31 janeiro 2012

Eva portuguesa - «A segunda fase da vida da Eva»

Decidi rapidamente que aquela casa não era para mim! Proxeneta, falta de higiene, falta de condições, clientes do mais baixo extracto social e afins, levaram-me a procurar algo melhor.
E assim fui parar a uma casa mesmo de luxo (tipo palacete), com empregada, quartos com jacuzzi, toalhas, lençóis e roupões realmente lavados para cada cliente e cuja dona era um amor de senhora que, desde que não se prejudicasse, olhava bem pelas "suas" meninas. Até segurança tínhamos!
Mas também aqui era metade/metade, se bem que os valores praticados eram o dobro.Aqui sim, conheci clientes de luxo...
Mas, para além do metade/metade, éramos 15 meninas, tínhamos que desfilar em frente a cada homem que chegava e ele escolhia quem queria, qual vacas na feira do Cartaxo...
Era demasiada exposição, rebaixávamo-nos com este "desfile" (só faltava mostrar os dentes!) e, com tanta menina, era difícil ganhar bem...
Mas foi nesse palacete,onde só estive um mês, que ganhei confiança, coragem e os conhecimentos que me faltavam para iniciar-me por minha conta.
Foi também aí que conheci uma colega (e amiga) que me indicou site onde anunciar, como fazê-lo, o tipo de resposta a dar ao telefone, valores, melhores horários, etc.
Inclusivamente ainda hoje partilhamos um apartamento de trabalho.
Confesso que estava ansiosa por este começo "a solo"...e com bastante receio. Estaria eu a um nível suficiente para isso?
Seria tão bonita como as fotos das outras que via nos sites (ainda não conhecia o photoshop)? Seria suficientemente apetecível? Seria assim tão boa f*da?...
Sim, hoje parece-me um pouco ridículo alguma vez ter posto estas questões... se bem que ainda haja momentos menos bons em que algumas delas me venham "visitar"...
Mas vocês têm que perceber uma coisa: o meu pai passou a minha pré puberdade a chamar-me gorda, feia e que nunca ninguém ia gostar de mim.Ora, isto ouvido repetidamente, sobretudo de alguém que se ama e se admira e que também nos ama, mata qualquer tipo de auto-estima! Para além disso, eu nunca fui uma menina popular no Colégio onde estudei. Não dava liberdade aos rapazes, não andava vestida na última moda, não tinha autorização para sair e era muito boa aluna...
Já mais tarde, vem um casamento com traições, um divórcio...
Tudo isto somado serviu para que a minha auto-confiança nunca fosse muito saudável... ou praticamente inexistente.
Apesar de ir ao ginásio, ter cuidado com a alimentação, ter um bom corpo e bem cuidado, e ter uma cara bonita (sobretudo os meus olhos verdes e o meu sorriso maroto), foi preciso tornar-me Acompanhante de Luxo para ganhar confiança em mim como mulher e para me desinibir na cama... Engraçado, não?!
Pois é, como eu já vos disse anteriormente, parece que tudo na minha vida começou ao contrário... até isto: primeiro torno-me acompanhante e isso é que me dá auto-estima!...

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

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