31 julho 2015
Raimundos - «Selim»
Eu queria ser o banquinho da bicicleta
P'ra ficar bem no meio das pernas
E sentir o seu ânus suar
Eu queria ser a calcinha daquela menina
P'ra ficar bem perto da vagina
E às vezes até me molhar
Mas eu não sei o que se passa nesta cabecinha
É claro que era da minha
Você não pode duvidar
Fica quieto
Não me deixe envergonhado
Pois se eu ficar excitado
Minha calça vai estourar.
Uma nova ilustração da próxima segunda edição do DiciOrdinário
Algumas das entradas do DiciOrdinário IlusTarado têm um significado e o Raim faz uma ilustração com um significado diferente. É o caso desta. O que é? E qual é a definição no DiciOrdinário para esta palavra?
30 julho 2015
«Ninfomaníaca - Director´s Cut»
DVD duplo com o filme de Lars Van Trier (Vol.1 e Vol. 2).
Bastante ferida e largada num beco, Joe (Charlotte Gainsbourg) é encontrada por um homem mais velho, Seligman (Stellan Skarsgard), que lhe oferece ajuda. Ele leva-a para a sua casa, para poder descansar e recuperar. Ao despertar, Joe começa a contar detalhes de sua vida a Seligman. Assumindo ser uma ninfomaníaca e que não é, de forma alguma, uma pessoa boa, ela narra algumas das aventuras sexuais que vivenciou para justificar o porquê da sua auto avaliação.
Mais de 5 horas e meia de um filme intensamente erótico, na minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Bastante ferida e largada num beco, Joe (Charlotte Gainsbourg) é encontrada por um homem mais velho, Seligman (Stellan Skarsgard), que lhe oferece ajuda. Ele leva-a para a sua casa, para poder descansar e recuperar. Ao despertar, Joe começa a contar detalhes de sua vida a Seligman. Assumindo ser uma ninfomaníaca e que não é, de forma alguma, uma pessoa boa, ela narra algumas das aventuras sexuais que vivenciou para justificar o porquê da sua auto avaliação.
Mais de 5 horas e meia de um filme intensamente erótico, na minha colecção.
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29 julho 2015
«conversa 2139» - bagaço amarelo
Ela - Parabéns!
Eu - Obrigado.
Ela - Não pareces nada ter quarenta e quatro anos.
Eu - Obrigado.
Ela - Pareces ter mais.
Eu - Mais?! Pensei que me ias dizer que pareço mais novo...
Ela - Só quando falas, às vezes, é que pareces bastante mais novo.
Eu - Tens alguma simpática para me dizer?
Ela - Sim, já disse. Parabéns!
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Eu - Obrigado.
Ela - Não pareces nada ter quarenta e quatro anos.
Eu - Obrigado.
Ela - Pareces ter mais.
Eu - Mais?! Pensei que me ias dizer que pareço mais novo...
Ela - Só quando falas, às vezes, é que pareces bastante mais novo.
Eu - Tens alguma simpática para me dizer?
Ela - Sim, já disse. Parabéns!
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Desespero esperando
À espera de outrem, desencontram-nos. Procuramos noutro lugar o que não encontramos aqui e agora.
O desassossego da espera desconcentra-nos do mais importante. Eu. Tu. A não ser que esteja à espera de ti. E tu não me procures. Procuras ele. O outro. O desassossego do desencontro não permite a direcção correcta do foco.
Desisto de ti. De nós, logo de mim também. Parto em busca de um novo fado. Que não provoque enfado.
Prossegues a tua busca. Certamente melhor do que eu, saberás o que pretendes para ti. Para nós. Um nós repleto de afastamento. Cada um na sua extremidade, ainda que possamos passar próximo. Um caminho entre nós que não será mais percorrido.
Cabe ao passado guardar esses passos infrutíferos. E assim deve ficar.
28 julho 2015
«Bike ride» (passeio de bicicleta)
Maria Riot's bike ride from Zure Room on Vimeo.
A short tease of Maria Riot's bike ride through the park before she met up with Wolf Hudson :)
Concept & styling: Proxy Paige & Maria Riot
D.o.P & Editing: Poppy Sanchez
Music: Connan Mockasin - It's choade my dear
O voo do moscardo
Gostava de ser mosca. Mas com pouso preferencial nas cortinas de duche em casas de banho rigorosamente seleccionadas. Uma mosca merece.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«Le couillausaure» (o colhãosauro)
O antepassado do Homem, tal como o imagina P. Leroux, em mais uma peça única da sua autoria, com 40 cm de altura, na minha colecção.
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27 julho 2015
«Milímetros» - João
"Estavas tão hesitante que se notava nas tuas pernas, torneadas, um recorte perfeito no contraste da paisagem, e não há ninguém, não há ninguém aqui, e tu num nervosinho miúdo, miudinho, e eu também, e a electricidade no ar, sentes? Sentes a electricidade a envolver-nos? A comer-nos por dentro, por fora, a atrair, a faísca a formar-se, e as tuas pernas a hesitar, os teus braços atrás das costas sem saber o que fazer, e para onde vamos, o que vem lá, um sol que nasce ou noite escura, e quem vem lá, quem está cá, ninguém, não há ninguém, só silêncio e hesitação, e o teu corpo a conquistar milímetros, avanços e recuos à força para novos avanços sem conseguir resistir e então que te quero, não consigo mais, e deixas-te cair sobre mim, e eu faço-me chão teu, e acolho o teu corpo a cair, a cair, a tombar, desfaleces sobre mim e suspiras, deixas rolar lágrimas pesadas de querer guardado e não há ninguém aqui, não há alma alguma que não a tua, e seguramo-nos num abraço longo, no conforto do cheiro da pele, e o silêncio é imenso, o tempo da verdade, dos sinais, da telepatia que nos faz."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
26 julho 2015
Luís Gaspar lê «Masturbação» de Maria Teresa Horta
Eis o centro do corpo
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse
centro
os dedos esfregam – correm
e voltam sem cessar
e então são os meus
já os teus dedos
e são meus dedos
já a tua boca
que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo – conduzo
pensando em tua boca
Ardência funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde
E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios
que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma
Maria Teresa Horta
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Diabos vermelhos
Patife
@FF_Patife no Twitter
25 julho 2015
«respostas a perguntas inexistentes (307)» - bagaço amarelo
Em todas as disciplinas da vida vamos aprendendo alguma coisa com o tempo que passa. Aprendemos a cozinhar, a ler e a escrever. Aprendemos a atravessar as ruas, a fazer aviões de papel, a procurar emprego ou a descodificar o código genético humano. Aprendemos, melhor ou pior, tudo aquilo que precisamos. O Amor é a única disciplina em que precisamos de desaprender, talvez por ser, de facto, uma indisciplina. Foi o que eu aprendi nesta vida: a desaprender o Amor. Quem mo ensinou foi uma mulher.
Há uma razão simples para o que eu estou a dizer: tudo o que se ensina explica-se e o Amor morre no exacto momento em que precisa de explicação. "Eu estou com ele porque, apesar de tudo, é bom companheiro e até ajuda em casa", "eu estou com ela porque acho que o casamento deve ser para a vida", "eu estou com ela porque é fiel". Na vida, ensinam-nos sempre que o Amor é ter deixado de Amar. Desaprendamos isso, por favor.
Se todos desaprendêssemos o Amor, Amar tornava-se mais fácil. Menos frágil, mais seguro, mais Ele mesmo. Estou a escrever este texto num momento em que tenho uma enorme pedra na alma porque estou com saudades do meu Amor, aquele que eu não faço a mínima ideia por que motivo Amo. Nem quero fazer, aliás.
Quem me ofereceu esta oportunidade de desaprender totalmente a Amar foi uma mulher, no momento exacto em que me disse que nós já nos Amávamos. Nesse dia tentei explicar-lhe que sim, que nos Amávamos. Eu era o homem que sabia tudo sobre o Amor, ela era a mulher que não sabia nada. Ainda bem. Agradeço-lhe.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«No bar do hotel» - por Rui Felício
«Garrafa com casal em madeira no interior» da colecção de arte erótica «a funda São» |
Há muitos anos que não ia a Torres Novas.
Sentei-me ao balcão, pedi um whisky com gelo e, enquanto esperava, observei-me no espelho em frente. Será que aquele era eu? Pareceu-me que o espelho me dizia ter uma vaga ideia da minha pessoa, agora com alguns cabelos brancos e umas quantas rugas no rosto.
O empregado colocou o copo em cima de uma base quadrada de madeira e serviu-me.
Já não era do meu tempo.
Poucos minutos depois, sentou-se ao fundo do balcão, aquela senhora elegante, bem vestida, ainda bonita e atraente, ligeiramente maquilhada, com ar vago, meio triste.
Tantas e tantas vezes nos tínhamos encontrado naquele bar há uns trinta anos atrás, sem nunca termos trocado mais do que fugazes olhares e sorrisos disfarçados. Ela bebia sempre a mesma coisa. Um Gin Tónico...
Quantas vezes tinha pensado dirigir-lhe a palavra, mas sempre ia adiando para o dia seguinte, receando que a minha iniciativa pudesse ser mal interpretada.
Tomou a sua bebida, fez sinal ao empregado, pagou e levantou-se.
Sorriu, fez-me um imperceptível aceno com os dedos e encaminhou-se para a porta de saída.
- Esta senhora vem cá todas as sextas-feiras, bebe um Campari com laranja e vai-se embora, disse-me o empregado mesmo sem eu lhe perguntar nada.
Campari com laranja era a bebida que eu sempre pedia, neste bar, há trinta anos atrás, murmurei eu...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
24 julho 2015
«Tarraxo Bem Bom» - Rui Unas feat. Carolina Torres e Sara López
Tu até és bom na passada
e gostas de inventar
Mas o que tu gostas mesmo é
de dançar um tarraxo bem bom
Eu sei que gostas de fazer aquele tarraxo mau
Que deixa as gatas loucas (tipo com cio) miau
Ficam ali tau, tau, tau
Começas a dançar e início é só respeito
ganhas confiança enquanto ela se encosta ao peito
DJ pôs outra música e ela não saiu
SInal que ela gostou de ti que te curtiu
Entretanto, ela já pôs a mão no teu pescoço
Tu aproveitas e não largas o teu osso
Dás aquele aperto ela faz "hum hum"
Os dois sorriem juntos Tarraxo Bem Bom
Refrão
Agora tu já estás mais confiançudo
Cintura com cintura
Vale quase tudo
Tu já não dás passada
Estás mesmo à patrão
Ela rebola em ti
Dança do varão
Tu és um abusado e através do espelho
Vês a forma como o rabo dela é belo e perfeito
Vai para cima e para baixo tipo elevador
Tu tarraxas feio, és aparafusador
23 julho 2015
Dino e Wilma
Desenho erótico original baseado nos dois personagens dos Flintstones.
No original da minha colecção, não há a bolinha azul da censura que aparece nesta reprodução.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
No original da minha colecção, não há a bolinha azul da censura que aparece nesta reprodução.
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22 julho 2015
«O último membro» (trailer oficial)
Este filme acompanha o envelhecimento do curador do Icelandic Phallological Museum (o único museu de pénis do mundo) e a forma como ele corre contra a sua própria mortalidade para completar a sua colecção abrangente.
- descoberto por oToupeira X
- descoberto por oToupeira X
«conversa 2121» - bagaço amarelo
Para se ser amigo de um homem são precisas duas coisas: gostar de cerveja e conseguir ver um jogo de futebol no café. Para se ser amigo de uma mulher são precisas mil e quinhentas coisas, entre elas muito tempo e uma confiança nunca quebrada. A cerveja e o jogo de futebol também podem existir, mas mais lá para o fim da lista.
Foi com as mulheres que eu aprendi o que é a Amizade, aquela que vai para lá da divisão de um prato de tremoços enquanto se comemora um golo do Sporting. Tudo porque as mulheres sabem fazer a distinção entre esses tremoços e ir para as cambalhotas na cama. Os homens não sabem. Eu, pelo menos, sempre tive dificuldade.
- Queres dormir comigo? - perguntei.
- Porquê?!
- Talvez eu queira ser mais do que teu amigo! - atirei como se fosse a última carta num jogo de póquer.
- Nunca vais conseguir ser mais do que meu amigo.
- Porquê?
- Porque isso não existe. Se fores para a cama comigo, passas a ser menos do que meu amigo.
Continuei a comer tremoços.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«se eu fosse uma chagas freitas» - Sophia
depois de ter dado uma vista de olhos na "escrita" do chagas freitas, cheguei à conclusão de que isso tudo que o gajo escreve é assertivo. a urgência, a paixão impulsiva, o querer já e agora, típico do sexo feminino é um óptimo isco para apanhar mulheres fartas de homens calculistas que não as pedem em casamento um mês depois de se conhecerem (cobardes) e cansadas de tipos de não reparam que mudaram de cabelo (em vez do tom "chocolat praline n7, mudaram para "chocolat africain n7.5).
nesse meu mood e juntando mateus rosé (não me fodam, estou de fim de fim de semana) decidi que sim, eu podia ser uma chagas freitas feminina e cativar o publico masculino. momento.
"curto-te. gosto de ti. mesmo que estejas a ver bola só te quero ver feliz. quando a tua mão dá uma palmada no meu rabo e me pede uma bejeca porque o sporting está - outra vez - a falhar, sinto me a mulher mais feliz do mundo. gosto da tua barriga saliente e dos teus pêlos nas costas. adoro quando ressonas ou tentas falar e a comer os cozinhados que aprendi com a tua mãe e quando sais porta fora madrugada dentro, sei que, mais tarde, seja quando for, me irás procurar outra vez. curto-te. não sei se já te disse mas curto-te. poderia passar horas a ouvir-te falar do curling, esse desporto tão ou mais excitante quanto a visão de ti, aliás, olhar para ti é o suficiente para me lubrificares, qual preliminares qual quê. o silencio entre nós depois de pinarmos é melhor que qualquer spooning.
gosto de ti. gosto de esperar por ti quando chegas sem avisar, é sempre uma surpresa. gosto do cheiro a cerveja e cigarro que emana em ti. gosto de tudo em ti. a rapidez com que fazes amor, a pressa com que te despedes e a ausência de conversas sérias que temos porque - como dizes -pó caralho mais essas paneleirices.
gosto de ti. curto te."
agora, homens. babem-se.
Sophia
blog Danos Colaterais
nesse meu mood e juntando mateus rosé (não me fodam, estou de fim de fim de semana) decidi que sim, eu podia ser uma chagas freitas feminina e cativar o publico masculino. momento.
"curto-te. gosto de ti. mesmo que estejas a ver bola só te quero ver feliz. quando a tua mão dá uma palmada no meu rabo e me pede uma bejeca porque o sporting está - outra vez - a falhar, sinto me a mulher mais feliz do mundo. gosto da tua barriga saliente e dos teus pêlos nas costas. adoro quando ressonas ou tentas falar e a comer os cozinhados que aprendi com a tua mãe e quando sais porta fora madrugada dentro, sei que, mais tarde, seja quando for, me irás procurar outra vez. curto-te. não sei se já te disse mas curto-te. poderia passar horas a ouvir-te falar do curling, esse desporto tão ou mais excitante quanto a visão de ti, aliás, olhar para ti é o suficiente para me lubrificares, qual preliminares qual quê. o silencio entre nós depois de pinarmos é melhor que qualquer spooning.
gosto de ti. gosto de esperar por ti quando chegas sem avisar, é sempre uma surpresa. gosto do cheiro a cerveja e cigarro que emana em ti. gosto de tudo em ti. a rapidez com que fazes amor, a pressa com que te despedes e a ausência de conversas sérias que temos porque - como dizes -pó caralho mais essas paneleirices.
gosto de ti. curto te."
agora, homens. babem-se.
Sophia
blog Danos Colaterais
21 julho 2015
Já que não se pode travar o tempo...
O prazer simples de fechar os olhos, colar os lábios e conseguir travar o mundo nesse instante.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
tem culpa eu?
tem culpa eu?
cu é cego, não tem culpa.
não tem deuses, não tem templo.
não tem razão, não tem dúvida.
mas quem dá o seu de exemplo?
#pornopoesia do livro Literatura de Bordel, de Vinni Corrêa
Teatro de marionetas malandras
«Théatre les guignoles » - palco semicircular com dois homens nus, um deles de joelhos a tocar no falo erecto do outro, por trás de cortinas em veludo vermelho.
Mais uma peça única, na minha colecção, da autoria de P. Leroux.
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Mais uma peça única, na minha colecção, da autoria de P. Leroux.
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20 julho 2015
«15 dias» - João
"O tabuleiro está sobre as pernas, enquanto olhas a televisão ligada, que despeja umas notícias sem grande interesse, mas dizem do que o mundo teve enquanto estivemos fora, naquele espaço fechado e só nosso, onde não entra nada nem ninguém. O tabuleiro tem as coisas de que tu gostas, preparadas com carinho, com calor nas mãos e no coração que batia ao compasso do teu. Relógios afinados. Afinados estiveram também os corpos. Não era preciso dar-lhes corda. Ao menos isso. Nunca se perdera isso, o compasso que junta e geme, e cada pedaço de ti, cada pedaço de mim, pareciam puzzles fáceis de fazer, e nunca se perdera isso. Tinha sido curta a noite, distante dos 15 dias que julgávamos precisos para acalmar esta fogueira, e eu sempre na dúvida, como tu, de que talvez 15 dias não fossem suficientes. E no entretanto, o tabuleiro continuava sobre as pernas, a manhã galgava sobre nós, e o mundo começava a cair sobre as nossas cabeças."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
19 julho 2015
Luís Gaspar lê «Barca bela» de Almeida Garrett
Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela,
Que é tão bela,
O pescador?
Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
O pescador!
Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela…
Mas cautela,
Ó pescador!
Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela
Só de vê-la,
Ó pescador.
Pescador da barca bela,
Inda é tempo,
foge dela,
Foge dela
Ó pescador!
Almeida Garrett
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa
Quem vê caras...
Aquela lambisgoia tinha um ar de fodilhona anal, só ao alcance de quem tem uma genuína cara de cu.
Patife
@FF_Patife no Twitter
18 julho 2015
«Humanidade» - Porta dos Fundos
"No início eram dois. Mas eles tiverem filhos. Só que como esses filhos tiveram filhos? Isso eu sei, quero dizer, com quem? Porque assim: só tinham dois antes, então quer dizer que...? Jamais imaginei que a Bíblia tivesse tantas similaridades com o Game of Thrones."
«respostas a perguntas inexistentes (306)» - bagaço amarelo
As mulheres têm um segredo. Sabem que a vida é uma coisa estúpida, só não o dizem a ninguém. Se as mulheres dissessem aos homens que a vida é estúpida, os homens iam tomar isso como uma ofensa, porque no seu brilhante egoísmo pensariam, não na vida, mas sim na vidinha. A deles.
O segredo delas é maior. Sabem que a vida tem o lado biológico da reprodução da espécie e que ninguém consegue perceber muito bem porquê. Sabem que só existimos quando calha termos um corpo e que, quando o temos, não sabemos muito bem o que fazer com ele. O Amor é uma excepção à estupidez. É esse o segredo delas, Todas o têm, mesmo quando não sabem que sabem isto.
Uma mulher fica desiludida quando é enganada no Amor, um homem fica fodido. São coisas totalmente diferentes. A mulher passa a depositar esperança num hipotético Amor futuro, um homem faz o balanço dos despojos.
- Pelo menos dei umas quecas! - pensa.
Ser enganado no Amor, para quem tiver dúvidas, não é o mesmo que aquilo que se costuma chamar traição ou, para os mais terra à terra, ser encornado. Ser enganado no Amor é pensar que se é Amado quando, de facto, não se é. Em todos nós há enganos de Amor de uma vidinha inteira e enganos de cinco minutos.
Os enganos de cinco minutos são mais femininos, os enganos de uma vidinha são mais masculinos. Isto quer dizer que a mulher pode deixar de Amar um homem durante cinco minutos e aguentar a coisa, um homem pode não Amar uma vida inteira e aguentar na mesma essa coisa. Lá está, pelo menos deu umas quecas. A coisa é o casamento.
Quando um homem descobre que não é Amado durante cinco minutos, explode. Lá está, fica fodido. Quando uma mulher descobre que não é Amada uma vida inteira, vai-se embora. Lá está, sabe que o Amor é o segredo duma vida estúpida. Não faz fretes.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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