08 junho 2006

árvore-fêmea


intimíssima
e de seiva tão fecunda
no desfrute a doce fruta
e o prazer
e de lábios tão carnudos
suculentos
indizíveis
nas palavras por dizer
dá-te assim
inteira
aberta
alegre e viva
na vertigem
e na voragem
de viver

foto e poema do OrCa


O OrCa estava mesmo a pedi-las... ao Nelo. Ode com ode se paga:

Nesta vida de sulidão
em que tudu mejmo me vai contra
Inté as arvéns teim mão
Nas covas scuras que glosa o Orca

Ele éi çó bishos rashado
Afundanço nu meiu das pernas
Queru um home um puto au lado
E paça as nôtes nus infernus

Bem quéu lhe fasso olhinhos
Bem que depois lhes pago bijekas
Vem um Orca de mansinho
Com dois versus fode-me as quecas

Iço açim é ma traissão
Fica uma bisha vensida
Deichem o Nelo detari a mão
A mão do Nelo çabe dar vida

Comesso logo com mil doçuras
Afagando o Zé Burgalho
Depois de estar a dita dura
Vai a boca ao caralhu

E melhéres, comu çei lamber
E chupar de alt a baicho
Nam há gaija nem melhér
Que raspi melhori du quéu raspu

Ele éi as doces bolinhas
ele é o dedo nu cu.
A lingua lá na cabessinha
Orca, ja marshavas tu.

Perque çe fases eças puemas
que me levom os rapazes
Tens de me acalmar as penas.
Com um broche, fazemus as pazes.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia