O Manel era um DOC de 61, exímio em garantir um fundo musical directamente nos meus ouvidos em cada actuação, misturando grunhidos e frases desarticuladas num minimalismo repetitivo que um Steve Reich não desprezaria.
Para alcançar o seu paço acastelado chegava um simples friccionar do meu corpo no seu e deixar-me envolver nos seus braços de polvo que de cima a baixo verificavam se não me faltavam peças enquanto a sua boca sugadora me aspirava ora os lóbulos das orelhas ora os poros do pescoço. Romanticamente, eu deixava pender a cabeça e corria as pálpebras para só as voltar a abrir na tentativa de focar a sua íris quando empreendia a descida pela escarpa do seu corpo demorando-me nos pontos altos.
Foi a minha residência de um verão em que cada noite era uma história de dança dos ventres e a demonstração de que o produto nacional é bom.
Para alcançar o seu paço acastelado chegava um simples friccionar do meu corpo no seu e deixar-me envolver nos seus braços de polvo que de cima a baixo verificavam se não me faltavam peças enquanto a sua boca sugadora me aspirava ora os lóbulos das orelhas ora os poros do pescoço. Romanticamente, eu deixava pender a cabeça e corria as pálpebras para só as voltar a abrir na tentativa de focar a sua íris quando empreendia a descida pela escarpa do seu corpo demorando-me nos pontos altos.
Foi a minha residência de um verão em que cada noite era uma história de dança dos ventres e a demonstração de que o produto nacional é bom.