Ontem conheci uma professora de espanhol num baile de máscaras. Estava mascarada de fada e tudo corria bem até eu ter tido a infeliz ideia de me armar em engraçadinho e proferir uma frase em castelhano. Estava ela, nitidamente, a olhar para o meu saliente papo de picha, que pululava ganga acima, quando solto num perfeitíssimo castelhano um clássico da antiguidade pornográfica: “Si a ti te gusta, a mi me encanta!” O problema é que não saiu num castelhano assim tão perfeito como soou na minha cabeça e a professora não se coibiu de, prontamente, me corrigir. Explicava ela que tinha de usar um determinado movimento de língua e mais não sei o quê que não ouvi porque me perdi no movimento da língua da senhora professora. Ora, aproveitei a deixa e pedi esclarecimentos para uma aula de língua espanhola. Sou um produto da escola da experiência, por isso solicitei lições práticas. Desconfio que estivesse saturada de dar aulas teóricas, dada a prontidão em aceitar a minha proposta, e com toda a suavidade social, conduzi-a a minha casa. E oh, meu deus. Aquela língua usou recursos estilísticos em torno do meu Pacheco só ao alcance dos predestinados da linguística. Faria chorar de inveja qualquer mestre da linguística, de Rousseau a Barthes. Não haveria trava-línguas que atrapalhasse toda aquela mestria. Claramente uma mulher talhada para lamber, e, mais importante, para mostrar como se lambe a quem quiser aprender. Como superior cavalheiro, apressei-me a agradecer a semiótica sexual. É que a senhora professora até pode ter começado a noite vestida de fada. Mas acabou mascarada de foda.
Patife
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