sobre quem passava, perguntando-se se seria, se não seria, se viria, se não viria. Nunca veio. Foi-se ele, aquele tempo de espera depois. Trilhando os mesmos passos que o haviam levado até ali, rolando os mesmos metros que o tinham feito chegar. Como chegou, partiu. De braços abertos. Sem raiva, conjecturando teorias, os porquês, as razões. Mas ainda e sempre de braços abertos, mesmo que tristes."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
14 maio 2015
«respostas a perguntas inexistentes (300)» - bagaço amarelo
Um dos sonhos que deixei pelo caminho foi o de estar sempre apaixonado. Aconteceu-me quando tinha trinta e cinco anos e iniciei, para poder desabafar com estranhos, este blogue. Para além de todos os Amores que fui tendo, tive só dois. Esse de que já falei e aquele que vivo agora, nos dias difíceis que correm.
Quando alguém me conhece não sabe isto, mas conheça-se quem se conhecer há sempre dois parágrafos por trás, uma forma tão insuficiente quanto lúcida de se definir. Eu, aliás, também nunca conheço os dois parágrafos de quem passa por mim. Parto apenas do princípio que os tem.
Se eu pedisse a cada um dos leitores deste blogue para se definir em dois parágrafos curtos, tal como eu acabei de fazer, com certeza que todos o conseguiriam fazer. É isso que nos distingue uns dos outros. Quando pegamos na nossa vida inteira e a esprememos para um copo pequenino como se espreme um sumo ou uma laranja, o resultado é sempre diferente. É o nosso sumo, não o dos outros.
Tenho um enorme respeito pelos dois parágrafos de cada um de nós, apenas por saber que existem. Apesar de curtos, são normalmente uma construção de anos, com momentos deliciosos e outros sofridos. São um labirinto de razões e emoções, de risos e de lágrimas, de murros e de abraços. Todos nós somos assim, tão diferentes quanto iguais.
Parece pouco, mas quando nos apaixonamos por alguém à primeira vista, pouco mais temos do que esses dois parágrafos. O facto de nos conseguirmos apaixonar por meia dúzia de frases e com elas escrever um romance, às vezes mais longo outras vezes mais curto, torna-me optimista. Obrigado.
Acho que é isso o Amor.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
13 maio 2015
«The Big Penis Book»
Sim, claro, este livro faz parte da minha colecção.
The Big Penis Book Teaser from Love Ways on Vimeo.
Todos sabemos: o tamanho não importa, o que importa é a habilidade; ou dito de outra maneira: O que importa é a qualidade e não quantidade. Mas admitamos : Um pénis grande impressiona e, não só impressiona como nunca passará de moda!!!
The Big Penis Book Teaser from Love Ways on Vimeo.
Todos sabemos: o tamanho não importa, o que importa é a habilidade; ou dito de outra maneira: O que importa é a qualidade e não quantidade. Mas admitamos : Um pénis grande impressiona e, não só impressiona como nunca passará de moda!!!
Inconfessável
Calo o que sinto, pois não o posso partilhar. Nem contigo, nem com
outra, o que ainda está em brasa dentro do meu coração. Sei que posso
contar contigo, pois nada me perguntarás. Talvez com medo de reacenderes
este vulcão adormecido. Cuja fúria já vislumbraste. Cujo poder já
desejaste. E não mais o quererás, de tal forma incontrolável e ilógico
ele surge.
De que adianta tanto poder se não for controlável? Só nos poderá magoar, se não nos deixar felizes para sempre. E sempre, é o tempo que este sentimento amordaçado parece ter. E se, para sempre, tiver que ficar no meu peito prisioneiro, assim será. A última coisa que desejo é voltar a magoar-te.
Magoar-me não me assusta. Por isso não fujo de ti a sete pés. Já no passado fugi e de nada me serviu.
Tenho que domar o indomável.
Tive que confessar o inconfessável.
De que adianta tanto poder se não for controlável? Só nos poderá magoar, se não nos deixar felizes para sempre. E sempre, é o tempo que este sentimento amordaçado parece ter. E se, para sempre, tiver que ficar no meu peito prisioneiro, assim será. A última coisa que desejo é voltar a magoar-te.
Magoar-me não me assusta. Por isso não fujo de ti a sete pés. Já no passado fugi e de nada me serviu.
Tenho que domar o indomável.
Tive que confessar o inconfessável.
Eva portuguesa - «Dá-me»
Dá-me o sol que eu dou-te a lua.
Dá-me o dia que eu dou-te as noites.
Dá-me vida e eu dou-te sonhos. Os teus. Os meus.
Devolve-me a mim e eu entrego-me a ti.
Liberta-me e serei tua enquanto me quiseres.
Dá-me esperança e eu dou-te dedicação e lealdade.
Entrega-te a mim que eu dou-me a ti por inteiro. Sempre. E para sempre.
Dá-me luz e eu caminharei sempre a teu lado e não te deixarei na escuridão.
Sê meu e eu serei tua. Já. Hoje. Sempre...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Dá-me o dia que eu dou-te as noites.
Dá-me vida e eu dou-te sonhos. Os teus. Os meus.
Devolve-me a mim e eu entrego-me a ti.
Liberta-me e serei tua enquanto me quiseres.
Dá-me esperança e eu dou-te dedicação e lealdade.
Entrega-te a mim que eu dou-me a ti por inteiro. Sempre. E para sempre.
Dá-me luz e eu caminharei sempre a teu lado e não te deixarei na escuridão.
Sê meu e eu serei tua. Já. Hoje. Sempre...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
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