11 dezembro 2017

The Brazzers - «Muffstache Comb»

Brazzers, uma das maiores produtoras porno do mundo, lançou em Novembro uma campanha de saúde masculina com o actor porno Charles Dera, em que os doadores podem receber um pequeno e divertido mimo: um pente para bigode, baptizado de "Muffstache".




«Sobre o homem "bem" homem!» - Cláudia de Marchi

Durante anos eu fui uma mulher "difícil" de ser cativada e fã de homens mais velhos. Gostava da sua segurança, do fato de serem astutos e mais experientes. Minha porção ego se enaltecia, pois eu me sentia bem tratada, cuidada, zelada.
Coisas que Freud explica. Todavia, eu era uma jovem mimada e bastante arrogante: me achava madura e, inocentemente, acreditava que nos homens mais velhos eu encontraria maturidade.
Como acertadamente disse Shakespeare, a maturidade tem mais a ver com o que aprendemos com nossas vivências do que com o número de anos vividos. Ou seja, idade, em si, não significa muita coisa.
Fato é que, além de mais velhos, por muito tempo eu me relacionei com homens machistas. Aqueles que não sabiam sequer fazer sexo oral, que dividiam o mundo em "mulher pra casar e mulher pra transar". Aliás, seguidamente penso que eles namoravam comigo, mais jovem, e que procuravam mulheres mais novinhas, para poderem exibir para os amigos e porque as mesmas jamais olhariam na cara deles e diriam: "manda outra, porque essa foda foi péssima". A mulher para os quarentões egocêntricos devem ser inexperientes, né?! Para aceitar namorar e até casar com uma "Veraneio" achando que é Land Rover, tem que ser inexperiente ao quadrado elevado à décima potência.
Eu, então, jovem, insegura, porém, "cheia de mim" me enaltecia por ser "diferente das outras", daquelas que saiam se divertir nas baladas que eu sempre tive ojeriza e viviam sua sexualidade com quem lhes interessasse.
Não que, de coração e atualmente eu admire este proceder. Acho que essa história de sair e transar com estranhos sem ao menos ter tido deles alguns bons jantares e galanteios é "facilitação" demais para a raça masculina que, costuma ser bastante narcisista. Pessoalmente, eu sempre achei a paquera e o flerte essenciais, se depois deles e do sexo não virar um romance sério é só nunca mais falar com o cara, mas nunca aceitar-se como "escoro" e transa gratuita.
Todavia, em que pese esquerdista e anti-religiosa desde os 10 anos (quando comecei a ler História), o feminismo eu conquistei ao longo da vida e de experiências bem vividas. Eu me tornei mulher, não nasci mulher, como diria a grande Simone de Beauvoir.
Logo, esses papos-cueca-suja estilo "mulher pra casar tem que ser mais nova que a gente, tem que ter transado com poucos homens, ser abstêmia, recatada e inexperiente" me soam cômicos e abjetos! Aliás, soam até autobiográficos, porque eu casei com um cara que nunca fez sexo oral em mim e nunca gozou na minha boca! Sim, nunca gozou na minha boca! E eu, tola, nunca pedi, nunca perguntei. Apaixonadinha, nova, besta, enfim, tinha medo de ser mal julgada.
Todavia, homem que é homem não se importa com o passado sexual da mulher, ele se contenta em ser o melhor, o que vai foder uma noite inteira, faze-la gritar, gemer, se revirar do avesso! Homem que é bem homem quer ser, enquanto durar, o ponto final que vai fazer a sua mulher estar sempre com o pé no acelerador! (Onde encontrará potência, diga-se de passagem!).
Enfim, pesquisas feitas por mim informam: não há macho mais sexualmente inapto do que o machista moralista. Aquele que se diverte na zona, que acha que prostituta, garota de programa ou acompanhante de luxo não merecem o mesmo respeito que suas esposas que, por sua vez, eles não conseguem nem fazer gozar intensamente!
Feliz sou eu atualmente que recebo sexo oral e carinhos deliciosos de cada cliente que atendo, que sou bem tratada, respeitada e cuidada como nenhum "amor" que eu tive soube fazer. Nada como a certeza de não ter a palavra "amor" utilizada como codinome de sexo gratuito, acomodado e entediante.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

«Dandara» - Rubros Versos


Tiago Silva

10 dezembro 2017

«coisas que fascinam (206)» - bagaço amarelo

Na literatura e nas canções sobre o Amor desprezamos a vida. Aquela de todos os dias, em que fazemos compras para o jantar, pomos gasolina no carro, pagamos a conta do gás e sentamo-nos derrotados no sofá da sala a ver um programa estúpido na televisão.
Talvez não saibamos do que falamos quando falamos de Amor e por isso só nos venha à cabeça estrelas brilhantes no céu, paisagens exuberantes, o luar no seu máximo expoente e emoções vivas e extremadas.
Temos tendência a imaginar o Amor num mundo que não existe para além do nosso desejo e da nossa imaginação. Às vezes, talvez por isso, temos até dificuldade em encaixá-lo no nosso. É verdade que se falamos de Amor numa praia deserta e no calor da noite, tendo por testemunha apenas a luz da Lua, podemos acabar num abraço e num beijo doces. É legítimo e sabe bem. Mas o beijo e o abraço mais importantes são aqueles que surgem ao fim da tarde e nos fazem acreditar que, apesar do dia de merda que tivemos, vale a pena viver.
Ninguém deve Amar ninguém apenas por necessidade, mas se o Amor serve para alguma coisa, digo eu que é capaz de ser para isso.
Se eu tivesse o direito de sugerir alguma coisa a todos os Amantes do mundo, sugeria que não se Amassem apenas quando estão de férias numa ilha paradisíaca, mas também e principalmente encalhados na fila do trânsito.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Saltar à corda



Fez-me relembrar (para muito melhor) este anúncio com a Marisa Cruz, no lançamento da revista Maxim...

Ó Ana!



HenriCartoon

Digital


Contam-se pelos dedos das mãos os homens interessados em preliminares e o Senhor Doutor saberá isso melhor que eu com tudo o que ouve aqui no consultório. Os mais velhos por mor de se terem iniciado no sexo com putas e isso não constar no cardápio e os mais novos, acossados com a máxima da rapidez que não há tempo a perder  só querem saber é de pôr logo uma gaja de quatro e despejar tudo no menor tempo possível.

Daí o meu espanto quando percebi que o Sting dos preliminares colocava tanta dedicação em converter-me as mamas em fruta na concha das suas mãos e as sugava como se bebesse água de coco num qualquer paraíso tropical. Os seus dedos faziam dele mil homens. Os seus dedos que não paravam de me escalar enquanto a sua língua me descia a pele até serpentear na reserva natural de mim própria, deglutindo repetidas vezes aquele bicho que dá pelo nome de clítoris ou clitóris, consoante queiramos acentuar mais o início ou o meio.

Era sempre atordoada que depois mergulhava nele a debicar-lhe o topo da glande e as esponjinhas da base não esquecendo os meus dedos de lhe garrotear o mastro que como portugueses as artes marinheiras são sempre as primeiras. Mas creia-me Senhor Doutor que eu se fosse o Cesário Verde diria que o supremo encanto da merenda era quando já sôfrega pela sua dádiva no chapéu da minha boca inclui a próstata na brincadeira com um dedinho maroto a esfregá-la afincadamente e ele jorrava como aquele menino estátua de Bruxelas.

Nabo!


Pinei tanto a noite passada que hoje não posso como uma rata pelo nabo.

Patife
@FF_Patife no Twitter

09 dezembro 2017

«foste tu ( e não o vento)» - Susana Duarte

foste tu ( e não o vento) quem derrubou as árvores
aladas dos meus braços, impondo a tirania do sal
semeado nos olhos crus de quem perdeu os dias

e, desalentado pelas noites frias, se tolheu das aves.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Quatro livros de poesia de Casimiro de Brito

«Música nua», «Escrito no vento - Paroles de vent (Renku)» (com Zlatka Timenova), «Flor interior» e «Dois corpos nus, despindo-se - Dous corpos nus, espíndose», escrito a duas vozes, em português e catalão, com Pura Salceda.
Livros com dedicatória do autor, a juntarem-se a vários outros, na minha colecção.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Vão-se revezando

Crica para veres toda a história
Andrologia


5 páginas

(ir cricando em «next page»)

08 dezembro 2017

Postalinho da pereira tarada

"Pera demasiado madura."
Joyce Craveiro



«O olhar!...» - Mário Lima


Entregam-se de corpo e alma quando fazem amor. Para eles, o momento é de paixão. Não há lençóis a tapar os corpos. Amor sem limites ou fronteiras, o Amor pelo Amor!

Depois da paixão consumada, ela aninha-se nos seus braços enquanto um torpor lhe percorre o corpo e um pequeno estremecer dá a indicação que o sono tinha chegado, e vai lá ao fundo no adormecer, onde não há nuvens negras a tapar o azul do céu. Ele fica quedo contemplando o rosto daquela mulher que o amava.

Enquanto ela dormitava nos seus braços, recorda o dia em que a conhecera. Saído de um casamento desfeito pensava que nunca mais se iria relacionar com alguém. Tantos anos de entrega para nada. O relacionamento já se vinha deteriorando com o tempo, mas não se apercebera disso. Para ele tudo estava bem pois nunca ouvira fosse o que fosse que desse a entender que o casamento já não existia e que tudo se resumia a breves monossílabas trocadas.

De repente encontrara-se só. Durante uns tempos, custou-lhe a adaptar-se à nova realidade. Já não havia ninguém para partilhar a cama, para breves palavras mesmo monossilábicas, sentir a presença fugaz de quem partilhava o mesmo espaço que ele...

... E foi-se habituando. O tempo é a melhor cura para os males do coração e habituara-se a estar sozinho.

Olhava pela janela do café. Gente igual a tanta gente. Debruçava o olhar sobre o jornal onde as desgraças do mundo vinham logo na primeira página para prazer mórbido de quem as procura avidamente e assim as vendas estão garantidas.

Levanta a cabeça e vê-a. Os seus olhares se cruzam como se fosse a coisa mais natural do mundo. Mas não foi. Sentiu naquele olhar algo mais que um simples olhar. Levantou-se e dirigiu-se para a mesa onde um cheiro de mulher lhe adocica os sentidos. Pega na mão dela e junta-a às suas.

Inicialmente sente um certo retraimento, mas aquele mesmo gesto parecia que já tinha sido feito há muito muito tempo e que, afinal, aquelas mãos já se conheciam de outras eras.

Ele volta a olhar para aquele corpo adormecido! As mãos descansavam sobre o seu peito. Uma música suave envolve-o e, olhando para ela, diz-lhe sussurrando ao ouvido: - Gosto de ti, meu Amor!

Mário Lima
Blog O sonhador