09 janeiro 2016

Homens, aprendam a cozinhar salsichas enroladas!

Postalinho de Bragança - 3

"Uma das figuras do Museu Ibérico da Máscara e do Traje".
Paulo M.


«Violência doméstica» - por Rui Felício

«A Venus Castigadora»
Leopold von Sacher-Masoch, Colecção As Eróticas,
Editora de Brasilia, 2000
Colecção de arte erótica «a funda São»
O Xavier era um miúdo irrequieto, ingénuo e, por causa da sua traquinice, era o bombo da festa na escola e em casa.
Fomos colegas na primeira classe da escola da Rua dos Combatentes.
Um dia, no recreio, contou-me a tareia que na noite anterior a mãe lhe tinha dado.
Só porque entrou no quarto dos pais sem bater à porta..
Furiosa, a mãe levantou-se, berrou-lhe que estava farta de o avisar para não entrar sem bater e pedir licença.
Baixou-lhe as calças e desancou-o com fortes palmadas no rabo. Até ainda tinha as marcas!

- A minha mãe é uma fera - choramingava o Xavier - E não foi só a mim que ela bateu. O meu pai também deve ter levado. Eu bem o vi com as calças em baixo.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Papa misto!


Calma, não sou nenhum bicho-papão. Mas tenho uma picha-papona.

Patife
@FF_Patife no Twitter

08 janeiro 2016

Max Švabinský - «Paradise Sonata IV. Early Spring», gravação em madeira, 80 x 53 cm, 1918



Via mon ami Bernard Perroud

«respostas a perguntas inexistentes (320)» - bagaço amarelo

como se alimenta um Amor

O Amor é um animal indomesticável. Todos sabemos disso e, às vezes, até agradecemos que ele seja assim. O problema é que ele só se alimenta de certezas, apesar de ser, ele próprio, uma incerteza.
Não tenho a certeza total do que digo. Sei que, no meu caso, foi assim que o alimentei toda a vida. Com certezas digo. Acordo de manhã, pego em todas as certezas que tenho e dou-lhas à boca. Até aqui tudo bem, não fosse ele às vezes perder a fome durante longos períodos de tempo ou, noutras ocasiões, morder-me à traição.
O Amor é um pouco assim, morde a mão que o alimenta.
Já tive um Amor, por exemplo, que só se alimentava dois ou três dias por semana. Nos outros dias preferia ficar em jejum. Dei-lhe um telefone para que ele me ligasse sempre que estivesse com fome, o que aconteceu durante alguns meses. Eu procurava os restos das minhas certezas para o alimentar, mas um dia deixou de me ligar. Fiquei sem ele e sem o telefone.
Por outro lado, tive outro que comia demais. Tinha tanta fome que um dia me mordeu os dedos. Fiquei a sangrar a acabei por abandoná-lo como se abandona outro animal qualquer. À sua sorte. Tive notícias dele algum tempo depois. Morreu.
Entre os dois tipos de Amor que já tive, no entanto, sempre preferi os esfomeados aos que entram em dieta constantemente, Mais vale uma ferida de vez em quando do que a solidão de um animal fugitivo. É por isso que às vezes pego nas certezas todas que tenho, cozinho-as como posso, e dou-as ao primeiro Amor que passa por mim.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Um dia, Meio Metro... um dia serás minha!» - Ruim




Ruim
no facebook

«Nave-gação» - Shut up, Cláudia!





no Facebook

05 janeiro 2016

«Parfois, mon corps me trahit» (por vezes, o meu corpo trai-me)


Parfois, mon corps me trahit: Tessa Kuragi / Marc Blackie / Benedict Edwards from SHOWstudio on Vimeo.

Sentido de inoportunidade

O que acontece quando uma modelo sai à rua sem calças?

Acontece que eu fico desesperado se não conseguir encontrar os óculos.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 21








Página pessoal
no Facebook
no Tumblr

«Chansons de salles de garde et d'ailleurs illustrées par RBK»

Antologia de canções francesas libertinas (devassas, licenciosas…) com ilustrações e pautas. Reedição de 1952 de um livro de 1928.
Já falei um pouco das «chansons paillardes» aqui.
Junta-se a outros livros e registos audio destas canções, tão típicas de França, na minha colecção.








Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

04 janeiro 2016

Colorado Denim - Estudos sobre a histeria


[ADS ► VIDEO] Colorado Denim I Studies on Hysteria from AGENCE REGARD on Vimeo.

«Ruído intenso» - João

"Se de nada mais pudesse avisar, diria que há ruído no canal. Que há poluição. Que nenhuma certeza existe senão aquela que vive dentro das nossas cabeças e que as palavras não traduzem, nunca, da forma ideal. Que aquilo que se diz, é distorcido, deturpado, que nunca controlamos nem sabemos das razões e intenções de quem carrega as cartas na entrega do correio, que a única maneira de se saber o que é e o que não é, a única maneira de saber porque razão as coisas são como são, é quando as almas se falam directamente, uma e outra, porque tudo o que circula nos entretantos do tempo, carrega poeira que mancha e desvia, enviesa e maltrata, e na dúvida, na dúvida o medo instala-se, na dúvida a zanga aumenta, o auto-engano singra, e tudo isso é de se combater. Se nada mais pudesse alertar, diria que tudo o que ultrapassa o um mais um, é demais."
João
Geografia das Curvas

Eusebi Planas - «Bocetos d’E. Planas», Barcelona, 1880-1890



Via mon ami Bernard Perroud

Génios também sofrem



Capinaremos.com

03 janeiro 2016

Postalinho de Lagos

"Porta sul da Igreja de São Sebastião e dois detalhes.
Para a tua colecção.
Beijo"
Daisy Moreirinhas




Guia ilustrado do sexo - 2


Guias do SEXO ilustrados - Lasciva from Lasciva Blog on Vimeo.

«respostas a perguntas inexistentes (319)» - bagaço amarelo

um pardal qualquer

Não sei se já vos aconteceu ter uma fortíssima relação Amorosa de apenas alguns dias, mesmo tendo consciência desde o início que ela não ia durar muito. Ela era finlandesa e eu português. Ambos estávamos a fazer uma viagem sozinhos pela Europa e, depois de uma tarde estendidos num mar de relva a beber cerveja, decidimos que podíamos ficar juntos cinco dias. Era esse o curto limite do nosso Amor, que mesmo assim acabou prematuramente.
Acabou numa esplanada em Itália, no segundo dia, quando ela me contou que tinha um amigo em Helsínquia que tinha espatifado o automóvel a desviar-se de um pássaro pequenino que se atravessara à sua frente, na estrada. Num esforço de última hora para não o matar, travou a fundo e despistou-se contra umas árvores quaisquer. Ela riu-se.

- Que estúpido! - disse - despistar-se por causa de um pequeno pássaro...

Por qualquer motivo não gostei daquele riso. Pareceu-me malévolo e, vindo de uma mulher tão bonita, ainda pior. Dei um gole na minha cerveja, que me lembro de estar a beber devagar por ser cara, e expliquei-lhe que ela tinha tecnicamente razão, mas demonstrava uma falta de entendimento emocional do seu próprio amigo.
Para mim, o mais provável é que ele não tenha pensado na equação que compara um pássaro ao valor de um automóvel, mas sim agido por impulso. Ao aperceber-se que ia matar o pássaro, travou a fundo sem pensar em mais nada. Por azar despistou-se. O riso dela era inadequado.

- E isso é bonito... - insisti - pode querer dizer que o teu amigo tem um fundo bom...

Eu sabia que, ao emitir a minha opinião, estava a pôr em risco cinco dias inesquecíveis. Por isso mesmo, assim que vi o olhar dela arrependi-me imediatamente, mas era tarde demais. Acusou-me de usar pouco o meu cérebro e de ver a vida como se fosse um filme. Levantou-se e partiu sem se despedir. Fiquei um bocado triste. Afinal de contas, por causa de uma espécie de pardal perdido na Finlândia, a muitos quilómetros de distância, não tive sexo nessas férias.
Por coincidência, acabei por reencontrá-la mais tarde e, apesar de apenas termos conversado, permiti-me dizer-lhe que o nosso Amor tinha acabado cedo de mais e de forma abrupta. Para meu espanto, ela respondeu-me com o que considero ter sido uma resposta equilibrada entre a razão e a emoção.

- Um Amor só pode acabar tarde demais ou cedo demais. Nunca acaba no momento certo. Se acabar, então não era Amor.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI dos blues


Maitena - Condição feminina 7



02 janeiro 2016

Homens, aprendam a preparar uma pizza


PIZZA PLEASURE - some VERY naughty kitchen fun from FrolicMe Films on Vimeo.

Conto? Conto!

Tenho uma fraqueza forte por contos eróticos.
Minha imaginação chega aos mais delirantes e longos orgasmos. 
Repetidas vezes.
Mas contos são mais intrigantes... e interessantes
Quando são nossas as experiências
Que ditam nossos mais escondidos desejos, 
Fetiches e fantasias.
Meus contos são reais,
Acontecem de forma natural e habitual.
Sei bem o incontável número de orgasmos a que cheguei.
Basta-me fechar os olhos, sem ruídos, 
Ambiente à meia luz, 
E logo pensamentos eróticos povoam minha mente, 
Chego mesmo a sentir o cheiro dos hormônios misturados, 
Teu e meu.
Quando me descreves como me desejas "comer"
(sim, prefiro palavras vulgares
nesses momentos de puro prazer), 
Como irás me despir,
Prontamente a vagina lateja, 
Pulsa de forma incontrolável, 
E o sorriso safado logo se fixa em meus lábios, 
Desejosos de serem logo beijados. 
Aqueles beijos molhados, 
Em cuja boca é outro Ponto G.
E, quando em movimentos sôfregos,
Teus dedos me percorrem e me fazem tremer, 
Peço-te entre sussurros que não pares, 
Continua! Me faças gemer.
Como agora, ao te contar este conto, 
O orgasmo, avisando-me, que já vai acontecer.
Que tesão é este que toma todo meu corpo?
Não te demores ou corres o risco de, ao chegares, 
Eu ter gozado muitas vezes, 
À espera do que irás comigo fazer.
Sabes bem que isso não acaba e muito me agrada,
Que faças amor comigo, noite adentro até madrugada.
Então, liberta de tabus que intimidam, 
Dou-me toda para ti, em gemidos.
Vem, que em teu ouvido detalho-te
Como desejo que me invadas, 
Suave e forte, quando eu te pedir. 
Toca devagar e longamente qualquer parte minha, 
Esse corpo que se entrega quando estás em mim. 
Acaricia meu seio desnudo; 
Usa a tua língua, ávida, 
Para tocar nos bicos enrijecidos, 
O delírio do prazer, que só tu sabes como provocar.
Agora, paro de contar-te o que já sabes. 
Anda, fica em mim... vamos amar.




Chama Mamãe

«O piano e a mulher» - por Rui Felício

«Auge e Música Nua»
Livro de poesia
Carlos Moura, editora EPAL, 2000
Colecção de arte erótica «a funda São»




Das teclas de um piano, como do corpo de uma mulher, se podem extrair as mais belas harmonias.
Rossini, percorria a escala delicadamente com os seus dedos esguios, com leveza e suavidade.
Wagner, ao contrário, pisava as teclas com brusquidão harmoniosa, tumultuosa, quase brutal.
Transpor a metáfora para o corpo da mulher, o ideal seria encontrar um homem com os predicados conjuntos de um Rossini, na fase inicial e de um Wagner no culminar da apoteose.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Camões Patife

De embate em embate todo eu suo
Dou-lhes o mundo inteiro numa pinada
Quedam-se sem pensar em mais nada
Ao serem possuídas como só eu possuo


Patife
@FF_Patife no Twitter

O Patife está mesmo a pedi-las... e a malta ode-o:

Mamãe:
"Patife Bocage
Tens é muita boca,
Mas pouco ou nada me aparentas
Que só falas
Mas não... ages."

João Barreto:
"Só suas porque o pau não levantas
Do teu esforço jamais resultou nada.
De pensar em ti, riem à gargalhada
e se teimas e persistes, só as espantas."

01 janeiro 2016

O fato de banho do Borat só não fica bem aos gajos!


Charlotte Devaney - Nice Music Video from Perception Creative on Vimeo.

O OrCa e a Mamãe odem o Ano Novo

dar uma como quem pode
outra mais se justifica
mas dar sempre numa ode
quem pode e não sacrifica

e já agora não sozinho
que sozinho anda o cometa
não se meta pois no ninho
sozinho... que é uma treta

vá com dois com três com mais
vá com Deus ou co'o Diabo
se gostar com animais
mas vá sempre ao fim e ao cabo...


Se cometa anda sozinho
Não cometas, tu, o desatino
De achar que numa ode
Pode sempre dois, três...
Quem pode?
Inda sou mais só eu contigo.
Para além dos limites das paredes,
Nem me importa com quem... phodes!

«conversa 2140» - bagaço amarelo




Ela - Adorei aquele filme que me emprestaste.
Eu - Qual foi? Já nem me lembro...
Ela - Também não me lembro do nome...
Eu - E do realizador?
Ela - Não sei...
Eu - E a história?
Ela - Também não me lembro...
Eu - Adoraste mesmo?
Ela - Para ser sincera, ainda nem o vi.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«Bota aí!» - Ruim

Vou chegar a casa dela a sorrir. Bem disposto. Levo aqui um saquinho com ingredientes, vou pôr cagança no tacho e meter aqueles olhos lindos a brilhar. Qual é o andar dela? 2° qualquer cenas. Toco. Ela abre. Subo impaciente para a ver, a saudade aperta ainda mais este sufoco de toda a antecipação de uma noite.
Ela abre a porta. Lindíssima. Cabelo de quem tomou banho ainda há pouco e os olhos. Aqueles olhos.
Paramos no tempo a olhar um para o outro, ela lado dentro e eu do de fora. Mordo o lábio, mando casaco para o chão e lanço-me contra ela, pego-a ao colo e jogo-nos contra a parede agarrando-a na cabeça para ela não se magoar. Ela morde-me o pescoço, eu os lábios dela. De lábios colados vamos tirando a roupa pelo caminho até ao quarto, camisa salta, t-shirt voa, deixando um rasto de paixão, desejo e luxúria pelo corredor. Ela deita-se na cama a olhar para mim e eu olho para o pés e penso "merda... tou com estas botas".
- "Espera... isto demora a descalçar..."
- "Han?"
- "As botas. São novas e custam a calçar e a descalçar... Porra. Cortei as unhas ontem. Não tenho unhas. Podes-me ajudar?"
(bufo de impaciência dela)
- "Mas que raio de nó é este?? Espera deita-te na cama"
- "Tás a fazer mal. Primeiro alargas os de baixo e depois..."
- "NÃO PEDISTE AJUDA? ENTÃO ESPERA"
- "Ok... calma. Vou fazer força com uma das botas no calcanhar da outra"
- "Faz força. Isso.... MAIS FORÇA"
- "Não grites comigo, isto não é um parto"
(puff... sai uma bota)
- "Ok. Beija-me"
- "Espera, vamos tirar a outra"
(ela puxa com toda a força)
- "Porra, mas isto tá colado aos teus pés?"
- "EU TENHO PÉS LARGOS, OK?"
- "Espera está quase..."
- "FAZ FORÇAAAAAAAAA"
- "ESTOU A FAAAAAAAZER!!!"
(puff... outra bota sai)
Ficamos a olhar um para o outro.
- "Bom... se calhar era melhor ir fazer o jantar..."
- "Yep..."
Botas da castidade

Ruim
no facebook

«Pauliteiros» - Shut up, Cláudia!





no Facebook