O dia começou à espera de um reboque (pudera, o Nelo esteve presente).
São Rosas - Raim, vocês vão comendo, que nós iremos ter convosco ao restaurante logo que chegue o reboque. Entretanto, vai fazendo uns desenhos na toalha para entreter os Charlie & Cia.
Raim - Não posso. As toalhas são de pano... e não trouxe a máquina de bordar!
Fomos os únicos no restaurante a lanchar leitão. Depois de 3,7 Kg de costelinhas, 5 garrafas de espumante e por aí fora (que ser ordinário não significa passar fome) estávamos uns ricos manjericos.
O Raim levou, para nos mostrar, os desenhos originais que ele fez...
... para o DiciOrdinário, para a «Lenda do Chico das Piças», para o blog «a funda São»...
... bem como os novos desenhos para o projecto que temos na manga, com o Charlie à cabeça (e que cabeça, meu Eros).
A Vera, simpática funcionária do «Nelson dos Leitões» e futura administradora (Nelson, dá-lhe um aumento que ela merece) com o até agora único exemplar do livro que tem as assinaturas dos três autores (o espumante e a conversa estavam tão bons que nos esquecemos de assinarmos os três mais exemplares).
Digam lá que o espumante não era bom!
Cada um de nós veio-se para casa com um manjerico oferecido pelo Raim, cada um com a sua quadra popular, num suporte... popular.
Espero que todos tenham regressado a casa sem... reboques. Excepto o Nelo, a quem faço votos para que tenha sido rebocado.
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Ao abrigo do direito de resposta mirandesa, o Falcão ode-nos:
"Ora ide-vos pró caralho
Canalha que fostes comer leitão
Melhor teriam no meu barraco
Enfiado verdasco cum salpicão
E num ficariam, bem lhes digo
Neste começar cum a pinga boa
Além de verdasco tenho tinto
e mais carnes a comer cum broa
Mas vós fosteis quais panísgas
Comer dessa coisa assada
Leitão posto na mesa às tiras
Cum o vinho lá da Bairrada.
Ora, ora cum caralho!
Estando éu aqui à beira
pudiam ter-me cunvidado
Cum catano, que galiqueira!"
O Vintesete nunca perdoa uma ao "bimbo do Norte":
"Ora e agora temos
o Bimbo todo amarfalhado
Queria ele ter bebido só meio
do que lá ficou despejado
Mas penso que o que o lixa mesmo
O que o chumba de verdade
é nã ter ficado com'ó Nelo
Com o cuzinho cheio de carne"
Ao abrigo do direito de resposta de bacalhau, ode o Nelo:
"Melhéres queça coiza ágora
De ter fama çeim porveito
Deicha-me co´us nervus de fora
Queru au menuz um pôuco de respêitu.
Perque temus u sinhor Falcona
Maizu Zeca, Vinteçete
A julgar ca na Mialhona
Aviaróm o Nelo num mete-mete
Pois fiqueim já todas çabendo
suas melhéres graganêras
Que ninguéim ashava a piça
depois de tanta Murganhêra
Beim ca Rosas se fez cabra
Mustrando o rabu e fio dental
Mas hera o Raim, o Paulo e o Xarle
que nam u incontravóm afinal.
Per iço melhéres çe foi purreiro
Çe foi coiza ca acabou tarde
çobrou pra mim çó u dezejo
de levar o cu sheio de carne."
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