De mim não terás paixão
Afirmou Sousa, meu hortelão
E mostrou-me o nabal que tinha
Peguei-lhe o nabo c'a mão
Sou mestra na agricultura
Este Sousa não me vai escapar
Gosto sempre de apalpar
Se a enxada é mole ou dura.
Ó meu Sousa, quanta verdura!
É pá! Não se trata de nenhuns disparates
Encho já alguns açafates
De tomateiros de cama,
Depois de apalpar a rama
Quero é apalpar teus tomates.
Sousa meu, estou impressionada
Mas que bela tomatada;
As sementes tomateiras
Nascem por dentro e por fora
Com meu jeito comê-las-ei a toda a hora.
Dão gosto e satisfação.
Dentro do meu regueirão
Dão-me as ramas pelos joelhos
Bem espero que livres de pintelhos
Que tomates tão vermelhos
Tinha Sousa, o meu hortelão
(Ó António Maria Eusébio, ó calafate,
não dês tantas voltas na tumba q'ainda t'aleijas)
Titas
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