20 novembro 2004

A lenda da São Rosas

Eram três vezes (*1), num reino não muito distante (*2) mas longínquo (*3) que viveu a São Rosas, uma mulher muito à frente (*4) do seu tempo.
Diz a lenda que domava as cobras cuspideiras (*5) bastando-lhe fazer-lhes festinhas. As cobras ficavam firmes e hirtas (*6) e cuspiam todo o veneno, que ela recolhia para as suas experiências de alquimia.
O porquê de ela ter ficado com o epíteto de "funda" ainda está a ser investigado pelos historiadores. Mas há já teorias a esse respeito...
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(*1) foi há tanto tempo que uma vez não chega
(*2) mas com estradas miseráveis
(*3) em termos de PIB per capita
(*4) atrás, nada
(*5) também conhecidas por cobras de sacos ou cobras de cabeça vermelha
(*6) sim, sim, como uma barra de ferro


O Vizinho já se declarou à São, sem medo dos seus encantos:
Ai São, São,
Bela princesa encantada
Montado no meu alazão
Fazia-me já à estrada
Quer de terra ou alcatrão
E dava-te a minha espada...

O OrCa é ciumento e ode logo:
Como a São não há igual
Montada em belo alazão
A esgrimir a cuspideira
Corre o todo nacional
Empinando a Funda São
Mal coberta p'la bandeira

E canta como quem ri
Diz quem sabe destes fados
Eu próprio, que bem n'a vi
Envolta em seus cortinados...

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