Eu sou eu. Só isso. Tanto e tão pouco. Mistura de menina/mulher, personagem e pessoa, sonhadora e lutadora. Mãe e mulher.
Eu: fruto de erros e acertos, amores e mentiras, paixões e desilusões.
Eu, que sendo a Mariana ou a pessoa, me consigo resumir ou nem por isso, de igual modo... sou vaidosa sem ser arrogante, brincalhona e por vezes acutilante, forte e tão carente, segura mas cheia de dúvidas e incertezas.
Eu: generosa de uma forma egoísta, sofrida mas crente, feliz mas incompleta, optimista mas cheia de medo.
Eu: gosto de emoções fortes mas não tolero o sofrimento. Odeio injustiças e acredito na vingança. Adoro bebés e o som mais bonito é a gargalhada de uma criança. Não sei viver sem música: ela aumenta ou altera estados de espírito. A minha cor preferida é o vermelho e os filmes de que mais gosto são os de terror. Adoro a noite e tudo o que lhe diz respeito: a forma de vestir, o riso fácil, a promessa que encerra em si mesma, o mistério que a envolve, a liberdade e libertinagem que apenas a noite torna possível de uma forma elegante.
Eu: vivo o presente temendo o futuro e tentando esquecer o passado. Temo a velhice, a doença, a demência e a solidão. Acredito em valores que já caíram em desuso: respeito pelos mais velhos, cavalheirismo, etiqueta e educação, solidariedade, auto conhecimento.
Adoro as coisas boas e o alívio que o dinheiro pode dar mas não acho que deva ser alcançado a qualquer custo.
Gosto de sexo suado, impune, inconsequente. Mas também não acredito que se possa viver sem amor. Não acredito na monogamia, mas acredito num amor para a vida inteira.
Eu: arrependo-me de tantas coisas que fiz e de outras que não tive coragem de fazer. Mas sinto muito orgulho de tudo o que já consegui.
Sou teimosa, tenho uma personalidade forte e, regra geral, o julgamento fútil e infundado dos outros não me preocupa minimamente. Mas, ao mesmo tempo, tenho dificuldade em aceitar uma crítica e, mesmo quando perdoo, não esqueço.
Eu: escorpião, mulher, prostituta, vítima e carrasco.
Tudo isto e muito mais sou eu. E não peço desculpa.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado