A ilha dos Orgasmos,
Rodeia-se do cinzento da neblina,
Nela há uma profunda brisa que sopra,
De uma paixão ainda menina...
Corpos nus que se mostram,
Num chamamento tão antigo,
Como o próprio mundo e apostam,
Qual deles atinge primeiro o clímax comigo...
Respirações entrecortadas no abismo,
Do prazer intenso e profundo,
Aqui não há lugar ao cinismo,
Há sentimentos que abalam o mundo!
Ah! Ilha formosa em cuja paz,
Se formaram teus fogosos haréns,
Corpos cobertos de pêlos como um manto,
São do teu prazer apenas reféns!
In Folha De Papiro Perfumada
Áurea Justo
no Facebook
30 abril 2020
Humor alemão em revista
Lote de 20 revistas alemãs dos anos 60 e 70.
Alguns exemplares têm anotações a lápis e esferográfica. 11x "3x kurz gelacht"; 4x "Das bunte Witzheft"; 2x "Scharfe Sachen zum lachen"; 3x outros.
O humor em alemão na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São»...
... que já foi tema de reportagem no Jornal da Uma da TVI, em vários jornais e revistas, tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook. Podes também pesquisar por tópicos e palavras-chave todo o cadastro da colecção disponível online:
Alguns exemplares têm anotações a lápis e esferográfica. 11x "3x kurz gelacht"; 4x "Das bunte Witzheft"; 2x "Scharfe Sachen zum lachen"; 3x outros.
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29 abril 2020
Eu, tu e a parede
Ficaste imóvel, puseste-me no comando. E assim te comandei, a tua
pessoa, a tua imagem, tiravam-me o norte, estava deslumbrada e ali
estavas tu! Todo meu. Entre beijos que te consolarem, entre o meu olhar
que te cobria como um lençol, ali estivemos horas... Os gemidos eram a
música ambiente, os nossos corpos encaixados era um puzzle acabado de
fazer e para desfazer sempre que quiséssemos.
A tua boca rasgada para mim, era uma visão, como o seu sabor: deliciosa. Todo o teu ser era meu e eu tua, naquelas horas, éramos um para o outro, éramos o porto seguro um do outro e sentíamo-nos bem.
Prazer.
Sorrisos
Cumplicidade
Bom sexo
Boas conversas.
Um mundo nosso.
Pink Poison
A tua boca rasgada para mim, era uma visão, como o seu sabor: deliciosa. Todo o teu ser era meu e eu tua, naquelas horas, éramos um para o outro, éramos o porto seguro um do outro e sentíamo-nos bem.
Prazer.
Sorrisos
Cumplicidade
Bom sexo
Boas conversas.
Um mundo nosso.
Pink Poison
Já vos disse que adoro publicidade?
A colecção de arte erótica «a funda São» integra um conjunto de pubiscidade (publicidade de cariz erótico) tanto em suporte físico como em suporte informático. Aqui, vou-te mostrando semanalmente alguns exemplos dessa «sexão».
28 abril 2020
Vagina com rosas
Bordado em tecido com aro a servir de moldura, da Hoopa!
Oferta da autora, Joana de Moura, para a colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São»...
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Oferta da autora, Joana de Moura, para a colecção.
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27 abril 2020
«Exéquias fúnebres» - Rui Felício
Em Torres Novas havia uma Agência Funerária que ganhou fama por fazer sempre um arranjo floral muito artístico relacionado com a profissão do falecido, e que colocava em lugar de destaque durante o velório.
Toda a gente conhecia, elogiava e recordava alguns dos mais bonitos desses arranjos, cujas fotografias a Agência exibia com orgulho na montra do estabelecimento.
Eu próprio me recordo da bela tesoura feita de flores construída quando morreu a D. Ermelinda costureira, de um molar florido feito para o funeral do dentista Dr. Tomás ou de uma ferradura composta por pequenas flores silvestres, quando faleceu o Ti João ferrador.
Certa noite, muitos torrejanos enchiam a capela mortuária ao lado da Igreja de São Pedro. Vinham velar o corpo do defunto Dr. Alfredo Bismark, figura grada da cidade e respeitado médico. Ao lado da urna, destacava-se uma enorme coroa de flores em forma de coração, em homenagem àquele eminente cardiologista.
Sentada a um canto, a D. Celeste abafava o riso. Uma amiga perguntou-lhe baixinho porque se ria tanto. Quanto mais a outra queria saber a razão do riso, mais incontrolável ele se ia tornando. A ponto de a D. Celeste se ter levantado com a mão a tapar a boca e saído da capela onde explodiu em enormes gargalhadas, sempre com a amiga atrás dela.
- Que coisa, Celeste! Que diabo te faz tanto riso?
- Viste a coroa de flores em forma de coração ao lado do caixão do Dr. Bismark?, perguntou ela à amiga, por entre as gargalhadas que não parava de soltar.
- Sim, vi. E daí? Já sabemos como trabalha esta Agência Funerária. Se ele era o maior cardiologista da nossa terra, tem toda a lógica que lhe tenham feito uma coroa em forma de coração…
- Por isso mesmo eu me rio, disse a Celeste. Estou a imaginar como será quando o meu marido morrer. Que tipo de arranjo floral lhe vão fazer. Ele que é o único ginecologista da cidade.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Toda a gente conhecia, elogiava e recordava alguns dos mais bonitos desses arranjos, cujas fotografias a Agência exibia com orgulho na montra do estabelecimento.
Eu próprio me recordo da bela tesoura feita de flores construída quando morreu a D. Ermelinda costureira, de um molar florido feito para o funeral do dentista Dr. Tomás ou de uma ferradura composta por pequenas flores silvestres, quando faleceu o Ti João ferrador.
Certa noite, muitos torrejanos enchiam a capela mortuária ao lado da Igreja de São Pedro. Vinham velar o corpo do defunto Dr. Alfredo Bismark, figura grada da cidade e respeitado médico. Ao lado da urna, destacava-se uma enorme coroa de flores em forma de coração, em homenagem àquele eminente cardiologista.
Sentada a um canto, a D. Celeste abafava o riso. Uma amiga perguntou-lhe baixinho porque se ria tanto. Quanto mais a outra queria saber a razão do riso, mais incontrolável ele se ia tornando. A ponto de a D. Celeste se ter levantado com a mão a tapar a boca e saído da capela onde explodiu em enormes gargalhadas, sempre com a amiga atrás dela.
- Que coisa, Celeste! Que diabo te faz tanto riso?
- Viste a coroa de flores em forma de coração ao lado do caixão do Dr. Bismark?, perguntou ela à amiga, por entre as gargalhadas que não parava de soltar.
- Sim, vi. E daí? Já sabemos como trabalha esta Agência Funerária. Se ele era o maior cardiologista da nossa terra, tem toda a lógica que lhe tenham feito uma coroa em forma de coração…
- Por isso mesmo eu me rio, disse a Celeste. Estou a imaginar como será quando o meu marido morrer. Que tipo de arranjo floral lhe vão fazer. Ele que é o único ginecologista da cidade.
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Ex-voto 69
A colecção de arte erótica «a funda São» integra um conjunto de imagens em suporte digital. Aqui, vou-te mostrando semanalmente alguns exemplos de ex-votos humorísticos e eróticos.
26 abril 2020
«não sei de ti» - Susana Duarte
procuro as palavras
na penumbra
desmembrada
das aves
e fico parada, a ouvir
as gotas silenciosas
dos sons
dos teus passos,
silenciosos eles mesmos,
ausentes como tu,
e as aves solares.
não sei de ti,
nem das auroras
serenas dos teus braços
sobre mim.
partiste para o lugar oculto
das aves azuis,
onde ficaste
quieto,
absorto,
inerte
como os gatos
que miam às janelas
das mulheres sós.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook
na penumbra
desmembrada
das aves
e fico parada, a ouvir
as gotas silenciosas
dos sons
dos teus passos,
silenciosos eles mesmos,
ausentes como tu,
e as aves solares.
não sei de ti,
nem das auroras
serenas dos teus braços
sobre mim.
partiste para o lugar oculto
das aves azuis,
onde ficaste
quieto,
absorto,
inerte
como os gatos
que miam às janelas
das mulheres sós.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
O fundo Baú - 66
O baú que deu início à colecção de arte erótica «a funda São» |
Encandescências...
A Encandescente deu-me uma óptima notícia: há uma editora que quer editar um livro dela.
E mostrou-me uma vez mais a doçura que é e que tem, dedicando-me (e ao OrCa) uma poesia. Nunca ninguém me tinha dedicado uma poesia... e logo uma tão bela como esta. Absorvam-na com o corpo todo:
Com a rima no lugar
Põe a mão no meu peito
Sente como bate acelerado
Como cavalga solto
O meu coração.
Depois rodeia-me o seio
E vê como ele reage
Como ele se torna
A forma da tua mão.
Desliza-a então no meu corpo
Sente a minha pele
Que chama por ti.
Provoca nela o arrepio
Que é calor, desvario
Loucura acesa
Quando me tocas assim.
Desce então mais um pouco
E sente na mão
O desejo a palpitar.
Depois meu amor
Aperta-me
Torna-me tua
Sê o meu corpo
Serei o teu
Façamos do amor lugar
Para a São. A mulher mais surpreendente que conheci nestas coisas da blogoesfera.
E para o Orca. Um poeta que gosta de rimas.
Encandescente
Publicado a 25 de Junho no blog dela. Façam fila atrás de mim para comprar o livro.
O OrCa ficou de tal forma assarapantado que desta vez nem odeu: "Honrado, vaidoso e cúmplice. Estou aqui que mal me tenho!... É bom saber-vos por aí. O quadro na parede, o escorredor da loiça, a loira exposta... Um poema dedicado e eu dedicado ao poema. O livro da Encandescente, cuja apresentação deverá ser novo argumento de encontro para esta comunidade de depravados da língua, porventura com corações que não lhes cabem nos peitos nem nos blogs de gente "séria". Mas o livro, gentes, não se esqueçam da relevância de publicar um livro. Este, cheio de sensualidades, sugestões eróticas, íntimas... Encandescente, o que eu não rimaria agora por ti!...
25 abril 2020
Postalinho de Bilbau
"Sheela-na-gig - representação de mulher a expor a sua vagina.
Objecto em bronze usado em rituais de feitiçaria.
Exposição temporária «Temblad temblad» no Museu Guggenheim de Bilbau - Jesse Jones (Dublin, 1978)."
Paulo M.
Objecto em bronze usado em rituais de feitiçaria.
Exposição temporária «Temblad temblad» no Museu Guggenheim de Bilbau - Jesse Jones (Dublin, 1978)."
Paulo M.
Vamos falar de sexo - desejos, fantasias e segredos dos portugueses na cama
Ensaio de Bernardo Mendonça e Maria João Ruela, Guerra & Paz / Clube do livro SIC, Lisboa, 1ª edição, 2015.
Retrato vivo, expressivo e sem tabus da vivência da sexualidade em Portugal. Tinha que vir para a minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São»...
... que já foi tema de reportagem no Jornal da Uma da TVI, em vários jornais e revistas, tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
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Retrato vivo, expressivo e sem tabus da vivência da sexualidade em Portugal. Tinha que vir para a minha colecção.
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24 abril 2020
Sabes o que são "Cataratas"?
O DiciOrdinário ilusTarado explica:
Cataratas – andar em busca de gajas.
Faz a tua encomenda aqui.
Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
Na editora (Chiado) podes comprar em formato eBook (€ 3).
Cataratas – andar em busca de gajas.
Faz a tua encomenda aqui.
Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.
Na editora (Chiado) podes comprar em formato eBook (€ 3).
23 abril 2020
«Adónis» - Áurea Justo
Tenho um baú onde guardo lendas,
Hoje tirei ao acaso a tua morada
Nada há mais transparente que o amor,
Que vive deitado em almofadas de ilusão.
Tu, que descobriste o novo mistério das flores,
A crosta da árvore por onde nasceste
Rasgou-se de dor e pôs-se a cantar,
Uma linda história que fala de um Universo novo.
Os teus lábios são doçura e sensualidade,
O teu toque é fresco e puro
Os teus caracóis dançam ao som do vento Norte,
Numa melodia etérea e terna.
Por onde passas a feminilidade balança,
Diante de todos os olhos
Inocência de um jovem
Sedução de uma mulher.
Há desafios irresistiveis que brotam,
Do alento que a simplicidade canta em fragâncias
Do encanto da nudez de dois corpos
Dos sons que se reproduzem no amor.
Há personalidades eternas,
E tu Adónis,fazes a contagem no Tempo
A tua beleza domina o meu imaginário
És o primeiro em paixão e audácia!
In O Romance de um Anjo
Áurea Justo
no Facebook
Hoje tirei ao acaso a tua morada
Nada há mais transparente que o amor,
Que vive deitado em almofadas de ilusão.
Tu, que descobriste o novo mistério das flores,
A crosta da árvore por onde nasceste
Rasgou-se de dor e pôs-se a cantar,
Uma linda história que fala de um Universo novo.
Os teus lábios são doçura e sensualidade,
O teu toque é fresco e puro
Os teus caracóis dançam ao som do vento Norte,
Numa melodia etérea e terna.
Por onde passas a feminilidade balança,
Diante de todos os olhos
Inocência de um jovem
Sedução de uma mulher.
Há desafios irresistiveis que brotam,
Do alento que a simplicidade canta em fragâncias
Do encanto da nudez de dois corpos
Dos sons que se reproduzem no amor.
Há personalidades eternas,
E tu Adónis,fazes a contagem no Tempo
A tua beleza domina o meu imaginário
És o primeiro em paixão e audácia!
In O Romance de um Anjo
Áurea Justo
no Facebook
Poemas eróticos dos cancioneiros medievais galego-portugueses
Victor Correia (organização, tradução e prefácio), Guerra & Paz, Lisboa, 1ª edição, 2020.
Este livro é o resultado de uma pesquisa feita nos cancioneiros medievais galego-portugueses (nas cantigas de amor, de amigo, e de escárnio e mal dizer), onde se encontram dispersos estes poemas eróticos, pouco conhecidos do grande público.Guardamos da poesia medieval a menina que lava alvíssimas camisas nas ondas do mar, os bailes à sombra das árvores em flor e mais meia dúzia de lamentos ao amigo que tarda lá longe. Uma Arcádia onde não sobra espaço ao pecado. Mas o que se esconde por baixo do manto dessa pretensa santidade medieval? Um cortejo de devassos: o adúltero e a prostituta, o pelintra e o pederasta, o sacerdote amancebado e o nobre incestuoso.
Tinha que fazer parte da minha colecção!
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Tinha que fazer parte da minha colecção!
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22 abril 2020
Monstro em baixo da cama - 2
Para seres extraterrestres que não conhecem o som de abertura do PornHub, que tanto incomoda o monstrinho de baixo da cama, têm-no aqui.
Amor & sexo
Enquanto o amor anda lá longe, difícil de alcançar, o sexo está perto, mesmo à mão de semear.
Já vos disse que adoro publicidade?
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21 abril 2020
Multidão
Grande salva circular em ferro fundido, de 46 centímetros de diâmetro, com figuras de homens e mulheres, nus e seminus, em diversas cenas. Proveniente de França para a minha colecção.
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20 abril 2020
19 abril 2020
O fundo Baú - 65
O baú que deu início à colecção de arte erótica «a funda São» |
Soneto da Língua Com Quadra Intrometida ao Fundo, a Rematar
São, eu sei que este blog é muito sério e tal!... Mas não pude resistir a uma brincadeira, ao ver que alguns dos relaxados que frequentam A Funda São dão pontapés na gramática como se não houvesse amanhã... Aqui fica, para eles e que viva Portugal - que também é feito com a língua! (Que o diga a Edite).
Usai a língua, irmãos, mas com jeitinho,
Não esqueçais jamais nela um só acento
Dos que tornam um cágado cagado e fedorento
Ou deixam pêlos na boca sem chapeuzinho...
Usai sempre as vogais a preceito e com carinho,
Pois minete e minuete não vão pelo mesmo alento
Como ireis vós pelo profundo Hades dentro
Se levardes aquele «hás-de» a mau caminho.
Custa nada ao nosso lado um dicionário,
Usar no acento ou no assento a correcção,
Que um acentua e o outro senta-se, p’lo contrário
Ilumina a vogal um e o outro não!
Usar a língua nada tem, pois, de ordinário
Usai-a a fundo p’ra alegrar a relação!
Não se feche a língua na gaveta de tretas
Nem se confunda a cedilha com um clítoris
Exponha claras na palavra as suas letras
E verá a nossa língua, essa bandeira, ser feliz!
OrCa
«translúcido» - Susana Duarte
és translúcido,
uma fina camada de nada
sobre a pele.
vives entre a pele e a dor,
navegando o suor
e as noites desenhadas
sobre os dedos, ou
sob a camada fina da alma.
és translúcido,
e deixas desertos de nada
onde outrora pousou
uma borboleta.
a impossibilidade é um oceano
de espuma e algaço,
debicado por uma gaivota
sem uma asa.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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uma fina camada de nada
sobre a pele.
vives entre a pele e a dor,
navegando o suor
e as noites desenhadas
sobre os dedos, ou
sob a camada fina da alma.
és translúcido,
e deixas desertos de nada
onde outrora pousou
uma borboleta.
a impossibilidade é um oceano
de espuma e algaço,
debicado por uma gaivota
sem uma asa.
Susana Duarte
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