11 outubro 2015

Natansky's Project Naked - «A Walk on Hampstead Heath»


A Walk on Hampstead Heath from Natansky (Natasha Porter) on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (311)» - bagaço amarelo

A morte lenta do Amor

Quando um Amor acaba é sempre triste, mas a maior tristeza não é o seu fim. É a sua morte lenta. O Amor devia morrer como se morria no velho Oeste, com um tiro na nuca e um cadáver no chão. Mas não. Tem a mania de morrer como um náufrago num dia de Verão. Desaparece lentamente numa praia qualquer e esperam-se dias, às vezes meses ou anos, para que o mar devolva o corpo já em decomposição.
É a morte lenta do Amor, aquela em que vida perde o sabor e não há tempero que lhe valha. Acontece no exacto momento em que deixamos de conseguir imaginar a vida sem o outro. A vida não merece isso, o outro também não. E o sexo torna-se um hábito gasto e mecânico tanto quanto outro momento qualquer.
O que um primeiro grande Amor nos ensina é a preservar o segundo, se conseguirmos perceber que o que falhou não foi o outro. Foi tudo, principalmente o dia-a-dia. Se todos o sabemos, porque é que nunca o dizemos? Não sei.
Sei que vivo a maior parte do meu tempo sozinho e que neste momento me dou ao luxo de estar numa sala desarrumada só por mim. Tenho as calças de ganga que trago a uso atiradas num dos sofás, uma pilha de livros que já li espalhada pelo chão e um copo de vinho vazio em cima duma cadeira que precisa de ser colada.
Daqui a nada pego no copo e vou à cozinha enchê-lo. Daqui a uns dias pego na minha saudade e vou a casa da minha companheira beijá-la. Vivo sempre com saudades dela e quero manter-me assim, saudoso. É a mesma saudade que tenho de encher o copo, porque o Amor que tenho por ela me embriaga da melhor maneira. Sem ressaca.
O que um primeiro grande Amor nos ensina é a preservar o segundo, repito. Sei que quando a saudade morre, o Amor morre a seguir. Mantenhamos a saudade para manter o Amor. Se todos vivêssemos bêbedos, o mundo era melhor.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI das rosas


A Igreja adapta-se aos novos tempos...

Crica para veres toda a história
Penitência


1 página

10 outubro 2015

Cream


Tujamo & Danny Avila - Cream [Uncensored Version] from Patrick Gingras on Vimeo.

«Lógica versus legalidade» - por Rui Felício


Nervosa e mal preparada, a Sandra não acertou em nenhuma das questões durante a prova oral da cadeira de Filosofia do Direito.
Condescendente, o professor tentou acalmá-la e propôs-lhe que dissertasse sobre um tema simples e do mais comum bom senso: “ A Lógica e a Legalidade”.
A Sandra começou, primeiro a medo, depois mais segura de si, socorrendo-se de exemplos práticos:
- O Sr. Dr., casado e com 60 anos de idade, ser amante da minha jovem e bonita colega Ivone, é lógico mas é ilegal.
- Já é ilógico que ela, tão nova ainda, mantenha consigo, tão mais velho, essa relação amorosa, mas do ponto de vista dela, que é descomprometida e livre, é legal.
- O que é ilógico e ilegal é que o Sr. Dr. me dê nota para eu passar sem eu perceber nada disto, só porque tem medo que eu faça chegar esta história aos ouvidos da sua mulher.
Mas sei que me vai dar 10...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Os Irlandeses são danados para a brincadeira!

Três preservativos humorísticos provenientes da república da Irlanda para a minha colecção: «Rub me for luck», «Full Irish breakfast» e «kiss my shillelagh» (bastão de caminhada típico da Irlanda).

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)


Garimpeiro sexual = Squirt

Há quem tenha queda de cabelo. Eu tenho queda para papos de cona. É uma questão de sorte genética. Ou kármica. Não sei bem. Mas por onde quer que passe acabo sempre por trombar com um papinho. E, como sempre, há tantos papinhos para pinar, que nem sei se me desate a rir ou me ate a chorar. Mas ontem foi um dia especial. Tenho uma bela e vasta coleção de pipis papados, de todos os tamanhos e feitios, alguns com personalidade própria, outros com segredos por desvendar. Uns mais ousados, outros mais tímidos. Já apanhei chonas amazonas, pachachas todo-o-terreno, câmaras vaginais mais amplas que o átrio de um palácio real, daquelas em que não só é possível bater as palmas como ainda ouvir o eco chona adentro, senisgas gulosas que fazem pocinha na cuequinha a todo o instante e um completo manancial de cona fresca, experimentada, ginasticada, com vajazzling, perfumada e com todo o tipo de estilos capilares. Também já apanhei umas quantas squirters mas nada justifica o que aconteceu ontem.

Estava a jantar calmamente com um amigo num restaurante de eleição de Lisboa, quando inadvertidamente escuto a conversa de duas finórias que se banqueteavam na mesa de trás. Dizia uma que teria vergonha se fosse uma daquelas mulheres que fazem squirt. “Coitadas, que vergonha deve ser no momento”, dizia. Ai filha, não preciso de muito mais para ficar intrigado, que é como quem diz, motivado para te arrancar um squirt dessa pachacha aprumadinha e toda cheia de nove horas. Acabámos a tomar os digestivos os quatro juntos, o que é meio caminho andado até às cuecas da moça. Não que precise de as embebedar para as pinar. Aliás, estou convicto que sou daqueles homens que quando entra num bar as mulheres começam logo mentalmente a tocar-se em simultâneo com uma mão na chona e com a outra mão rabo acima. Já não tenho é 20 anos e prefiro acelerar o tempo de engate para me alongar pachacha fora.

Dito e feito. Pouco tempo depois já eu estava a trabalhar aquela senisga como um garimpeiro em início de carreira. A mafarrica já estava tão inchada que o seu clítoris mais parecia uma pepita de 24 quilates. E é aí que começa a magia das mãos do Patife. A moça começa a arfar sofregamente, o seu rosto totalmente ruborizado, os olhos reviram-se com a desorientação própria de uma bússola no triângulo das bermudas e sinto que a explosão está a caminho. Neste momento a magana encontra-se completamente possessa da pachacha e mal sabe o que lhe está a acontecer. A chona entra em exaltação máxima e gera um autêntico tsunami orgástico que só por sorte não me levou de enxurrada do Chiado até à Baixa de Lisboa. Ela fica imóvel e ofegante, confusa com o que ocorreu, pois não sabia que lhe podia acontecer a ela. Julgava ela que o squirt era uma propensão natural de apenas algumas mulheres que certamente padecem de algum tipo de histeria vaginal. Saiu a bambolear como quem fica no céu a saborear prazeres terrenos. Eu cá fico por terra, a contar as chonas que passam.

Patife
@FF_Patife no Twitter

09 outubro 2015

«A última vez» - J. P. Silva

Finalmente o dia acabou. Estou tão cansado, e ainda hoje é só segunda-feira. Não sei o que se anda a passar, mas sinto algo errado na minha vida. Pode ser pelas coisas com a Marta continuarem confusas, por estar quase sempre sem apetite ou por andar a dormir pouco. Não sei mesmo…
Vou para casa descansar, tentar receber algum carinho dela ou então beber só um copo de whisky, enquanto ouço um pouco de Frédéric Chopin ou Beethoven. Provavelmente é mais fácil que aconteça a segunda hipótese. Não sei por que digo isto, mas é o que sinto no corpo quando penso. Enquanto não chego, vou fumando uns cigarros a ouvir um pouco de rádio. Ainda é uma hora até casa e, como sempre, parece que está algum trânsito. Já só me vem à cabeça a merda do copo de whisky!
Pois bem, cheguei finalmente e nem me apetece sair do carro. Esta viagem é sempre uma treta. Em vez de uma hora demorei quase duas, e agora que cheguei reparo num carro estranho aqui à porta de casa, um pouco escondido! Será alguma amiga da Marta? Estranho! Ela tem tão poucas amigas e aquelas que conheço são umas vacas, que não querem saber dela para nada e que raramente põem os pés aqui em casa porque me acham insuportável. Umas vacas, não haja dúvida.
Vou entrar devagar, sem fazer barulho porque estou com um pressentimento que algo não vai correr bem. Entro sorrateiramente, vou direto à cozinha, o mais rápido possível, o mais sorrateiramente possível. Não ouço nada! Parece que não está ninguém em casa. Estranho! Vou à garrafeira, abro uma das garrafas oferecidas pelos pais dela no nosso casamento: aquele J&B de 30 anos. Sinto que hoje vai dar jeito. Não sei por que sinto isso, mas se sinto vale mais deixar-me levar. Tiro um copo silenciosamente, duas pedras de gelo, e engulo o primeiro de seguida!
Meu Deus! O melhor whisky de sempre! Só falta mesmo a música, mas não a vou ligar sem ter a certeza do que se está a passar na minha casa. Bem, vou só encher mais um. Este aqui é para beber lentamente, enquanto subo as escadas até ao andar de cima.
«The holes (Os buracos)»
Paul Balan, Roménia, 2002
óleo sobre tela, 61x92 cm
da colecção de arte erótica «a funda São»
Comecei a subir e lentamente acompanhava cada degrau com um pequeno gole de whisky. Fiquei espantado, mas não perdi a calma com o que ouvi. A Marta gemia por todos os lados. Nunca a ouvi gemer tão alto. Ao princípio pensei que estivesse sozinha a dar algum prazer a si própria, mas entretanto ouvi:
- Fode-me, fode-me mais, por favor.
Ela gritava por mais:
- Não pares, bate-me, com mais força! Isso! Mais!
Até que pediu agressivamente
– Agora mete-me o teu caralho na boca, quero chupá-lo já, por favor!
Fiquei chocado! Mantive a calma, não sei bem como, mas talvez tenha sido da ajuda do whisky! Ela gemia desalmadamente. Dava para perceber que já começava a chorar de tanto prazer e eu só a ouvia a chupar o caralho sabe-se lá de quem.
Fui bebendo o meu copo de whisky a ouvir todos aqueles sons que de certa forma me deixavam cheio de tesão, e eu sem saber o porquê! Nunca me tinha sentido assim, nunca a tinha sentido assim e nunca a tinha fodido assim. Desci as escadas, a falta de mais whisky já se fazia sentir no meu corpo e eu já só pensava em beber a garrafa inteira, para não fazer nenhum escândalo. Não queria escândalos, só queria deixar aquele homem ir embora. Fiquei sentado no sofá, mas com a garrafa ao lado. Desisti do gelo, só queria aquecer a alma e o corpo por dentro. Sentia-me de certa forma frio! Calmo, mas frio.
Passaram umas horas, a garrafa acabou e eu ouvi alguém descer as escadas a correr, ainda com as calças na mão e o cinto a bater no corrimão. A porta fechou. Ouvi o carro a sair bem a fundo pela rua de baixo para ninguém perceber. Entretanto fui à entrada, abri e fechei a porta, para dar aquela sensação de que tinha chegado naquele momento. Fui bem-sucedido! Chamei por ela e disse que já tinha chegado. Ela disse-me que ia tomar um banho e eu disse-lhe que ia ouvir um bocado de música e comer qualquer coisa.
Para ser sincero estava com fome, mas não de comida! Toda aquela cena de filme - ou que eu pensava que só acontecia na sétima arte - juntamente com a garrafa de whisky, deixaram-me com fome. Fome de sexo, fome de ser violento, fome de a matar, mas não no sentido literal da palavra.
Subi as escadas, reparei que ela já estava no duche, tirei a roupa aos poucos, entrei na casa de banho e entrei no chuveiro. Ela ficou assustada e deu-me um beijo. Eu simplesmente não queria saber dos beijos. Peguei-lhe na mão e fi-la agarrar o meu caralho. Ela imediatamente retirou-a e virou-se de costas:
- Agora não! Estou cansada! - disse ela.
Não fiz mais nada: agarrei-lhe no cabelo com a mão esquerda, encostei-lhe a cara ao vidro do chuveiro e sussurrei-lhe ao ouvido:
- Eu quero e vou-te foder, aqui e agora.
Enquanto lhe dizia essas palavras encantadoras, com a outra mão dava-lhe aquele jeito no cu. Ela começou a gemer, um pouco a sofrer, mas eu não quis saber da dor dela. Não queria saber da dor dela para nada! Ela começou a gritar de prazer, começou a dizer tudo aquilo que tinha dito antes, e eu tapei-lhe a boca! Não a queria ouvir dizer nem uma palavra! Queria fazê-la chorar de prazer, queria ver as lágrimas a escorrer-lhe pelo rosto e queria que ela dissesse as únicas palavras que eu pretendia ouvir: «Fode-me outra vez!»
Desligámos o chuveiro, levei-a para o quarto e continuámos a foder. Meti-a de quatro, deixei-lhe o rabo todo vermelho só porque sim, sempre com a boca dela tapada só para lhe ouvir os gemidos e os gritos meio abafados.
Ela veio-se, uma, duas, três, quatro vezes. Eu nunca parei. Não quis parar. Queria que ela chorasse, e só iria parar quando isso acontecesse! À quinta vez viemo-nos em simultâneo. Tirei-lhe a mão da boca e as lágrimas de êxtase começaram a escorrer-lhe no rosto até que ela disse:
- Fode-me outra vez!
Não o fiz! Apenas lhe disse:
- Amanhã tens os papéis do divórcio para assinar e as tuas malas para arrumar. Irás sair e levar tudo o que quiseres, mas vais deixar a outra garrafa de whisky que os teus pais nos deram no casamento.

FIM

J. P. Silva

«conversa 2127» - bagaço amarelo

Ela - A minha vida sexual é muito melhor agora, que estou divorciada, do que quando era casada.
Eu - Não digas isso ao teu ex-marido.
Ela - Já disse.
Eu - Disseste?
Ela - Claro. Foi a primeira coisa que lhe disse. Ainda nem tinha levado nenhum gajo para a cama e já lhe tinha dito.
Eu - A que propósito?
Ela - Para lhe baixar a auto-estima, claro.
Eu - E acreditas que lhe baixaste mesmo a auto-estima?
Ela - Tenho a certeza. Os homens são tão totós que até dá dó.
Eu - Totós?!
Ela - Sim. Levas um gajo para cama e no fim dizes-lhe que ele foi o melhor de sempre. A auto-estima dele sobe em flecha imediatamente. O contrário também acontece...
Eu - Se ele acreditar...
Ela - Acredita sempre, por isso é que digo que os homens são uns totós. Uma mulher diz-lhes que eles são os melhores na cama e eles acreditam... (risos)
Eu - Mas mentes muitas vezes?
Ela - Minto sempre. Quando digo a um homem que ele foi o melhor na cama é sempre por pena. Normalmente é porque até é um gajo simpático e esforçado mas... pronto, coitado. Não dá mais...
Eu - As mulheres são todas assim?
Ela - Acredito que há muitas assim. Já alguma te disse que foste o melhor na cama?
Eu - Pois... euh... nem sei bem...
Ela - És um totó!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

tu és Pedro e esta pedra já se fez de Laranjeira

um pontapé à Bocage
uma caralhada a postos
um desassombro à ilharga
um poema sem maneiras
uma voz tão gutural quanto a ideia acendida
um Colombo em Portugal de próstata escafedida
era uma causa
outra causa
e três causas a voar
uma dele e outra dele
e outra mais a acompanhar
um destino
um desatino
a vida a fazer o pino
um Pedro e um Laranjeira
onde pedras e laranjas eram de certa maneira
um cúmplice em cumplicidades
um sacrista dos demónios
ânimo de erguer cidades
sem curar dos heterónimos
um grito rouco que valha
o fio de uma navalha
por ser a vida um truísmo
por dá-cá-aquela-palha
um cigarro natural como quem faz naturismo
um estar ocidental com muito de africanismo
era o Pedro e
afinal
se quisermos guardar dele o melhor que alguém queira
basta lembrá-lo entre nós como Pedro
o Laranjeira!

- Jorge Castro, em memória e homenagem a alguém com quem trocou palavras aos molhos sob a forma de poema, em sítios de desvarios e sempre que houvesse gente de ouvir e de valer a pena.

«Gay é o novo preto» - Ruim

Está na moda ter um amigo gay como era moda nos anos 90 ter um amigo preto: fica bem, dá para mostrar aos amigos que somos sensíveis, modernos e dá sempre jeito ter um à mão. Se antes ter um amigo preto dava uma espécie de sensação de conforto a atravessar bairros problemáticos e aquela paz de espírito cínica de "estão a ver sociedade? Eu não sou racista!", ter um amigo gay é como ter um Cartão Viva para tudo o que está na berra e não sabíamos. Andar com ele na rua é o mesmo que andar com um Golden Retriever de competição porque todos o acham o máximo, fazem festinhas e dizem:
"- Ai mas que bem tratadinho e lavadinho que ele está. Onde é que o arranjou para eu ir buscar um igual?"
Porém, o que me leva a escrever é a descontextualização do termo gay enquanto adjectivo. "Epa isso é bué gay" deixou de ter a carga pejorativa de antes e serve hoje em dia como um classificador ou como uma forma de rotular uma maneira de estar, agir e fazer. E não acho justo para com a nossa comunidade gay ser roubada da sua denominação ainda mais para ser confundida com outro rótulo de agir, pensar e fazer que é o paneleirismo. Mas qual é a diferença? - perguntas tu que estás hà tanto tempo no armário que pareces albino. Porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. E tudo isto está fora do âmbito de preferências sexuais porque quem come o quê e aonde só a cada um concerne. Uma pessoa pode andar a espatifar cricas como se não houvesse amanhã e ser a coisa mais gay que há memória a seguir aos leques de folhas de lótus, assim como se pode ser o tipo mais duro e rude e andar a engolir espadas de carne no Cirque du Sou Gay. O termo paneleiro e o termo gay enquanto adjectivos, apesar de partilharem a mesma génese ignorante usada para atingir outrém, seguiram caminhos diferentes. Duas expressões divas com rumos distintos sendo que uma actua na Broadway e a outra num casebre ali para as Olaias. Para nós, pessoas relativamente normais, é fácil distinguir quando aplicar o termo. Mas porque vivemos num país em que o simples uso de uma máquina de bilhetes da Transtejo causa aneurismas, arranjei uma parelha de testes que o retardado comum pode usar para saber a diferença entre ser gay e ser paneleiro sejam eles heterossexuais ou homossexuais.
TESTE 1
Num jantar em vossa casa entram os dois. Indiquem onde está a mesa já posta e observem.
PANELEIRO - "Olha eu tenho de me sentar numa cadeira onde não apanhe correntes de ar, “percebestes”? Porque ainda ontem fiquei apanhado aqui na minha lombar por não ter fechado bem uma janela lá em casa e estou a tomar Voltaren. E podes trazer uma almofada? Por uma questão de postura que li num artigo da Activa"
GAY - "Mas quem é que pôs a mesa? Filho… MASONDEÉQUEJÁSEVIU este padrão de toalha de mesa HO-RRO-RO-SO com aqueles pratos que mais parecem manjedouras? Vá tira isso e mostra-me o que tens mais porque que ver estas coisas até me dói a alma. E vamos fazer cisnes com os guardanapos que ainda há tempo antes de comer. E courgette cortada em rodelas simples? Mas o meu cu é algum mealheiro?”
TESTE 2
Vão ás compras com os dois, entrem numa loja de gravatas e peçam ajuda para escolher uma:
PANELEIRO – “Gravatas? Ai não credo, a minha mãe diz que pareço um boneco com elas mas eu evito usar porque me causa aqui um ardor no pescoço e depois tenho de pôr um creme senão fico todo irritado na pele. Mas olha porque não vais de laço? Ficas tão bem parecido”
GAY – (antes de vocês olharem já ele tem 8 gravatas no braço e já está a ensinar a tipa da loja como podia organizar melhor as vitrines)
“Diz-me lá vais ao quê, mulher? Entrevista de emprego, casamento ou funeral? É que tenho de saber isso para ver se dou o nó half-windsor, full-windsor, nicky, kelvin ou Saint Andrew. E vais usar aquele fato da H&M que tens? Duas palavras: NO-JEN-TO. Nada disso. Vou ligar ao Steffan ali da Venâncio’s na rua do Alecrim para tratar de ti, ok?”
TESTE 3
Levem os dois à FNAC e deixem as criaturas esvoaçar. Dez minutos depois vão ver deles:
PANELEIRO – está de phones nos ouvidos a ouvir Coldplay e a cantar mal as letras baixinho com ar de que deve dinheiro a alguém.
GAY – está a ouvir o ultimo da Beyoncé, a cantar as letras na perfeição e ainda faz uns passos de dança cagando de alto para quem está a olhar.
Basicamente é uma questão de atitude perante a vida e por isso quando alguém me diz que estou a ser gay no que estou a fazer eu respondo com “obrigado, pus bastante atenção nisto e ainda bem que reparaste”. Por outro lado se me chamam paneleiro pergunto se me estão a confundir com algum amigo gay deles. Confusos?
Estar confuso é coisa de paneleiro.
Comentários imaturos sobre a minha orientação sexual em 3,2,1…

Ruim
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