"E já que me falas em foder
Com tantas letras saindo em fonte
Dir-te ei, bem podes crer
Que não me masturbo desde ontem.
Faço da vista coisa casta
Nem me atrevo a olhar
à punheta digo : - Basta!
Haja mulher p'ra me curar
Mas eis! Que oculto mistério
me calhou neste meu dom
Mal falei eu em mulher...
Não me demoro... (ai que bom...)"
Alcaide:
"Zezinho,
Tudo bem espremidinho
Que não haja grande perda!
P'ra gozar mais o versinho
Faz a pívia com a esquerda!"
Zezinho:
"À São Rosas e Alcaide,
Que me glozam e aconselham
Dir-lhes ei e sem vaidade
Bato todas de mãos meias.
Uso a Esquerda generosa
Como rezam os canhenhos
Mas a outra que é vaidosa,
Tem direito e plenos meios.
Porque um homem é de partes
alinhadas por um prumo
Ao meio mora a verdade
É ao meio que está o rumo.
Sou eu pois que faço lei
A tribuna é sagrada
As duas servem ao rei,
É ao centro que elas agradam."
Bartolomeu:
"Ao centro... direita... esquerda...
mas que grande agitação
Já experimentaste com os pés?
ou isso tira o tesão?
Punheta é coisa insípida
de pouca realização
é como comer tremoços
em vez de um bom camarão
Mas para tudo há gostos
que tiram a melancolia
para quem não come a prima...
que se lixe... come a tia
Assim... vou acabar
tenho a februda à porta.
O mangalho vem adorar
e eu vou regar-lhe a horta."
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Uma por dia tira a azia