31 julho 2014
Lote de 5 medalhas/alfinetes da Idade Média (réplicas)
Amuletos eróticos de finais do séc. XIV - início do século XV. Estes emblemas representam falos e vaginas. Medalhas eróticas como estas parecem ter sido muito populares na Idade Média e, apesar de seu propósito não ser claro, o mais provável talvez tenha sido serem vistos como uma forma de amuleto da sorte. Desde os tempos primitivos acreditava-se que as imagens indecentes ou ridículas atraíam os olhos de espíritos malignos para si mesmas e, portanto, para longe da pessoa vulnerável, ou, talvez, no caso de uma medalha, para longe do utilizador. Os originais, a partir dos quais foram feitas estas réplicas, foram encontradas em Brugge, cidade da Bélgica. Feitas a partir de estanho sem chumbo.
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30 julho 2014
«conversa 2089» - bagaço amarelo
Eu - Sim, mais ou menos.
Ela - Bem me parecia.
Eu - Bem te parecia o quê?
Ela - Que não estavas bem.
Eu - Eu disse que sim, mais ou menos.
Ela - Ou seja, não estás bem.
Eu - Estou, estou. Mais ou menos...
Ela - Mais ou menos que dizer que não andas bem.
Eu - Mais ou menos que dizer que estou mais ou menos.
Ela - Não me parece nada.
Eu - Mas é o que é. E tu, estás bem?
Ela - Sim, mais ou menos.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«A grandeza da foda» - João
"O que é que existe dentro de uma foda? Que coisas cabem nela, o que diz uma foda de nós? Há alguma coisa melhor que uma foda? Certamente existem coisas muito boas, há muitos tipos de prazer e não estou cego ao ponto de dizer que a foda ultrapassa, para toda a gente, toda e qualquer outra sensação. Temos momentos de felicidade e de pavor com inúmeras outras coisas que nos acontecem na vida. Mas a foda é uma constante que segura à vida. A foda é a minha constante, é uma coisa que me inunda, que escorre de mim e preenche todos os meus vazios. A foda é uma coisa sublime. Como é sublime esse prazer tão primário de se desfalecer exausto de satisfação, de se ser o culpado por ver mais alguém desfalecer assim, na exaustão de uma foda que rouba até a energia para dizer alguma coisa coerente. Ou então, às vezes, só rir, perceber-se que se está tão desfeito de uma foda que se ri, ri-se do incrível que isso é. A foda atravessa-me. Vejo e sinto foda em toda a parte, em quase tudo, e quando no corpo não desenho foda, alguma razão haverá, mas a cabeça não pára. Não sabe parar. Na minha cabeça até a dormir existe foda. A foda é global, imensa, detonadora, primária, sublime, detentora de todos os adjectivos e ainda assim nenhum deles à sua altura. A foda é. Equivale. Ser e Foder, às vezes Estar. Indissociáveis."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
29 julho 2014
«nascerão, um dia, aves, nas margens serenas dos lábios.» - Susana Duarte
não nascem poemas, nas terras
submersas pelo vento das águas fundas
da noite. não nascem lexemas graves, das imediações
do peito, quando o peito é prado de papoilas
verdes. nascerão, um dia, aves, nas
margens serenas dos lábios.
não nascem poemas,
se das águas dos lábios florescem
apenas sombras. nascerão, porventura,
de um leito de suaves flores azuis, voadoras,
miosótis dos nossos dedos. nascerão, qual onda esmeralda,
se dos dedos surgirem luas, e anéis de luz,
e corais, e pétalas navegadas
pelas doces margens do
coração. voa,
sobre as palavras,
a borboleta nascida dos prados.
voa, sobre o poema por nascer, a luz
ténue das manhãs em que somos névoas,
gotas de humidade breve sobre as folhas, pétalas
luzentes sobre os dedos de todos os segredos.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
submersas pelo vento das águas fundas
da noite. não nascem lexemas graves, das imediações
do peito, quando o peito é prado de papoilas
verdes. nascerão, um dia, aves, nas
margens serenas dos lábios.
não nascem poemas,
se das águas dos lábios florescem
apenas sombras. nascerão, porventura,
de um leito de suaves flores azuis, voadoras,
miosótis dos nossos dedos. nascerão, qual onda esmeralda,
se dos dedos surgirem luas, e anéis de luz,
e corais, e pétalas navegadas
pelas doces margens do
coração. voa,
sobre as palavras,
a borboleta nascida dos prados.
voa, sobre o poema por nascer, a luz
ténue das manhãs em que somos névoas,
gotas de humidade breve sobre as folhas, pétalas
luzentes sobre os dedos de todos os segredos.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
«les 7 péches capitaux - L´Envie et La Colère»
Gravuras francesas «a inveja» e «a cólera» de uma série dos 7 pecados capitais.
O pecado mora na colecção de arte erótica «a funda São».
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28 julho 2014
«pensamentos catatónicos (304)» - bagaço amarelo
Nunca me apaixonei nas Finanças, no Registo Civil ou no Notário. A razão é simples, são locais onde não há conversas de treta. A última vez que tirei o cartão de cidadão tive a felicidade de ser atendido por uma mulher bonita e a infelicidade de estar num local onde não há espaço para conversas de treta. Tudo o que ela me perguntou foi útil, tudo o que eu lhe respondi também. No Amor não há muito espaço para a utilidade.
Sobre o estado do tempo, por exemplo, eu sou incapaz de trocar uma só palavra com alguém de quem não gosto. Já com quem Amo posso estar a noite inteira a falar do Sol, da chuva, das nuvens e da precipitação. Com a vantagem de que também consigo estar em silêncio sem que o silêncio me incomode. A companhia de quem Amo é sempre uma contemplação e não há treta melhor do que saber isso.
Sei que uma mulher não gosta de mim o suficiente quando a convido para sair ou jantar e ela me pergunta para quê. Quando há um "quê" num convite para estar com alguém a coisa simplifica-se, mas tudo o resto desaparece. Se eu telefonar ao canalizador há sempre um "quê" muito simples. Uma sanita entupida, por exemplo. Se eu convido alguém para jantar é porque quero ter uma noite de treta.
O Amor é uma treta. Quando não é uma treta também já não é Amor. É uma utilidade.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
27 julho 2014
Postalinho dos anjos mamudos
"Afinal os anjos têm sexo!
Pelo menos estes, num painel em madeira de uma casa em Monsaraz (Alentejo)."
PM
Pelo menos estes, num painel em madeira de uma casa em Monsaraz (Alentejo)."
PM
Teóricas e práticas
Ele era inexcedível quando se atracava a mim e subia uma mão por dentro da camisola até fazer saltar um seio do soutien para os dedos titilarem o mamilo enquanto a outra se metia desvairadamente pelo cós das calças ou da saia, na ansiedade de um bando de pássaros migradores a bicarem cada milímetro das zonas húmidas.
A gaita, Senhor Doutor, era quando naquele período do aquecimento se empenhava em fazer do meio das minhas pernas o seu prato de leite que era uma pressa de schlep, schlep, tal e qual os gatos fazem com a língua. Eu bem sei que os filmes pornográficos são um fraco material de apoio para esta questão já que a maior parte das vezes são gajas com gajas e nenhum mânfio as vai copiar, não vá perder virilidade por isso e, quando são gajos na função, aquilo é mais estética para o plano que outra coisa qualquer.
O facto é que a falta de comunicação emitida em gemidos da minha parte o fez repensar a questão e a solução que encontrou foi pegar no popular passar o corredor a pano e, literalmente, fazer de mim chão de esfregona. Oh Senhor Doutor, eu nem queria acreditar, dada a sua idade cronológica que o sexo oral fosse para ele matéria virgem mas em boa verdade, ainda me irritava mais a sua contínua falta de espírito de investigação.
E assim, fartinha do trivial que era o que a minha avozinha chamava às refeições dos dias de semana, resolvi fazer-lhe um desenho e pespeguei uma imagem de um pénis e de um clítoris nas minhas nádegas que era o expositor que tinha ali mais à mão e paulatinamente, pedi-lhe que observasse bem as semelhanças que permitiam que as técnicas de sucção aplicadas num pudessem ser igualmente aplicadas no outro, tal como o contorno da língua no topo da elevação e que, de igual modo, as mãos colocadas na base permitiam a aceleração do estado de erupção.
Só não lhe disse mesmo que me parecia que o pénis era uma evolução natural da espécie clitoriana para não lhe criar uma crise de identidade e consequente demissão de quaisquer funções.
A gaita, Senhor Doutor, era quando naquele período do aquecimento se empenhava em fazer do meio das minhas pernas o seu prato de leite que era uma pressa de schlep, schlep, tal e qual os gatos fazem com a língua. Eu bem sei que os filmes pornográficos são um fraco material de apoio para esta questão já que a maior parte das vezes são gajas com gajas e nenhum mânfio as vai copiar, não vá perder virilidade por isso e, quando são gajos na função, aquilo é mais estética para o plano que outra coisa qualquer.
O facto é que a falta de comunicação emitida em gemidos da minha parte o fez repensar a questão e a solução que encontrou foi pegar no popular passar o corredor a pano e, literalmente, fazer de mim chão de esfregona. Oh Senhor Doutor, eu nem queria acreditar, dada a sua idade cronológica que o sexo oral fosse para ele matéria virgem mas em boa verdade, ainda me irritava mais a sua contínua falta de espírito de investigação.
E assim, fartinha do trivial que era o que a minha avozinha chamava às refeições dos dias de semana, resolvi fazer-lhe um desenho e pespeguei uma imagem de um pénis e de um clítoris nas minhas nádegas que era o expositor que tinha ali mais à mão e paulatinamente, pedi-lhe que observasse bem as semelhanças que permitiam que as técnicas de sucção aplicadas num pudessem ser igualmente aplicadas no outro, tal como o contorno da língua no topo da elevação e que, de igual modo, as mãos colocadas na base permitiam a aceleração do estado de erupção.
Só não lhe disse mesmo que me parecia que o pénis era uma evolução natural da espécie clitoriana para não lhe criar uma crise de identidade e consequente demissão de quaisquer funções.
26 julho 2014
«A dama do lotação» (filme completo)
"Desde que sua mãe morreu, meu filho, eu me satisfaço sozinho. Mas juro, meu filho: é pela tua mãe!"
A Dama do Lotação é um drama erótico brasileiro de 1978.
Sinopse - Solange e Carlos conhecem-se desde a infância e casam-se. Na noite de núpcias, Solange resiste ao seu marido, que, impaciente, acaba por a violar. Solange fica traumatizada e, apesar de desejar Carlos, não quer mais nada com ele. Para se satisfazer, ela começa a fazer sexo com homens que não conhece, que encontra ao andar de lotação (espécie de micro-autocarro que faz transporte público).
A Dama do Lotação é um drama erótico brasileiro de 1978.
Sinopse - Solange e Carlos conhecem-se desde a infância e casam-se. Na noite de núpcias, Solange resiste ao seu marido, que, impaciente, acaba por a violar. Solange fica traumatizada e, apesar de desejar Carlos, não quer mais nada com ele. Para se satisfazer, ela começa a fazer sexo com homens que não conhece, que encontra ao andar de lotação (espécie de micro-autocarro que faz transporte público).
«Sempre consigo»
Preservativo de uma campanha contra o VIH/SIDA.
Oferta do Engº RC para a minha colecção.
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25 julho 2014
Postalinho do papado
"O papa bem acompanhado na garagem de velharias do ti'Manel, em Sabóia, concelho de Odemira."
Joana Lisa
Joana Lisa
Viva a publicidade não enganosa!
A empresa australiana Pacific Coast EcoBanana quis diferenciar as suas bananas... e conseguiu-o com a aplicação de uma cera vermelha na ponta, tendo registado a marca «Wax Tip Eco Bananas» e a patente. Outras cores estão disponíveis: azul e verde ou mesmo outras específicas, por encomenda, para empresas e para eventos. Mas as bananas com a ponta vermelha não enganam ninguém!
24 julho 2014
Calendário de secretária 2014/2015
Calendário da XFX - empresa de acessórios para informática.
Imagens que dão uma utilidade inédita aos dissipadores de calor.
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23 julho 2014
«pensamentos catatónicos (303)» - bagaço amarelo
Há duas palavras que eu detesto: "empreendedorismo" e "sucesso", porque actualmente as duas estão tão próximas uma da outra quanto distantes. Por isso, mas também porque detesto fingimentos e lonjuras. Ser empreendedor ou ser um self made man é ser a antítese do Amor. A merda deste país acabou nestas duas palavras. Fala-se do sucesso dum amigo porque ele tem emprego ou abriu uma lojeca qualquer numa esquina da cidade, nunca porque ele está apaixonado apesar dos seus quarenta anos. Não me fodam, a felicidade não passa por aí.
O Amor também não é felicidade, é verdade. O Amor é estar vivo, é estar sempre nos píncaros da felicidade ou da tristeza profunda. Nada mais. Mas é isso que é estar aqui, tão vivinho quanto a sardinha que salta no cais depois de apanhada. Este país cansa-me porque já nem sequer sabe estar triste. Não sabe sofrer. Só sabe falar em palavras vãs como empreendedorismo e sucesso. Fala-se nisso, depois morre-se.
Tenho uma má notícia para todos os que consideram que o seu sucesso passa por ter um pequeno negócio ou por uma pequena empresa que lhes permite sobreviver: isso não vale uma merda. O que vale é, tendo uma loja, sorrir para os clientes, apaixonarmo-nos todos os dias, dar a mão a um Amor todas as manhãs. O resto é folclore. Até eu estou a abrir um negócio. Não para viver, mas sim para sobreviver.
Este país cansa-me porque já nem sequer é um país. É um pequeno grupo de gente que busca uma conta bancária confortável, apesar de nunca o conseguir, e acha que isso é normal. É um país que não fala de Amor, é uma coisa sem vida que nem triste consegue ser. Eu não quero ser parte disto, até porque ainda me apaixono todos os dias.
Agradeço à mulher que hoje, no Parque Infante Dom Pedro, me pediu um abraço. Um abraço nunca se pede, porque quando se dá também se recebe. É isso, um abraço troca-se. É por isso que é tão bom abraçar. Só por isso. Tenho pena de quem ainda não chegou lá. Ela chegou lá hoje. Eu também.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«As mãos» - João
"Aqueles eram os tempos dos corações em uníssono, ou da cabeça sobre o peito, para ouvir a vida bater. Eram os tempos dos muretes brancos e gente sentada com vista aberta para as cidades e o mar, de dizer que “quero ficar contigo” e perguntar “deixas?”. Eram os tempos dos dedos passeados entre cabelos, e ainda assim misturava-se nele um sentimento de insuficiência, como se ele não tivesse valor, como se não chegasse. Veria ela isso? Aquele nada? Era tudo quanto havia para lhe dar. Vulnerabilidade despojada. Será que via aquelas mãos? O que via naquelas mãos afinal. Podia dar-lhe muito, podia dar-lhe coisas imateriais, um sentimento de realeza, sentir-se no topo que não cessa, aquecê-la como ninguém antes, podia até partihar com ela as fodas mais fodidas, mais detonadoras, mas as mãos estavam vazias. E ele sentia-se insuficiente, sentia-se pouco, como se nada tivesse para lhe dar. Vias aquelas mãos? Ele teria chegado ao pé dela com as mãos a abanar, uma à frente e outra atrás. Disse-lho: é assim que chego até ti. Frisou que não tinha nada para lhe dar, nenhum conforto, nenhum desafogo, não podia preencher o espaço com coisas nem percorrer o globo, era mesmo uma à frente e outra atrás, as mãos. Só ele, e pouco mais. E ela interrompeu-o, cortou-lhe o pio, atirou-o ao chão com a resposta que articulou. Ele sentia-se incapaz, insuficiente, pouca coisa. Mas ela só queria que as mãos não estivessem à frente e atrás. Queria-as de lado. Foi assim que lho disse. Que podia chegar perto dela com as mãos uma de cada lado, para a abraçar."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
22 julho 2014
«Zink, impotência sexual, má língua, SNS e sexismo anti macho velho» - Jaime Ramos
No passado sábado, na SIC, foi recordado o programa "Má Língua", com uma edição especial.
Com muita ironia, Rui Zink admitiu a impotência recordando a forma carinhosa como a mulher o consolou: também acontece com os outros...
Recordei-me de, há décadas, uma Senhora célebre me ter surpreendido com a frase: não há mulheres frígidas, há é "má língua"... Não se referia à da SIC.
O que é que isto tem a ver com sexismo anti macho velho?
O SNS, Serviço Nacional de Saúde, comparticipa medicação destinada a corrigir os sintomas, o "sofrimento" e as incapacidades que a menopausa origina nas mulheres.
Os "calores", os "rubores", a "secura", a "atrofia" e o envelhecimento vaginal são tratados com medicamentos comparticipados pelo SNS. As mulheres sabem que o SNS se preocupa com a sua vida sexual... A pílula é mesmo gratuita nos centros de saúde durante a vida fértil das mulheres...
O SNS investe parte do seu orçamento para garantir que a "serventia" das mulheres esteja disponível, sem risco e em bom estado, para os homens.
Mas não para todos os homens...
A andropausa vai fazendo vítimas, dificultando desempenhos e causando impotências. O "envelhecimento" sexual dos homens foi uma inevitabilidade que a industria farmacêutica enfrentou com algum sucesso.
Hoje há diversos "viagras" capazes de transformar um sénior num jovem cheio de vigor.
Só que são caros. Alguns destes medicamentos são mesmo muito caros, exigindo um orçamento mensal/anual que não é acessível a homens "pobres".
Estes medicamentos salvadores do acesso dos velhos (ou dos doentes cujas mazelas e terapêuticas originam impotência) ao prazer não são comparticipados pelo SNS. Quem quiser sexo que o pague, diz o SNS aos homens...
Esta desigualdade de tratamento dos dois sexos, promovida pelo SNS, é muito curiosa...
Os homens com rendimentos médios ou altos podem comprar os comprimidos milagrosos que lhe dão o acesso à eterna juventude... Se sempre puderam gastar dinheiro em prostituição e pecar, por que deve o Estado comparticipar no seu bem estar sexual quando somam mais décadas de vida...?
E os homens de baixo rendimento, com pensões reduzidas, desempregados...? Quem se preocupa com o prazer destes machos velhos com menores recursos?
E as suas mulheres, também elas condenadas a coabitar com seniores incapacitados, perguntar-me-ão, não têm direito ao prazer sexual?
Pois é, dizem os responsáveis pelo SNS: em sociedades injustas, aos desfavorecidos pela má sorte, só resta mesmo a língua, a má língua!
Jaime Ramos
Com muita ironia, Rui Zink admitiu a impotência recordando a forma carinhosa como a mulher o consolou: também acontece com os outros...
Recordei-me de, há décadas, uma Senhora célebre me ter surpreendido com a frase: não há mulheres frígidas, há é "má língua"... Não se referia à da SIC.
O que é que isto tem a ver com sexismo anti macho velho?
O SNS, Serviço Nacional de Saúde, comparticipa medicação destinada a corrigir os sintomas, o "sofrimento" e as incapacidades que a menopausa origina nas mulheres.
Os "calores", os "rubores", a "secura", a "atrofia" e o envelhecimento vaginal são tratados com medicamentos comparticipados pelo SNS. As mulheres sabem que o SNS se preocupa com a sua vida sexual... A pílula é mesmo gratuita nos centros de saúde durante a vida fértil das mulheres...
O SNS investe parte do seu orçamento para garantir que a "serventia" das mulheres esteja disponível, sem risco e em bom estado, para os homens.
Mas não para todos os homens...
A andropausa vai fazendo vítimas, dificultando desempenhos e causando impotências. O "envelhecimento" sexual dos homens foi uma inevitabilidade que a industria farmacêutica enfrentou com algum sucesso.
Hoje há diversos "viagras" capazes de transformar um sénior num jovem cheio de vigor.
Só que são caros. Alguns destes medicamentos são mesmo muito caros, exigindo um orçamento mensal/anual que não é acessível a homens "pobres".
Estes medicamentos salvadores do acesso dos velhos (ou dos doentes cujas mazelas e terapêuticas originam impotência) ao prazer não são comparticipados pelo SNS. Quem quiser sexo que o pague, diz o SNS aos homens...
Esta desigualdade de tratamento dos dois sexos, promovida pelo SNS, é muito curiosa...
Os homens com rendimentos médios ou altos podem comprar os comprimidos milagrosos que lhe dão o acesso à eterna juventude... Se sempre puderam gastar dinheiro em prostituição e pecar, por que deve o Estado comparticipar no seu bem estar sexual quando somam mais décadas de vida...?
E os homens de baixo rendimento, com pensões reduzidas, desempregados...? Quem se preocupa com o prazer destes machos velhos com menores recursos?
E as suas mulheres, também elas condenadas a coabitar com seniores incapacitados, perguntar-me-ão, não têm direito ao prazer sexual?
Pois é, dizem os responsáveis pelo SNS: em sociedades injustas, aos desfavorecidos pela má sorte, só resta mesmo a língua, a má língua!
Jaime Ramos
«deita-te a meu lado, e fala-me da transcendência.» - Susana Duarte
deita-te a meu lado,
e fala-me da transcendência. diz-me
onde residem
os poemas, e revela-me a luz de outrora.
deita-te nos meus braços,
e fala-me da saudade. diz-me onde
reside a sede, e a fome, e a vontade de ser abraço, poema
inscrito num braço, que me prende e segura. conta-me dos dias sonoros,
e da velocidade dos movimentos dos dedos, quando, maravilhados,
inscreveram em si próprios o poema. deita-te a meu lado,
e reencontra, no corpo que se arqueia,
as palavras que procuras.
e fica. fica a meu lado,
e revela-me as ondas da paixão,
e os olhares que desnudam, e a alegria
de se ser onde o poema se inscreve na carne.
deita-te a meu lado,
e fala-me da transcendência.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
e fala-me da transcendência. diz-me
onde residem
os poemas, e revela-me a luz de outrora.
deita-te nos meus braços,
e fala-me da saudade. diz-me onde
reside a sede, e a fome, e a vontade de ser abraço, poema
inscrito num braço, que me prende e segura. conta-me dos dias sonoros,
e da velocidade dos movimentos dos dedos, quando, maravilhados,
inscreveram em si próprios o poema. deita-te a meu lado,
e reencontra, no corpo que se arqueia,
as palavras que procuras.
e fica. fica a meu lado,
e revela-me as ondas da paixão,
e os olhares que desnudam, e a alegria
de se ser onde o poema se inscreve na carne.
deita-te a meu lado,
e fala-me da transcendência.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Coimbra tem uma galeria de arte erótica
Andei tanto tempo à procura de parceiros para instalar em Coimbra a minha colecção de arte erótica! Desde um amigo meu que tem um prédio em frente ao Arco de Almedina até à Câmara Municipal de Coimbra, houve várias possibilidades mas que nunca se concretizaram. Entretanto, as Caldas da Rainha também foram forte hipótese... mas os das Caldas também murcharam. Há três anos, o assunto chegou a ser capa da revista C (nessa altura, esta revista perguntava na sua página internet se Coimbra merecia ter um Museu do Sexo). A revista Artes & Leilões também já dedicou à minha colecção um artigo de capa.
Mas o esforço deu frutos e valeu a pena: está em curso a instalação da colecção de arte erótica «a funda São» na Pensão Amor (em Lisboa, no Cais do Sodré): "Para breve, está a abertura do Museu Erótico nos últimos andares do edifício".
Entretanto, no primeiro piso da livraria de BD Dr. Kartoon (Rua da Manutenção Militar, nº 15), encontra-se agora a Exposição de Arte Erótica de Coimbra com peças de um coleccionador particular desta cidade. Está aberta de 2ª a 6ª, das 11h30 às 13h00 e das 14h30 às 19h30. Aos sábados, está aberta das 11h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h30.
Quem sabe se um dia não fazemos uma parceria. Da minha parte, deixei lá o meu contacto.
Galeria de arte erótica - Coimbra from São Rosas on Vimeo.
Mas o esforço deu frutos e valeu a pena: está em curso a instalação da colecção de arte erótica «a funda São» na Pensão Amor (em Lisboa, no Cais do Sodré): "Para breve, está a abertura do Museu Erótico nos últimos andares do edifício".
Entretanto, no primeiro piso da livraria de BD Dr. Kartoon (Rua da Manutenção Militar, nº 15), encontra-se agora a Exposição de Arte Erótica de Coimbra com peças de um coleccionador particular desta cidade. Está aberta de 2ª a 6ª, das 11h30 às 13h00 e das 14h30 às 19h30. Aos sábados, está aberta das 11h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h30.
Quem sabe se um dia não fazemos uma parceria. Da minha parte, deixei lá o meu contacto.
Galeria de arte erótica - Coimbra from São Rosas on Vimeo.
21 julho 2014
Pintura corporal pelas ruas de Copenhaga para promover programa de televisão
Numa ensolarada tarde de sexta feira, uma mulher com o torso pintado passeia numa das ruas mais movimentadas do bairro chique e elegante Frederiksberg (perto de Capitólio da cidade de Copenhaga). E ainda decide sentar-se, desfrutar de um copo de vinho e dar ao público de boca aberta mais uma surpresa.
Quando o vídeo chegar aos 33 segundos, aprecia o que é ter uma namorada ciumenta.
Trata-se de uma acção publicitária para promover um novo programa sobre relacionamentos que será exibido no canal TV3, na Dinamarca.
Quando o vídeo chegar aos 33 segundos, aprecia o que é ter uma namorada ciumenta.
Trata-se de uma acção publicitária para promover um novo programa sobre relacionamentos que será exibido no canal TV3, na Dinamarca.
«coisas que fascinam (169)» - bagaço amarelo
Encontrei-a num desses dias em que inexplicavelmente o mundo estava a funcionar e, inexplicavelmente também, os cafés estavam abertos. Abanei os ombros quando ela me perguntou se estava tudo bem e sentei-me na mesma mesa, mais por obrigação do que por vontade. Um televisor sujo mostrava uma telenovela qualquer.
Saímos dali e ela ordenou-me que a acompanhasse. Percorremos as ruas dum bairro suburbano a passo de caracol, até entrarmos num automóvel cuja porta direita não fechava bem.
- Tens que sair e fechar por fora. A mola partiu. - disse ela.
Foi a única coisa que disse durante as várias horas em que percorremos a praia de forma pendular, ao som das ondas que não conseguíamos ver. É verdade que hoje, quando a encontro, ela me costuma sorrir e dizer que lhe dei uma bruta seca nessa noite. Eu, pela parte que me toca, lembro-me dela como a mulher que parou o mundo.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
20 julho 2014
Calções
Já estava farta de me sentir marginalizada nos cochichos do escritório que é sabido que as gajas e os gajos se unem naquela ideia de que quem não veste igual a mim é contra mim e lá me decidi a comprar uns calções até aos joelhos a bem das relações laborais.
Valha a verdade que já aqui há atrasado os usara iguais ao desta estação e também enfolados como os do Tintim e até curtinhos e largos como uma mini-saia, época esta que foi um maná para a descoberta das largas e fartas coxas deste país.
O frio que se lixe naquele bocadito de joelho que transparece entre o fim dos calções e o início das botas altas de salto para manter o figurino, em prol do aumento da pressão nas coronárias masculinas com a visão de uns glúteos alçados de sobremaneira no arredondado do tecido, tanto mais que a exposição de tanto traseiro assim vestido irmana em juventude todas as mulheres que por aí pululam.
E como os tempos são de crise até se coaduna a poupança do tecido com a espiral de excitação como antigamente quando pouca gente tinha uma televisão em casa e o aumento demográfico disparava.
Valha a verdade que já aqui há atrasado os usara iguais ao desta estação e também enfolados como os do Tintim e até curtinhos e largos como uma mini-saia, época esta que foi um maná para a descoberta das largas e fartas coxas deste país.
O frio que se lixe naquele bocadito de joelho que transparece entre o fim dos calções e o início das botas altas de salto para manter o figurino, em prol do aumento da pressão nas coronárias masculinas com a visão de uns glúteos alçados de sobremaneira no arredondado do tecido, tanto mais que a exposição de tanto traseiro assim vestido irmana em juventude todas as mulheres que por aí pululam.
E como os tempos são de crise até se coaduna a poupança do tecido com a espiral de excitação como antigamente quando pouca gente tinha uma televisão em casa e o aumento demográfico disparava.
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