Pedi à Sandra que me dissesse o que era, para ela, ter prazer.
A resposta escrita, bela, mas inesperada, foi esta:
Ter prazer é a sensação do chocolate a derreter-se lentamente na boca e a língua a passar nos lábios para os limpar do liquido doce e acastanhado que escorre.
Prazer é sentir a chuva a bater na cara e no corpo ou adormecer ao crepúsculo de um dia quente, na praia.
Também é prazer o cheiro da terra seca amaciada pelas primeiras chuvadas de Outono.
Sentir prazer é o cheiro e o ruído da lenha a crepitar na lareira nas noites frias de inverno.
O máximo prazer, porém, é estar numa dessas noites, enrolada no sofá em frente à lareira, descalça, e adormecer agarrada àquele ente especial , meigo e adorado, que me acorda horas depois, sussurrando-me ao ouvido com o seu melodioso: Miaaauuu!
Rui Felicio
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