07 dezembro 2011

Prazer em conhecer

Descobre-me.
Com os olhos que me perscrutam como se quisessem ler-me a alma enquanto buscam no meu corpo os argumentos que expliquem esse brilho diferente que lhes confere a tentação. E não temas utilizar o coração nessa sondagem daquilo que te inspira tudo o resto que me faz ser o eleito, neste curto lapso de tempo, a ambicionar escrever a direito pelas linhas curvas que a tua sombra desenha na parede por detrás.
Mostra-me que és capaz de decifrar tudo aquilo que tenho para dar, nas entrelinhas das minhas palavras ou na realidade impossível de esconder por detrás deste olhar que te acaricia e tenta envolver como se os olhares tivessem mãos.
Toca-me.
Como se a minha pele fosse a tua, a verdade toda nua da promessa que não te fiz mas tomaste por garantida, a tesão noutra parte de mim, despida pela tua vontade de sentir depressa tudo aquilo que te antecipou a imaginação enquanto me degustavas em simultâneo com cada sabor que essa boca tão exigente te proporcionou, do outro lado de uma mesa de madeira que não criou mais do que uma distância artificial e temporária.
A força da atracção sublimada em cada reacção aos estímulos que nos lançamos enquanto parece que dançamos em perfeita sintonia na cama onde o ritmo se marca com o som de duas respirações.
Sorve-me.
Como se a eternidade deste momento só fosse possível de assegurar pela osmose que resulta do prazer a fluir pelas partes dos corpos que nos oferecemos à dádiva das sensações, as bocas convertidas em alçapões para a entrada de pequenos pedaços de nós nos jardins secretos onde a magia se produz.
Tudo aquilo a que se reduz, simplificada, a essência de uma pessoa apaixonada ou apenas rendida a um apelo superior quando se entrega sem nada a perder, garantida a confiança que antes se construiu, passo a passo, desde o primeiro instante em que se descobriu no outro tudo aquilo que nos arrasta sem travão pela auto-estrada da emoção que absorvemos aqui.
E agora conduz-me estrada fora até ao ponto mais distante que alcanço no horizonte com o olhar, onde a terra parece beijar este céu que o teu corpo me apresentou.

Fruta 46 - tirar as medidas

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Falta uma com a mão atrás

Um coco pode ser o melhor amigo do homem

06 dezembro 2011

Eva portuguesa - «Preocupo-me»

"Sei que a maior parte das pessoas considera as meninas que fazem o que eu faço como seres inferiores; mulheres «fáceis» que se vendem por tão pouco... uma vida de luxos, bebida, roupas, drogas... Mulheres perdidas sem valor nem valores!...
Errado!
Não posso falar por mais ninguém, nem sequer me procuro justificar ou enaltecer; mas preocupo-me...
Não com o que os outros dizem mas com o que penso e sinto de mim mesma...
Preocupo-me que um dia já não saiba viver sem isto... ou ter uma profissão dita «normal»...
Preocupo-me se engordo, envelheço, fico feia ou pouco apetecível e já não consigo ser suficientemente atractiva para me procurarem...
Preocupo-me porque esta é a minha fonte de rendimentos e, contrariamente ao que se diz, não dá para enriquecer nem levar uma vida de luxos...
Preocupo-me porque até aqui se sente a crise em que o país se continua a afundar. Como diz uma colega minha, bem mais sabida nestas artes, «a crise é tal que as mulheres não têm dinheiro para ir ao cabeleireiro, nem os homens às putas!»...
E o negócio está mau... muito mau mesmo!...
E, por incrível que pareça, até a fazer isto ando preocupada que o dinheiro não chegue para pagar a renda das duas casas (sim, porque onde se vive não se trabalha), a prestação do carro, o colégio do pequenito...
E preocupa-me ainda mais ter que me preocupar com isto, pois uma Acompanhante de Luxo deveria ter uma vida de luxo... e não correr o risco de criar rugas de preocupação vendo as horas passar e o telefone sem tocar...
Horas de incerteza, ansiedade e solidão em que me pergunto: «Que raio faço eu aqui?!»
Bom... espero pelos homens...
Os homens que me dão esperança, atenção, alguns até carinho e respeito; outros até amizade; e outros ainda prazer...
Mas todos eles, sem excepção, me dão a certeza de ser desejada e desejável; de os merecer, de me merecerem...
E todos eles me dão felicidade através das suas ofertas, que me permitem ao anoitecer saber que, pelo menos por hoje, não preciso de me preocupar..."
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

looking for some hot stuff

mas sempre em modo *fazer atenção*. está tudo explicado aqui:

O beijo trazido

Trago o beijo - ainda -
no colo azul de uma silenciosa
noite de Primavera.
Trago-o semi despido,
insípido,
mas com as cores
do meu sonho.
Trago-o - agora -
já nu, inodoro,
mas com a música
das minhas vidas.
Trago o beijo - ainda -
engolido como água,
sobre o que resta
do incêndio que imaginei:
não sei apagá-lo.

Poesia de Paula Raposo

O 16º Encontra-a-Funda e o cu da Guarda


Lá fomos numa gloriosa jornada de luta às festas da Santa Bebiana, em Caria.
Além do muito que nos divertimos, ainda tive direito a uma prendinha do Katano: o cu da Sé da Guarda, do artista Daniel Martins, de que o Katano já nos tinha falado aqui.



Aqui está ele... a partir de agora também virado para... a minha colecção:



A frase, em volta da base, é "Ah, muito me tarda o meu cu na Guarda!" e foi adaptada, pelo artista, de uma canção de amigo atribuída a D. Sancho I:

"Ai eu coitada! Como vivo
en gran cuidado por meu amigo
que ei alongado! Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!

Ai eu coitada! Como vivo
en gran desejo por meu amigo
que tarda e non vejo! Muito me tarda
o meu amigo na Guarda!"

05 dezembro 2011

Cenas cortadas de filmes antigos



A Tereza Lamy encontrou esta curta-metragem feita para a edição de 2007 do Festival de 72 horas de Cinema em Frederick, Maryland (EUA).
Todas as cenas utilizadas foram encontradas em pedaços de filme de 35mm encontrados num antigo teatro algures na Pensilvânia.
O projeccionista terá cortado essas cenas tendo em conta os padrões morais da época.
O realizador pergunta: «Será que as nossas formas actuais de censura parecerão assim tão ridículas às gerações futuras?»

Frases do Ricardo Esteves - as calças do Ken



O Ricardo Esteves está no Facebook, no YouTube, no blog Quotidiano Hoje e no Tumblr

Fruta 45 - delícia do mar

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[Foto: netotal, 2011, João Nuno Silva]

Já há muito que não via um anúncio deste tipo na internet a que achasse especial piada

04 dezembro 2011

Relógio de parede - «a melhor hora do dia»

Um dos vários relógios da minha colecção.

«Numa tarde de Verão» - por Rui Felício


Dona de um par de olhos amendoados, doces como mel, e de uma silhueta escultural no viço da juventude, a Telma morava na Rua da Guiné. Quedava-se longo tempo na varanda do 1º andar da sua casa, apoiada nos cotovelos, as mãos no rosto bonito, ligeiramente inclinada para a frente, olhando a rua.
Deixava antever uma nesga do colo alvo, meio encoberto pela blusa de tecido fino, sedoso, que lhe protegia as duas perfeitas colinas dos seus seios, plantadas na planície ondulada do corpo elegante.
Por entre as frinchas retorcidas dos prumos de ferro forjado da varanda, entreviam-se até aos joelhos, as pernas firmes, que algum artista divino devia ter esculpido e burilado em momento de excepcional inspiração, aconchegadas pela saia que um golpe de vento de vez em quando destapava.
Retribuía com um sorriso disfarçado, os olhares gulosos dos jovens que por ali passavam para a ver.
O João, era de todos o mais afoito. Não resistia aos encantos da Telma e já não conseguia disfarçar a atracção fatal que ela exercia sobre ele. Amiúde circulava por ali, tocando a campainha da bicicleta para lhe chamar a atenção, sorrindo-lhe e acenando um adeus enquanto acelerava rua abaixo.
Numa dessas vezes, sem nunca desviar o olhar da sua amada, montado na veloz bicicleta, galgou o passeio e foi embater fragorosamente no poste de iluminação que ficava em frente à casa dela. Combalido, o João levantou-se, tentou endireitar a roda da frente feita num oito e foi-se afastando a coxear.
Envergonhado, ainda ouviu a Telma dizer-lhe, lá de cima, a rir:
- Já és o terceiro, hoje, que se estampa nesse poste! Mas os outros dois vinham a pé...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações

«Dream Massage» - Stefano Antonio Serra

"Ogni manovra, ogni piccolo gesto, viene dettato dal cuore e dallo spirito, nel rispetto e nell'amore del corpo altrui"

Nem sei o que é melhor: a massagem de sonho em si mesma, ou a italiana Vozoff (deve ser de ascendência russa)...

A primeira vez... a três...

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02 dezembro 2011

Voluptatis - Taxi Ride


Olá amigos,

Se andam à procura de adrenalina, temos a experiência certa!
Estão preparados para uma grande dose de ousadia? Serão conduzidos pelas ruas de Lisboa, à noite, num tradicional taxi português. Tudo o que decidirem fazer no banco de trás… bem, isso será da vossa responsabilidade. Mas garantimos que o condutor não se importará nem interferirá. Será inesquecível!
Vamos dar uma volta? ;)

Para saberem todos os pormenores acerca desta experiência contactem-nos em: info.voluptatis@gmail.com

Ficamos à vossa espera! Atrevem-se? ;)

A Sanduiche

– Que ar é esse?
– Que ar?
– Esse, essa espécie de aparvalhado contentamento deslumbrado.
– Nem queiras saber.
– Apareceu comprador para a casa?
– Não.
– Arranjaste uma casa para te mudares?
– Não.
– Sabes o que eu acho?
– Não.
– Acho que as pessoas quando se divorciam devem mudar-se logo.
– É capaz. Mas por mim está tudo bem.
– Tudo numa boa?
– Na maior.
– Estiveste a fumar alguma coisa ou quê?
– Achas?!
– Sei lá, essa espécie de aparvalhado contentamento deslumbrado não é normal.
– A minha tarde não foi normal, se calhar é por isso.
– Não deve ter sido… Não deve ter sido nada normal, não. Mas, se queres saber, isso não me interessa nada! Vou jantar.
– Se queres saber…
– Não quero…
– Hoje fiz uma sanduíche!
– Boa!... Eu fiz sopa.
– Ah! Não… Não foi uma sanduíche dessas.
– Não?! Então foi de quais?
– Das outras.
– Quais outras?
– Daquelas… Tu sabes: uma sanduíche! Uma san-duí-che, estás a ver?
– Não devo estar, porque o que eu vejo não justifica esse aparvalhado contentamento.
– Uma sanduíche humana, bolas!
– Com pessoas?
– Sim, com duas pessoas, ou melhor, com duas mulheres!
– Ah!
– E a tua sopa?
– A minha sopa?!
– Sim, a sopa que fizeste é de quê?
– Vens me dizer que estiveste a fazer uma sanduíche e agora queres saber do que é a sopa que eu fiz?
– Sim. Um homem não vive só de sanduíches.
– Estou a ver. Ou melhor, não estou, nem quero ver nada!
– Tu é que perguntaste.
– Pois fui mas depois disse-te que não queria saber.
– Foi… E, afinal, a sopa é de quê?
– De legumes.
– Ah… De legumes… hmmm…
– E, na sanduíche, tu eras exactamente o quê? Uma desenxabida fatia de fiambre de peru magro fora do frigorifico há três dias?
– Qual peru, qual carapuça!... Eu era a carne! Carrrrne!
– E elas eram o pão?
– Sim, supostamente. Se era uma sanduíche.
– E foi em carcaça?
– Foi em carcaça, o quê?
– A sanduíche. Foi em carcaça ou em pão caseiro?
– Não estou a perceber… Não era pão! Não era uma sanduíche de pão.
– Sim, eu sei. Já me disseste, foste tu e duas mulheres. Tu eras a carne e elas eram o pão. Uma espécie de bifana.
– Sim.
– No prato?
– No prato?!
– Bolas! Se a bifana foi servida num prato, foi?
– Não era uma bifana…
– Ou uma sanduíche, é o mesmo. Foi no prato?
– Mas não era uma sanduíche, não havia prato. Éramos nós três.
– Tu e duas mulheres?
– Sim…
– Deitados?
– Ah!... Também… Porquê, no prato era se estávamos deitados?
– Era. Tu eras a carne e tinhas uma fatia de pão por baixo e outra por cima?
– Tinha!
– Coitada da fatia de baixo.
– Coitada?!
– Sim, ter de gramar contigo em cima e ainda com uma fatia de pão por cima a fazer mais peso… Que pouca sorte.
– Ah! Não, quando estivemos deitados foi de lado.
– Tipo cachorro…
– Quente!
– Pão, tu e pão.
– Pois.
– Pelo menos tinhas as costas aconchegadinhas…
– Achas que eu me importava com isso!?
– Sei lá, nunca fiz uma sanduíche. E empurrava-te?
– Quem é que me empurrava?
– A fatia de trás.
– Se me empurrava?
– Sim, contra a fatia da frente. Empurrava?
– Se calhar… Acho que sim… Esfregava-se, pelo menos.
– A fatia de trás esfregava-se em ti e tu esfregavas-te na fatia da frente.
– Sim… Mas isso dito assim…
– Como?
– Nada. Não interessa… Esquece a sanduíche.
– É o que eu mais desejo!
– Ainda há sopa?
– Se eu ainda tenho da sopa que fiz?
– Sim. Há?
– Tens.
– Tenho?
– Não. Não é “Há?”, é “tens?”. A sopa é minha, não é nossa.
– Era só uma forma de dizer.
– Acredito, mas não é a forma correcta.
– Ainda tens sopa?
– Tenho.
– Posso comer uma tigelinha?
– O quê?
– Se posso comer uma tigela de sopa.
– Podes, por mim podes. Podes comer as tigelas que quiseres! Podes mesmo comeres todas as tigelas que conseguires do armário da esquerda! Essas são todas tuas!

Fruta 44 - banhoca tão boa!

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[Foto: Paulo Madeira, 2007, um banho de prata]

Tudo depende de como você educa seu filho

Apesar que hoje eles perguntam para o google.



Imagina quando ele coçar a mão do pai com o dedo do meio.

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30 novembro 2011

Vício de boca

Agradeço à tua boca os sorrisos que me oferece quando explode no teu rosto a beleza de uma luz natural como a que apenas o sol é capaz de produzir.
Agradeço-lhe também o som da respiração que escuto quando a noite acalma no nosso leito e adormeces no meu peito com uma expressão de felicidade em que pareces sorrir.

Agradeço à tua boca os lábios com que me toca sem nojos ou fronteiras a pele que não consigo despir, a única que possuo, e te agradece, enquanto te vejo dormir, os mimos generosos e os beijos tão gulosos que me viciam na doçura e me suscitam a ternura que depois convertemos em tentação, trabalho de equipa, e abraçamos a emoção mais intensa, a tua boca na minha e eu dentro de ti com a alma e o coração mais o corpo que te agradece a dádiva de tanto prazer.

Agradeço-lhe também as palavras que não ficam por dizer, essa língua genuína que se mostra tão traquina e se revela de igual modo perfeita em qualquer tipo de utilização.
O amor que se faz, empenhado, o mesmo amor que quando falado não desmente no que diz aquilo que a prática da tua boca teorizou e depois me provou como um apetitoso manjar.

Agradeço à tua boca o degustar do homem que sou, pelo amor próprio que esse teu prazer não disfarçado alimenta. A tua boca que me sustenta capaz de acreditar que vale a pena saber amar o todo e retribui-lo pelas partes de cada pormenor que te distingue da multidão.

Agradeço-lhe a distinção que me concedeu de poder tocar o céu.

Nessa tua boca divina, onde posso voar sem fim quando acolhes qualquer ponto de mim como um anjo numa nuvem envolve com as asas, ao som de uma harpa celestial, o espírito recém-chegado de um corpo abandonado porque entregue sem reservas ao mais supremo prazer.

E a minha boca a agradecer, com beijos e palavras que te dou, este sabor que se instalou em definitivo no palato onde convivo a todo o tempo com o teu gosto que me satisfaz, especiaria.

O picante abrasador dessa boca minha amante no calor de uma fantasia onde o teu sorriso sensual preenche as imagens mais arrojadas e as palavras atrevidas escritas sem cessar na expressão do meu olhar e proferidas pela tua boca que contemplo enquanto te permito dormir.

Até que te toco, irreprimível, e explode outra vez no meu rosto a luz incandescente que produz o teu sorridente despertar.
E eu agradeço nesse instante em que a tua boca dança no meu ventre ao ritmo de um poema beijado que o meu corpo apaixonado já não dispensa recitar.

O árbitro não viu esta mão claríssima...

... mas os comentadores da televisão não deixaram passar!

Fruta 43 - quem dera ser bolso

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Angela Merkel: «O dinheirro, não... a disziplina!»

Melhor sensação do mundo

Elas não curtem muito, mas fazer o quê, né?...





Calma tia, uma hora ele aprende.

Capinaremos.com

29 novembro 2011

Eva portuguesa - «Porquê...»

"Pergunto-me por vezes porque me procuram vocês. Porquê eu e não outra?! Mais nova, mais magra, mais bonita, mais barata... Porquê pagar, quando se pode ter de graça?...
Muitas vezes até me pergunto porque faço eu isto... sim, eu sei... o dinheiro... mas em que ponto da minha vida se deu a reviravolta mental de procurar o meu sustento desta forma? Que processo se deu no meu íntimo para aceitar esta venda, a venda do meu corpo?
A maior parte das vezes deixo que estas perguntas se desvaneçam da mesma forma que chegam: sem anúncio ou aviso... fazendo aquilo que faço, julgo não me poder dar ao luxo de ter um «brain storming»... A ignorância é uma bênção, lá dizem os mais velhos...
E então adormeço as dúvidas, as «discussões» do intelecto com a alma... porque é mais fácil... porque não há ninguém de confiança a quem isto possa interessar, ou que seja merecedor do depósito das minhas incertezas...
E assim agarro-me à certeza palpável e confortável da segurança material, também ela efémera, eu sei, mas para já a única que tenho...
Remeti-me eu própria, talvez numa tentativa inconsciente de me penitenciar, ou numa necessidade profunda de me proteger, a um mundo de celibato emocional e amoroso, quebrado apenas (e tão gratificantemente) pela vozinha do meu filhote quando adormece abraçado a mim e me sussurra «adoro-te, mamã!».
E nestes momentos mágicos sinto que tudo vale a pena; o adormecimento do meu intelecto, o sonegar da minha essência; a oferta do meu corpo...
E sinto-me completa, feliz e realizada, pois nesse momento de profundo amor e intimidade encontro o propósito para a minha vida e para tudo o que faço!...
E assim, de consciência tranquila e coração livre, percebo que tenho que agradecer a todos vós por premitirem que isto aconteça... porque sem vós e sem a vossa procura, este amor não seria tão real. Vocês tornam-no real de cada vez que me visitam!
Por isso peço que o continuem a fazer e agradeço-vos por isso!Porque, mesmo indirectamente, são vocês que permitem que a paz, a segurança, o amor e a felicidade sejam uma realidade para mim. Abençoados sejam por isso!..."
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Diz-lhe com gestos

Possibilidade

Esse poderia ser o nosso caminho
- que sei eu sobre isso? -
perdermo-nos na mesma linha,
olharmo-nos com o mesmo olhar
- que sabemos? -,
sentirmos a igual dor,
rirmo-nos da loucura,
estarmos lado a lado
e voltarmos à mesma casa:
é uma possibilidade.
Sonhar o sonho do tempo.
Quando o tempo for nosso
- um dia destes -
e a nós pertencer
a mesma voz possível
do regresso.
- Esse será o nosso caminho.

Poesia de Paula Raposo

Xadrez erótico

A minha colecção não estava completa sem ter, no meio de tantos jogos que por lá há, um jogo de xadrez.
Este é feito em Inglaterra, por uma senhora muito criativa. Mas veio de Itália, onde o consegui comprar mais barato!
O conjunto não inclui o tabuleiro, o que me dá a oportunidade de criar para estas 32 peças um tabuleiro em que já pensei há muitos anos e que finalmente vai ter uma honrosa aplicação. Só preciso de encontrar alguém com jeito para a carpintaria...
A minha peça preferida é o bispo. Reparem bem na segunda foto...






27 novembro 2011

Como nasce um dildo em vidro - do fogo para... o fogo

Quando ele chegar

Fixa o olhar no sol que começa a rasgar a escuridão com garras afiadas de luz.
Grita o teu desafio e deixa que o vento transporte esse grito até onde saibas que existe alguém capaz de o ouvir.
Podes até rugir o teu reinado, vossa alteza, nesse pico elevado de onde exiges contemplar, tanta beleza, um mundo inteiro para reinares no teu interior.
Recebe a brisa no rosto como um beijo e entrega-te a um desejo a que te saibas incapaz de resistir. Não admitas fugir dessa paixão que te enlaça, enfrenta a ameaça ciente de que será tua a vitória final.
Abandona o preconceito, decisão fundamental, e desnuda esse peito vulcão no momento em que os teus pés já não tocam o chão, à beira do abismo, pendurada pelo abraço que te protege do medo. Do frio.

Depois abre as tuas asas e salta no vazio.

Reparem nos cigarros do cinzeiro à direita... à direita!...

Sangue quente

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